Nicolas Prieb
Artigos Científicos: Nicolas Prieb. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nicolasprieb • 10/8/2014 • 2.032 Palavras (9 Páginas) • 320 Visualizações
A escoliose é o desvio lateral da coluna vertebral e provoca uma modificação muscular, ligamentar do tecido conjuntivo, dos discos intervertebrais e dos ossos, podendo até comprometer a medula espinhal, pulmões, coração e pelve.
É um desvio lateral e rotatório no plano frontal e horizontal.
As escolioses são fáceis de corrigir quando os desvios são de pequena intensidade, em indivíduos jovens, em fase de crescimento.
Existe escoliose total, dorsal, lombar ou em "S". Na escoliose existe a curva primária e a secundária, com que esta é uma compensação da curva primária para manter o equilíbrio estático e dinâmico. É mais fácil prevenir a escoliose do que corrigi-la.
Tipos de Escoliose
- Escoliose Funcional: É reversível. As alterações estruturais dos corpos intervertebrais ou dos discos intervertebrais não são causas e não são considerados como resultado da escoliose funcional. A escoliose funcional diminui ou desaparece através da ação da gravidade, ou quando se remove o fator causal.
- Causas da escoliose funcional: Quando o membro inferior é mais curto que o outro ou em posições defeituosas, sendo que isto pode ser remediado.
A inclinação lateral corrige uma curvatura funcional, mas não altera uma curvatura estrutural, exceto em pacientes muito jovens, com escoliose mínima, recente e flexível.
- Escoliose Estrutural: A escoliose estrutural tem muitas etiologias, mas os verdadeiros fatores causais permaneceram desconhecidos. As curvaturas da coluna progridem em direção lateral e são, geralmente, acompanhadas por deformações rotatórias. A escoliose é progressiva em crianças que estão em crescimento epifisários e progride pouco em curvas de menos de 40°, depois de completado o fechamento epifisário.
Dentro da escoliose estrutural existe uma classificação:
Escoliose congênita: é orgânica, pela má formação de vértebras, costelas e músculos. Pode também ser acompanhada de outras alterações como por exemplo: espinha bífida, pé eqüino e luxação congênita de quadril. O tratamento da escoliose congênita é geralmente cirúrgica. Devem ser operadas precocemente para não chegar a deformidades acentuadas.
Escoliose do bebê: é uma manifestação precoce da escoliose idiopática.
É comum observar-se em bebê que apresenta torcicolos congênitos, pois a mãe atende o bebê sempre pelo mesmo e este fica posicionado sempre em um só decúbito lateral.
Escoliose idiopática infantil: é rara, e verifica-se desde o nascimento até a idade de 3 anos. A maioria 80% a 90% das curvas, consegue uma melhora sem tratamento e a minoria das curvas progride, constituindo-se em uma escoliose muito grave.
Escoliose idiopática juvenil: a curva escoliótica inicia após os 3 anos e vai até a puberdade quando não tratada, evolui para grandes deformidades não havendo remissões espontâneas.
Escoliose idiopática do adolescente: inicia depois da puberdade. Geralmente quando se descobre, a curva já está estruturada, tendendo a progredir durante o crescimento, produzindo sérias deformidades. Acredita-se que a causa da escoliose idiopática seja a hereditariedade, ou por uma harmonia no sistema de secreção hormonal entre o hormônio sexual e a somatotropal, provocando modificações nas epífises nas vértebras.
Escoliose paralítica: quando ocorre após poliomielite, paralisia cerebral, distrofia muscular. As escolioses paralíticas são mais freqüentes nas seqüelas de paralisia assimétricas, principalmente quando atingem os músculos abdominais. As escolioses de paralisia flácida progridem mais rapidamente do que as espásticas. O tratamento é preventivo; caso contrário é necessário recorrer à cirurgia.
Escoliose estática: quando apresenta modificações estruturais. Diferencia-se em 2 aspectos:
ascendente quando tem problema a nível de membros inferiores;
descendentes quando tem problema a nível de membros superiores.
Escoliose de cicatriz: ocorre principalmente devido a cirurgias torácicas.
Escoliose pós-traumática: ocorre devido a um choque ao nível da coluna vertebral mas pode aparecer muito tempo após o choque.
Escoliose antálgica: é devido a um reflexo antidoloroso. Ocorre numa atitude em cifose lombar com flexão de joelho, algumas vezes favorecendo retroversão pélvica.
Escoliose de doença sistêmica ou metabólica: é devida a falha da musculatura, dos ligamentos e arcabouço esquelético de origem desconhecida.
Escoliose histérica: é freqüente nas meninas, na época da puberdade. Não é uma escoliose real, mas atitude escoliótica.
Classificação da gravidade:
Escoliose leve: menos de 20°. As menores de 10° são consideradas normais e não requerem tratamento;
Moderada: 20 a 40°;
Grave: 40 a 50° ou mais.
A medida da escoliose é feita pelo método de Cobb.
1. Vértebra inferior. Dirigida para a concavidade da curva; traça-se uma linha na parte caudal da vértebra.
2. Traça-se uma perpendicular a essa linha.
3. Vértebra superior. Traça-se uma linha na parte superior da vértebra mais elevada, na extremidade em que se dirige para a concavidade da curva.
4. Traça-se uma perpendicular a essa linha.
5. Mede-se o ângulo de intersecção de ambas as perpendiculares.
O que causa a escoliose?
As causas não são completamente conhecidas. Pode "existir" em algumas famílias, indicando fatores de hereditariedade. Novamente, pode simplesmente aparecer como um caso isolado em um indivíduo. Distúrbios do nervo e músculo pode produzir escoliose, como também doenças como a polio ou uma lesão na infância que faça com que a vértebra se desenvolva com anomalias.
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