O CONSELHO DE CLASSE COM FUNÇÃO AVALIATIVA BIMESTRAL COMO EFETIVAÇÃO DE UMA VALIAÇÃO QUALITATIVA E PARTICIPATIVA E DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Dissertações: O CONSELHO DE CLASSE COM FUNÇÃO AVALIATIVA BIMESTRAL COMO EFETIVAÇÃO DE UMA VALIAÇÃO QUALITATIVA E PARTICIPATIVA E DA GESTÃO DEMOCRÁTICA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ojrbentes • 4/3/2015 • 6.167 Palavras (25 Páginas) • 1.682 Visualizações
O CONSELHO DE CLASSE COM FUNÇÃO AVALIATIVA BIMESTRAL COMO EFETIVAÇÃO DE UMA VALIAÇÃO QUALITATIVA E PARTICIPATIVA E DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
O.Jr Bentes1
RESUMO
O seguinte trabalho pretende desenvolver uma proposta inovadora, para a avaliação do desempenho da aprendizagem. O objetivo é aproximar o aluno das avaliações escolares, na realidade torná-lo agente ativo como sujeito da educação na construção de novos saberes. A reflexão dos sujeitos envolvidos como intencionalidade subjetiva fornecerá novas perspectivas para o ensino e aprendizagem, valorizando um pensar crítico e criativo. Esta avaliação apresenta-se um olhar para o desconhecido, para as dificuldades, impulsionando os sujeitos à pesquisa e a qualificação intelectual. O conselho de classe participativo torna-se uma ferramenta necessária na construção da cidadania, e da democracia participativa, proporcionando alternativas de aproximar a comunidade escolar da sociedade.
A presente proposta pretende repensar o significado da ação avaliativa, na qual o aluno participa do processo avaliativo, em busca de uma alternativa que se contraponha à prática tradicional, respeitando as diferenças e criando oportunidades para que todos aprendam. Neste contexto, a avaliação é aqui entendida, como uma prática socioeducativa, portanto, processo interativo, integrante ao processo de formação que tem por finalidade o desenvolvimento e o continuo aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem que possibilite aos sujeitos participarem na viabilização da transformação social.
Esta avaliação tem como objetivo detectar problemas, servir como diagnóstico refinado da realidade em função da qualidade que se deseja atingir. Não é definitivo nem rotulador, não é algo estanque, e sim algo dinâmico que vise superar as deficiências.
O aluno que se torna sujeito da educação e da avaliação participa ativamente, sente-se responsável por seus atos, sugerindo alternativas para melhorar o ensino-aprendizagem coletiva.
PALAVRAS CHAVES: Auto-avaliação, avaliação continuada, aluno monitor, nota de conselho de classe, nota resídual.
INTRODUÇÃO
A finalidade de qualquer ação educativa deve ser a produção de conhecimentos que aumenta a consciência e a capacidade de iniciativa transformadora dos grupos.
Paulo Freire
O estado do Pará apresenta baixos[percentual] índices de desempenho escolar no ensino básico, com altos índices [quanto?]de evasão e repetição, e acentuadas disparidades educacionais entre as várias regiões. Essa baixa qualidade da educação, principalmente a pública, é ligada a uma ineficiente administração e gerenciamento educacional, uso insuficiente e impróprio dos recursos financeiros, e principalmente, às estratégias de ensino e de avaliação do desempenho escolar inadequadas. No caso da minha cidade os administradores não sabem como captar recursos e em muitas vezes perdem os prazos do governo federal.
O Ministério da Educação e Cultura (MEC) esta sempre exigindo novas estratégias educacionais dos professores gestores, portanto, exigidas para reverter tal situação, mas faltam aos seus formuladores informações precisas, sistemáticas e padronizadas sobre o desempenho do sistema educacional. Mesmo por que alguns deles como foi o caso da diretora Escola de Ensino Fundamental e Médio São Felipe,Santarém –Pa, escola em que lecionei e apliquei a proposta de avaliação, nem leem os documentos enviados pela secretaria de educação do estado, como foi o caso do documento sobre a primeira conferência de educação do estado de 2008, que previa diretrizes, metas e objetivos a serem alcançados, dentre elas a que determinava a implementação de alunos-monitores nas escolas, até hoje, não sei que monitoria existe na escola, proposta que inclusive é a do livro do ensino fundamental adotado pela escola do professor Pedro Santiago, que propõe que os próprios alunos participem da avaliação. Na realidade a proposta de avaliação do conselho de classe é um misto entre a proposta de avaliação da Secretaria de Educação do Estado do Pará (SEDUC) e a proposta do livro didático.
Não existe, na verdade, uma cultura de avaliação no país nem um envolvimento efetivo da sociedade no aperfeiçoamento do sistema educacional, nem dos alunos e nem muito menos da comunidade escolar.
Neste sentido, pretendemos neste trabalho fazer reflexões sobre o papel da avaliação do desempenho escolar como ferramenta de inclusão social, consequência da prática pedagógica adotada pelo nosso sistema educacional.
Estranhamente, em situação escolar, o que acontece é diferente. Se perguntarmos a estudantes, professores, pais de alunos ou mesmo a outros profissionais, o que é avaliação, quase que automaticamente o que vem à memória são as palavras prova e nota.
A maioria das pessoas não questiona o fato de a avaliação ser parte do processo desenvolvido pela escola, seja ela de educação infantil, ensino fundamental, médio ou superior. As compreensões acerca desse processo, no entanto, muitas vezes são equivocadas, gerando mal-estar em estudantes e professores.
Isso se deve, em parte, às diferentes finalidades e às características assumidas pela avaliação no decorrer dos tempos*. Por outro lado, deve-se ao uso classificatório que a avaliação assumiu (e continua assumindo) em alguns casos, tais como concursos e vestibulares. Os estudantes muitas vezes associam a avaliação somente às provas, sendo que alguns deles desenvolvem até alguns “sintomas”, tais como esquecimento, sudorese, uso de meios escusos como a “cola” etc. Já os docentes se questionam sobre qual é a melhor maneira de avaliar a aprendizagem de seus alunos, se o instrumento utilizado será ou não capaz de captar o nível de aprendizagem da turma, que ações serão necessárias após a análise dos resultados.
DESENVOLVIMENTO
Para Paulo Freire, “ensinar não é meramente transferir o conhecimento, mas é criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (Freire, 1996, p.52). Desta forma, a avaliação deve ser utilizada como um meio de intervenção pedagógica, buscando a interação para que assim se possa observar, registrar e analisar o conhecimento construído pelo aluno, bem como as dificuldades, esperando, desta forma, que estes alunos, através da avaliação, possam superar os obstáculos no processo de ensino e
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