O ARTIGO DE OPINIÃO LIBRAS
Por: Kaykison Almeida • 6/10/2019 • Artigo • 1.106 Palavras (5 Páginas) • 340 Visualizações
Tema: O processo histórico da Educação do Sujeito Surdo a partir do Congresso de Milão 1880, do Oralismo ao Bilinguismo com vista nas legislações 10.436/02 Lei da Libras e no Decreto 5626/05;
A sociedade ainda convive com o preconceito estabelecido pelos ancestrais de que uma pessoa surda ou muda não é capaz de trabalhar, de se manter por conta própria. Tais pensamentos devem ser educados a maneira de mudar essa história que tão brutalmente é vivida por alguns adeptos da língua de Sinais.
Em uma analise histórica a respeito das ocorrências da linguagem não oralizada é possível destacar que as crenças mais antigas revelavam que um pessoa que não possuía a voz ou a audição não era digno de herança, nem mesmo de ter contato com a palavra de Deus.
Por uma perspectiva filosófica, as linguagens gestuais figuravam como sinônimo de obscuridade do pensamento: a razão só seria acessível pelo domínio da palavra falada, de acordo com as bases aristotélicas.
Em meados do século XVI, os surdos que erram caracterizados como surdos-mudos, eram deixados à margem da sociedade e considerados ineducáveis, pois não tinham como aprender ou não tinha quem se importasse com eles para se adequar com suas necessidades e assim ensinar-lhes. Com o passar do tempo, no início do século XVII, começou a existir uma pequena preocupação em mudar esse pensamento preconceituoso e inescrupuloso dada pela sociedade, que naquela época, compreendiam as pessoas surdas como anormais. De acordo com MOURA (2000) Na Grécia e Roma antiga as pessoas compreendiam que os surdos-mudos não eram seres passivos de pensar de raciocinar por não conseguirem ouvir, o pensamento para eles adivinha da fala. Afirmou Aristóteles; “considerava o ouvido o órgão mais importante para a educação e raciocínio”.
No entanto um dos primeiro pensamentos para educar os surdos, não somente educar mais também inclui-los de forma igualitária a sociedade, foi à criação de um alfabeto de forma soletrada, que, sendo esse método hierárquico, foi ultrapassado ao longo do tempo, já que se perdeu a visão de ensinar um alfabeto para se comunicar e sim empregar a oralidade defendida de forma unânime no famoso no congresso de Milão.
Atualmente a linguagem de sinais tornou- se possível graças às revoluções que ocorreram em meados dos séculos XVIII e XIX, o congresso de Milão foi o grande palco da História da comunidade surda-muda. Desmitificando a ideia de marginalizá-los para ser educados, a educação dos surdos-mudos passa agora a ideia de incluí-los na sociedade e com um método de ensino mais eficaz. A Prioridade defendida no congresso era da inclusão da língua de sinais para a mesma pudesse ser ensinada e devidamente compreendida em toda a esfera.
Todavia, no congresso a grande maioria eram ouvintes, ou seja, eles de certa forma não poderiam subjulgar a necessidade de uma pessoa surda e tampouco a língua gestual de ensino dos surdos-mudos que depende da inclusão da libra para que a mesma possa se desenvolver em sociedade com uma vida normal. O que em tese seria um problema de fácil resolução acabou tornando- se um pesadelo na vida de muitos.
No congresso de Milão em 1880, as discussões e resoluções eram quase unanimes. Poucos e isoladas posições eram a favor da inclusão do ensino de libras.
Podemos dizer a diferença existente já existe desde muito antes do famoso congresso em Milão. Nas grandes civilizações as pessoas constatadas com a surdez ou sem a voz eram tidas como “anormais”. Na grande maioria das vezes eram crucificas de maneira cruel.
Passamos então do processo de exclusão para inclusão dos surdos-mudos após o congresso de Milão. O processo de aprendizagem que era de forma isolada, um grupo de surdos, a gora já se tem a noção de uns dos principais objetivos do congresso que é justamente ensina-lhes no mesmo grupo de pessoas com ou sem deficiência especificas. Cabendo ser executados através de políticas publicas nas escolas, o que não se percebe no Brasil, o que infelizmente é normal por esperar a iniciativa do poder publico brasileiro. Isso significar ter um professor qualificado para atender as necessidades de cada um dentro da sala de aula, um direto garantido por lei, o que é difícil de encontrar em nosso país, uma vez que apenas uma pequena porcentagens dos cursos superiores aplicam o ensino da Língua brasileira de sinais (LIBRAS) como uma matéria obrigatória na grade curricular, não se dando a devida importância e consideração aos surdos-mudos, que após tantas lutas ainda tenham que lutar para ser um cidadão e viver com dignidade, mostrando a todo o momento a uma classe de pessoas que são capazes, quanto um ouvinte. E ainda mesmo que seja difícil de acreditar existem, nos dias atuais, pessoas que não tenham a idéia da importância da LIBRA e que os mesmo não percebe que vive em um país bilíngüe, forçando os surdos-mudos a aprenderem a ler e escrever a nossa língua, obrigando-os a serem bilíngüe para poder se comunicar e levar uma vida digna e independente. Sendo que é mais difícil ensinar um mudo a ler e escrever a língua portuguesa do que os ouvintes aprenderem a LIBRAS, cabendo assim a população conscientizar-se e ter um pouco mais de preocupação e consenso com o próximo.
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