O CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA NO BRASIL
Artigos Científicos: O CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA NO BRASIL. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 02214179585 • 18/11/2014 • 1.903 Palavras (8 Páginas) • 371 Visualizações
O CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO
O atual andamento pela economia brasileira, com forte alargamento de seu mercado interno apresentando um cenário de estabilidade político – econômico, além de inflação controlada, tem proporcionado condições favoráveis ao crescimento econômico do país.
Diante disso o setor automotivo brasileiro aparece em posição de destaque nos últimos anos, apresentando notável aumento na produção de veículos, com crescimento de suas vendas internas, e ainda destacando-se pelos exportações realizadas para o resto do mundo.
Atualmente são 61 unidades industriais espalhadas por 46 municípios em 10 es¬tados. E este núme¬ro tende a aumentar cada vez mais com os investimentos feitos pelas montadoras. A indústria representa hoje quase 25% do PIB industrial e 5% do PIB total, com fa¬turamento acima de US$100 bilhões.
Além disso, o setor movimenta uma ca¬deia gigantesca que engloba fabricantes, fornecedores de ma¬téria-prima, autopeças, distribuidores, postos de gasolina, seguradoras, oficinas mecânicas, borracharias, empresas de comunicação, agên¬cias de publicidade, entre outros. Essa cadeia, que está completamente interligada, emprega milhões de trabalhadores, gera renda nas famí¬lias e faz a roda da economia girar.
E as responsabilidades são proporcionais a essa relevância. Quando a nova gestão da Anfavea para o triênio 2013-2016 tomou posse em abril do ano passado, a missão de dar seqüência ao desafio de reindustrializar o setor, atrair investimentos, incentivar a produção local e estimular a inovação, pesquisa e engenharia era muito claro. Sempre pensando no curto, médio e, principalmente, no longo prazo. Por isso desenvolvemos uma política industrial baseada em três pilares.
O primeiro deles, o programa Inovar-Auto, viveu momento de consolidação em 2013. Com a implantação do programa, a produção local teve crescimento de quase 10% em rela¬ção a 2012. Foram 3,74 milhões de modelos fabricados, motivados principalmente pela substituição de veículos importados por outros fabricados no País – um dos objetivos do Inovar -Auto –, bom desempenho das exportações e aos resultados positivos do agronegócio.
E mais: foram anunciados, até o momento, R$ 75,8 bilhões em investimentos até 2017, destinados à construção de novas fábricas, ampliação e modernização das já existentes e desenvolvimento de novos produtos.
O segundo pilar é o Inovar-Autopeças, que prevê ações como a rastreabilidade, condições de financiamento e fomento à inovação e de-senvolvimento, pois não adianta aumentar a capacidade produtiva – hoje em torno de 4,5 milhões de autoveículos e 109 mil máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas – e investir em novos modelos se o setor automo-tivo não tiver uma base forte de fornecedores.
Com os investimentos anunciados nossa capacidade produtiva saltará para 5,7 milhões de unidades em 2017 e, portanto, será impres¬cindível elevarmos nossa base de exportações. Por este motivo identificamos a necessidade de criar um programa específico, o Exportar-Auto – terceiro pilar da política industrial –, que será responsável por melhorar os níveis de compe-titividade do Brasil no cenário internacional e elevar nossas exportações para um milhão de unidades por ano até 2017.
Além dos três pilares, a Anfavea apresentou ao governo, em conjunto com outras nove entidades, proposta para estabelecimento do Programa Nacional de Renovação de Frota para caminhões. Com ele os consumidores terão a oportunidade de trocar seus veículos velhos e poluentes por outros mais tecnológicos, econô¬micos e compatíveis com a legislação brasileira de emissões. E representará significativos avan¬ços em segurança, meio ambiente e mobilidade.
Apresentamos também o Inovar-Tecnolo¬gias, com o objetivo de introduzir novas tecno¬logias de propulsão ao mercado e promover a pesquisa e desenvolvimento nacional de novos produtos, tanto para veículos leves quanto pe¬sados.
De acordo com balanço da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) referente aos segmentos de atuação das financeiras, o total de recursos liberados para compra de veículos no primeiro semestre deste ano foi de R$ 55,5 bilhões, o que significou um acréscimo de 2% sobre o mesmo período de 2013, quando foram concedidos R$ 54,4 bilhões.
A tendência dos recursos liberados para financiamentos de veículos é de queda, a exemplo de junho, quando foram concedidos R$ 8,5 bilhões, valor 8,8% menor que maio, com R$ 9,3 bilhões e 3,3% inferior ao mesmo período do ano passado (R$ 8,8 bilhões)
As baixas ocorreram basicamente pela queda na venda de veículos automotores, impacto causado pelas férias coletivas nas montadoras e a Copa do Mundo no Brasil.
O saldo das carteiras de financiamentos para aquisição de veículos (CDC + Leasing PF e PJ), que em maio ultrapassou R$ 219 bilhões, apresentou retração de 0,9% em junho, passando para R$ 217,1 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2013, quando atingiu R$ 235,2 bilhões, a redução foi de 7,7%.
Já em relação à inadimplência, o não pagamento acima de 90 dias no setor de financiamento de veículos caiu 0,1%. em junho e fechou o mês em 4,9% no CDC para pessoa física. Durante o primeiro semestre, as quedas somam 0,3 pontos percentuais. Os atrasos inferiores a 90 dias mantiveram-se estáveis em 8,1% em junho.
Em junho, os associados da associação praticaram uma taxa média de juros de 1,41%, mesma efetivada em maio. A taxa média anual foi de 18,30%, também sem alteração no período.
No primeiro semestre, os planos máximos disponibilizados pelos bancos aos consumidores oi de 60 meses. No entanto, e o prazo médio no final do período foi de 41 meses. As modalidades de pagamento utilizadas na compra de automóveis e comerciais leves no mercado interno dividiram-se em CDC, 52%; à vista, 38%; Consórcio, 8%; e 2%, Leasing.
No segmento de caminhões e ônibus, o Finame representou 71% do total comercializado, enquanto os pagamentos à vista, 14%; CDC, 11%; Consórcio, 2%; assim como, Leasing e Leasing Finame, também com 2%. Já no segmento de motocicletas, 34% das vendas foram à vista; 32%, CDC; e 34%, cartas de consórcio.
2 JUSTIFICATIVA
A indústria automobilística se instalou no País no começo do século passado e de lá para cá se tornou parte integrante do cotidiano e da cultura do cidadão brasileiro. Todos conhecem um pouco sobre o setor e, mais do que isso, todos conversam
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