Negócios: adaptação ao local de trabalho
Projeto de pesquisa: Negócios: adaptação ao local de trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jessicasolla • 31/8/2014 • Projeto de pesquisa • 474 Palavras (2 Páginas) • 268 Visualizações
Empresas: adaptação de ambiente de trabalho ainda é desafio
Mais do que contratar um funcionário com deficiência, uma empresa preocupada com a inclusão social precisa também adaptar o ambiente de trabalho para recebê-los. A ausência de uma arquitetura adequada para as necessidades desse público é atualmente uma das principais barreiras para o cumprimento da lei de cotas, de acordo com a arquiteta Virgínia Rodrigues, especialista em automação residencial e predial e adaptações para pessoas com deficiência.
Segundo ela, muitas das grandes companhias já têm prédios construídos de acordo com as normas de acessibilidade, mas no segmento de médias e pequenas empresas há muito a fazer. "O investimento financeiro é considerável, fazendo com que médias, pequenas e micro empresas, adiem as reformas e adequações, deixando de contratar profissionais com algum tipo de deficiência". Para a arquitetura, escadas, degraus e instalações sanitárias com medidas reduzidas são os principais obstáculos na contratação e permanência de deficientes.
Mas há outras medidas que podem ajudar na locomoção desses profissionais e são ainda mais raras. Por exemplo, ambientes com contrastes de cores beneficiam a circulação de deficientes visuais com baixa visão, mas é algo desconhecido tanto por profissionais da arquitetura quanto por empresas. "Isso ainda é muito raro", explica.
Mas a falta de ambientes adequados não é uma exclusividade brasileira, lembra a especialista: no último Fórum de Empregabilidade de Deficientes de São Paulo realizado em março, a diretora do instituto de emprego e deficiência da Universidade de Cornell nos Estados Unidos, Susanne Bruyère, apontou a falta de acessibilidade como o principal desafio quando se fala de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
No País, no entanto, a questão tem avançado com o interesse dos profissionais da área de construção de design, inclusive com cursos específicos sobre o tema nas universidades de referência. "O objetivo da arquitetura é construir espaços adequados ao uso que se propõe e, baseado nos princípios de design universal, o arquiteto deve desenhar espaços e ambientes que possam ser utilizados por qualquer pessoa, independente da idade, habilidade ou condição física", afirma Virgínia.
Ela lembra que o rei da França Luiz XIV, durante a construção do Palácio de Versalhes, solicitou durante o desenho do projeto que todos os espaços fossem desenhados para lhe dar acesso aos salões de baile e jardins mesmo quando ele estivesse velho e assim foi feito.
No Brasil, alguns grupos começaram a discutir mudanças especialmente nos acessos públicos apenas na década de 80. Como consequência, a Constituição de 1988 já conta com algumas premissas de acessibilidade nas edificações e no transportes. Mas, somente a partir de 2004, com leis e normas específicas, tornou-se obrigatória a aplicação dos princípios de acessibilidade na arquitetura. Neste ano, passou a valer, por exemplo, a norma 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas para acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, uma referência para qualquer pessoa que quiser se aprofundar no assunto.
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