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Por:   •  25/2/2014  •  2.435 Palavras (10 Páginas)  •  367 Visualizações

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Introdução

“Embora exista um fluxo de processos de significação que determina o jogo entre a identidade mundial versus a nacional/regional/local, (...) percebe-se também a existência de elementos (...) que remetem à visão de mundo da episteme mundial/global”.

Eneus Trindade (2005).

A publicidade hoje está intimamente ligada à mídia digital online. Mesmo que esse tipo de mídia não seja o foco de veiculação da campanha é necessário para o bom desenvolvimento do trabalho publicitário que se estude e que se analise esse local. Hoje a publicidade sustenta e simultaneamente depende da internet, portanto, são aliadas.

Porém nem sempre foi assim, com a chegada da internet as incertezas eram muitas e não só a publicidade como a sociedade e o comércio levaram algum tempo para entenderem, se englobarem e se conectarem a esse novo sistema de comunicação.

A internet ainda tem uma história muito curta e, portanto, não existem muitos estudos sobre ela. Mas há a certeza de que esse tipo de mídia é fruto e ao mesmo tempo causadora da globalização. Com ela é possível diminuir distâncias e ter maior alcance sobre o mundo. Cria-se um campo adimensional, onde espaço e tempo se dissolvem. A publicidade ao se deparar com essa mídia adimensional se assusta, porém se adapta e ao longo do tempo consegue tirar proveito dos seus benefícios e se tornar aliada dessa grande indústria online.

O que é publicidade e onde ela está

O termo publicidade vem do latim publicus, que significa a transferência de uma comunicação ao público. Por extensão, significaria popularizar, propagar uma idéia ou fato. Contemporaneamente, publicidade adquire a conceituação de campanha que tem por objetivo promover comercialmente um produto ou serviço, com caráter intencionalmente persuasivo.

O termo publicidade vem do latim propagare, que significa propagar. Segundo Assis (apud Barbosa, 2005:33), “O diferencial semântico (...) aponta para a idéia de que qualquer anúncio é propaganda, já que comerciais são, em última instância, também ideológicos. Entretanto, nem todos os anúncios de propaganda são também publicitários, nem toda campanha tem como finalidade a persuasão comercial”.

A publicidade pode ser considerada onipresente na sociedade contemporânea, capitalista onde o consumismo tem forte presença e onde idéias circulam o tempo todo. Para que essas idéias circulem, são necessárias ferramentas e recursos os quais a publicidade explora. Essas ferramentas são meios de comunicação que constituem a mídia. As mídias podem ser impressa, visual, sonora, audiovisual ou digital. Impressa, como revistas e jornais, visual como outdoors, sonora como rádio, audiovisual como televisão e digital como conteúdo online.

O surgimento da internet e sua chegada ao Brasil

O termo internet pode ser definido como um sistema de informação global que é ligado por um endereço único global, ou seja, uma rede capaz de interligar todos os computadores do mundo. Isso possibilita maior interação e alcance entre a sociedade. E é por essa abrangência que a internet é um tipo de mídia que está em alta no meio publicitário.

Segundo Pinho, a internet foi e é um “verdadeiro fenômeno, pelo curto espaço de tempo desde seu surgimento e pela grande velocidade de sua disseminação em quase todo mundo, a Internet é um novo meio de comunicação de massa que rivaliza com a televisão, o rádio e outros veículos de troca e difusão da informação” (Pinho, 2001:90).

A Internet foi desenvolvida nos tempos da Guerra Fria com o nome de ArphaNet para manter a comunicação das bases militares dos Estados Unidos, mesmo que o Pentágono fosse atacado por um ataque nuclear, por exemplo. Terminada a Guerra Fria, ArphaNet tornou-se inútil então os militares já não a consideravam tão importante para mantê-la sob a sua guarda. Foi assim permitido o acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam a rede para as universidades as quais, sucessivamente, passaram-na para as universidades de outros países, permitindo que pesquisadores domésticos a acessassem, até que mais de cinco milhões de pessoas já estavam conectadas com a rede e, para cada nascimento, mais 4 se conectavam com a imensa teia da comunicação mundial.

No Brasil, as primeiras iniciativas no sentido de disponibilizar a internet ao público em geral começaram em 1995, com a atuação do governo federal no sentido de implantar a infraestrutura. Desde então, a internet no Brasil experimentou um crescimento espantoso, notadamente entre os anos de 1996 e 1997, quando o número de usuários aumentou quase 1000%, passando de 170 mil em janeiro de 1996 para 1,3 milhão em dezembro de 1997. Em janeiro de 2000, eram estimados 4,5 milhões de “internautas”. Atualmente, cerca de 73,9 milhões de brasileiros podem acessar a Rede e dentre esses 41,4 milhões se conectam todos os dias.

A reação da publicidade diante da novidade

Com a chegada da internet as incertezas eram muitas e não só a publicidade como a sociedade e o comércio levaram algum tempo para entenderem, se englobarem e se conectarem a esse novo sistema de comunicação.

Essa incerteza e essa insegurança aparecem nos estudos realizados na época do surgimento e estouro da internet como mídia publicitária. Em alguns estudos a nova mídia é vista com otimismo, já em outros, é analisada sob uma visão pessimista.

Para Lupetti (2003), a comunicação na Internet era ainda uma incógnita e não existiam muitos recursos que realmente envolvessem o internauta. Além disso, na época eram poucas as pessoas que tinham fácil acesso à web. Por isso a autora sugeria cautela ao lidar com esse tipo de mídia. Suas idéias em relação à internet eram pessimistas, levavam a acreditar que pouca coisa seria feita em relação à publicidade na mídia online e que a publicidade continuaria com foco nas mídias tradicionais. Mesmo assim, afirmava que a internet poderia mudar se novas e melhores maneiras de comunicar uma marca ou produto fossem descobertas, alterando custo e natureza da comunicação online.

Já para Pinho (2001), muito do potencial da Internet permanecia ainda por ser explorado, mas as suas inúmeras aplicações poderiam transformá-la em uma das mais importantes ferramentas a ser empregadas nas áreas de comunicação. Para ele “é indiscutível

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