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Neurociencia

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Por:   •  12/5/2013  •  1.351 Palavras (6 Páginas)  •  607 Visualizações

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O autoestudo

Argemiro Aluísio Karling Em educação à distância você mesmo é o seu professor. Daí a necessidade de você conhecer os fundamentos científicos do processo de aprender. Hoje, existem conhecimentos científicos em todas as áreas. Porém, as áreas que podem ser de maior interesse para uma aprendizagem científica é a neurociência, a psicologia da educação, a didática, a metodologia e a tecnologia educacional. Antes de tudo, é interessante definir, ou melhor, tentar conceituar o que é aprendizagem. Aprendizagem é o resultado das percepções, emoções, operações que são registradas ou organizadas na mente. Para isso é necessário sentir (ver, ouvir, cheirar, palpar, tocar, mexer), prestar atenção, perceber, comparar, pausar, refletir, registrar ou escrever.

Outra questão que você precisa ter clara é para quê serve a aprendizagem, ou seja, aprender para quê? Você quer aprender para ter muitas informações e produzir conhecimentos? Informações e conhecimentos para quê? Você quer aprender para ser uma pessoa mais educada? O que é uma pessoa educada? Você quer aprender para saber fazer? Fazer o quê? Você quer aprender a conviver? A viver bem com os outros, a

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ser solidário e altruísta? Você quer aprender a aprender para saber aprender sempre, a ser, a saber fazer e a conviver? Até há pouco tempo, a escola se preocupava em passar informações e conhecimentos, como se isso fosse suficiente para os alunos aprenderem a ser e fazer. Mas, os conhecimentos não são transferíveis tão facilmente para a prática. Hoje, sabe-se que o processo de aprender é bem mais complexo. Implica esquematizar os conhecimentos, estruturá-los, refletir sobre eles e aplicá-los. E mais: só há sentido na aprendizagem, se esta for fundamentada em competências, habilidades, atitudes e valores. Que competências e habilidades é necessário desenvolver? São muitas. Vamos dar apenas alguns exemplos para facilitar a compreensão do que sejam esses termos: Competência no ofício de estudante: habilidade de ler com compreensão, sabendo fazer análise, crítica, falar e filosofar sobre o assunto e aplicá-lo na prática, quando for o caso; habilidade de estruturar o que se aprende, correlacionar; de usar a imaginação, pensando em como ligar a nova aprendizagem às experiências anteriores e como aplicá-la; saber argumentar; saber defender a ideia que produziu, fazendo um bom discurso sobre o que sabe e pensou. Competência em resolver problemas da vida real: habilidade de observar, analisar as causas do problema, ter ou buscar conhecimento sobre o assunto, listar e selecionar alternativas de solução, iniciativa e criatividade. Competência em conviver com os outros: compreender as diferenças individuais, sociais, culturais, religiosas; ser solidário, altruísta, tolerante, paciente; saber dialogar e trabalhar em equipe.

Sintetizando, competência é o conjunto de hábitos, atitudes, habilidades e comportamentos integrados e aplicáveis em determinadas atividades e profissões. Esperamos que tenha ficado bem clara a questão da nova forma de abordar os objetivos da educação.

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4 O processo de aprender

Argemiro Aluísio Karling Ensino é o processo de orientar os estudantes a buscar informações, associá-las à suas experiências e transformá-las em conhecimentos. O processo continua. Os estudantes são ainda estimulados a desenvolverem hábitos e atitudes positivas e éticas, habilidades e competências. Não se pode acentuar unilateralmente os conteúdos de ensino ou desenvolvimento de capacidades e habilidades, pois “a assimilação dos conteúdos requer o desenvolvimento dessas capacidades e habilidades” (LIBÂNEO, 1994, p. 80). O processo de assimilação de conhecimentos resulta da reflexão proporcionada pela percepção prática sensorial e pelas ações mentais que caracterizam o pensamento. Todo conhecimento se baseia nos dados da realidade, que são o conteúdo. Mas a apreensão dos dados da realidade requer ações mentais. Por isso, a atividade de ensino não pode restringir-se a atividades práticas (LIBÂNEO, 1994, p. 86-87). Skinner (1972) recomenda como técnica de ensino importante o de solução de problemas. Os alunos são provocados a buscarem uma resposta. Diz ele: Não é bastante encorajar os alunos a terem ideias reforçando-os pelas produções verbais. Devemos ensiná-los a descobrir o que têm a dizer – provocar a emissão de respostas e não só uma resposta de cada vez, mas arranjos complexos de respostas; não só uma resposta singular analógica ou metafórica, mas uma sentença, um parágrafo, um capítulo, um livro; não só o melhor lance imediato no xadrez, mas toda uma estratégia; não só um argumento, mas toda uma demonstração (SKINNER, 1972, p.132). Cada aula, cada assunto, “cada situação didática deve ser uma tarefa de pensamento para o aluno. Uma tarefa do pensamento é uma pergunta bem feita, um problema instigante, uma comparação entre uma afirmação do livro e um acontecimento real...” (LIBÂNEO, p. 106, grifo do autor). E o conteúdo, a pergunta, o problema devem converter-se em conteúdo, pergunta, problema na cabeça do aluno (Ibidem). A respeito podemos buscar fundamentação em Skinner (1972). Diz ele:

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