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Métodos De Controle De Pragas

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Por:   •  23/9/2014  •  6.424 Palavras (26 Páginas)  •  520 Visualizações

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INSETO PRAGA

2. CONCEITO DE INSETO-PRAGA

O conceito de "praga" é bastante dinâmico e relativo uma vez que, envolve um conjunto de fatores de natureza ecológica, econômi¬ca, social e cultural. Um único inseto jamais pode ser considerado praga já que não compensa economicamente a sua eliminação, exceto nos casos de insetos vetores de agentes fitopatogênicos que mesmo em baixo nível populacional, justifi¬ca seu controle.

Este conceito está relacionado com população de insetos que esteja causando algum tipo de prejuízo, cuja elimi¬nação compen¬se sob o ponto de vista econô¬mico (NAKANO et al., 1981).

De acordo com SILVEIRA NETO (1976) o crescimento e o tamanho da popu¬lação dos insetos variam ao longo do tempo, flutuando em função da presença ou ausência dos fatores ecoló¬gicos (Fig.1). Estes fatores podem ser de dois tipos bási¬cos: independente da densidade populacional como os climáticos (radiação solar, temperatura, luz, umidade relativa, pluviosi¬dade, vento, pressão, etc.) e físicos (edáficos, gravidade, som e tipo de planta cultivada); bem como dependente da densidade popula¬cional como os fatores alimentares e os bióticos (competição intra e interespecífica, além dos inimigos naturais como parasitóides, predadores e microorganismos entomopatogênicos).

Na primeira fase em que a curva se apresenta na forma de uma sigmói¬de, considerada como fase logarítmica, o crescimento popula¬cional é muito rápido. Em seguida há um decréscimo no crescimento ocorrendo nesta fase, um equilíbrio da população, manifestada pela estabilização do nível populacional por um período mínimo de cinco anos. Também nesta fase a população apresenta uma oscilação (afastamento simétrico do nível de equilí¬brio) e flutuação (afastamento assimétrico do nível de equilíbrio). Por último, há uma fase de crescimento negativo, quando a população do inseto decresce po¬dendo chegar até a extinção.

Figura 1. Modelo de crescimento padrão e flutuação populacional de insetos. (SILVEIRA NETO et al., 1976)

NÍVEIS POPULACIONAIS

Tendo em vista as flutuações populacionais de insetos em função da presença ou ausência dos fatores bióticos e abióti¬cos, é possível definir três níveis básicos de densidade populacional:

- Nível de Equilíbrio (NE); corresponde à densidade média populacio¬nal de insetos, durante um longo período de tempo na ausência de mudanças permanentes no ambiente;

- Nível de Controle (NC); corresponde à densidade populacional na qual medidas de controle devem ser efetivadas para que os prejuízos (Danos) econômicos não aconteçam;

- Nível de Dano (ND); corresponde à menor densidade populacio¬nal do inseto que implica em prejuízo ao agricultor.

Quando a população de insetos encontram-se em (NE), o agroecossistema deve ser apenas monitorado, pois neste estágio nenhuma medida de controle se justifica. Corresponde ao período em que é dada a “chance” para os inimigos naturais atuarem.

Conforme a posição do Nível de Equilíbrio da população de uma determinada espécie de inseto em relação ao Nível de Controle e Nível de Dano determinados para a praga, consideran¬do todos os aspectos intrínsecos à lavoura em questão, pode-se caracterizar as seguintes condições para que um determinado inseto venha a adquirir ou não, o status de praga (Fig.2):

a. Inseto não praga - quando o NE situa-se abaixo do NC e ND e os picos populacionais nunca atingem o NC ou ND.

b. Pragas esporádicas - quando o NE situa-se abaixo do NC e ND e os picos populacionais atingem ocasionalmente o NC ou ND, podendo restabelecer o equilíbrio após a adoção de medidas de controle.

c. Insetos-praga - quando o NE está situado abaixo dos NC e ND, no entanto, todos os picos populacionais atingem estes dois níveis, requerendo a adoção de medidas de controle de modo que se possa restabeler um novo NE situado mais abaixo em relação ao NC e ND.

d. Pragas severas - quando o NE está situado acima do NC e ND, justificando o controle preventivo para não conprometer a produtividade da lavoura.

Figura 2. Modelos de flutuação populacional e as diferentes condições para que um inseto atinja o status de praga.

3. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE DANOS

Os danos causados pelos insetos-praga estão intimamente relacionados com a sua biologia, ecologia e parte da planta atacada, manifestada através do tipo de dano causado. Em função dos aspectos supra mencionados os danos podem ser classifi¬cados em:

a. Diretos - quando a planta é totalmente destruída ou o processo de herbivoria atinge as diferentes regiões da planta que são usadas na comercialização. Os prejuízos vão variar de acordo com a importância econômica dos produtos. Ex: broca dos frutos de graviola e cupuaçú, moscas-das-frutas, desfolhadores de horta¬liças.

b. Indiretos - quando alguma parte da região da planta é destruida, tendo como consequência a redução da capacidade fotossintética, ou obstrução da translocação da seiva para os frutos, raízes, tubérculos, etc. Estes insetos podem ser considerados pragas menos severa, considerando a tolerância e a capacidade de regeneração da planta em relação ao ataque sofrido. Ex. minadores, sugadores que ovipoem endofiticamente,

serra-paus.

c. Toxinas - durante o processo de alimentação ou oviposição, alguns insetos injetam substâncias tóxicas nas plantas, afetan¬do o seu metabolismo e promovendo alte¬raçõew no seu desenvolvi¬mento e morfologia. Este tipo, plica que um inseto-praga mesmo em baixo nível populacional pode causar severos danos. Ex. insetos formadores de galhas.

d. Transmissão de patógenos - quando alguns insetos atuam como veículo de disseminação de vírus, bactéria, fungos, etc. As bactérias e fungos são transmitidas através do contato do corpo do inseto com a planta, nas regiões onde ocorrem injúrias provocadas durante a alimentação e oviposição. As viroses podem ser transmitidas por via mecânica ou por meio de complexas relações com a biologia do inseto. Ex. vaquinhas, pulgões, moscas-brancas.

e. Exudatos - insetos como os da subordem homoptera, excretam substâncias açucaradas

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