O Conto De Fadas Na Educação Infantil
Artigo: O Conto De Fadas Na Educação Infantil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tobby • 23/4/2013 • 1.541 Palavras (7 Páginas) • 1.446 Visualizações
II - CONTOS DE FADAS NA VIDA DA CRIANÇA
Os contos de fada encantam as crianças e de alguma maneira transmitem mensagens muito importantes de forma lúdica e prazerosa. É através dos contos de fadas que as crianças vivem diferentes situações e emoções passando a compreender o mundo que a cerca e dando origem a novas ideias, opiniões, sentimentos e criatividade. Para Coelho (1996) atividades em grupo com as crianças que envolvem o contar histórias ajuda na afetividade, desenvolve a imaginação, a socialização em grupo, a reconstrução da identidade e autonomia da criança. Carvalho (1975) acrescenta que poderíamos aliar dentre outras coisas o trabalho com valores éticos, morais, com as relações interpessoais, as diferenças dentre outros, e com isso contribuir na formação mais ampla da criança em processo de construção de identidade.
Tonucci (1997) acrescenta ainda que, desde a mais tenra idade a criança deve estar inserida em um espaço que propicie atitudes corretas de valores morais e éticos. Assim, através dos contos, a criança pode perceber e executar de forma lúdica atitudes que envolvam o resgate dos valores morais e éticos.
Na educação infantil, como afirma Carvalho (1975), esses valores podem vir associados a atividades prazerosas e, desta forma, se constituindo enquanto aprendizagem significativa, já que na infância, a criança está em constante processo de maturação e desenvolvimento de sua personalidade. Tendo em vista estes aspectos, acredito que, os educadores devem oferecer a criança um ambiente de qualidade que estimule as interações sociais. Um ambiente, como descreve Ferrero(1985), incentivador da imaginação infantil que através do brincar promove o aprender.
As crianças na faixa etária de 3 a 6 anos, como enfatiza Barreto (2003), encontram-se numa fase que se interessam muito por histórias de repetição, histórias acumulativas e contos de fada. Nesta faixa etária a imaginação e a criatividade estão bastante aguçadas e a criança começa a se desprender do mundo real. As histórias contadas nesta fase devem dar oportunidade para que a criança desenvolva tais habilidades e precisam ser um pouco mais elaboradas. As crianças que se encontram nesta fase gostam de escutar muitas vezes a mesma história, reconhecendo e se identificando com os seus elementos. Coelho (1998) enfatiza esta ideia descrevendo que:
Da primeira vez tudo é novidade; nas seguintes, já sabendo o que vai acontecer, a criança pode se identificar mais ainda, apreciando os detalhes. Igual reação pode acontecer com o adulto ao ler um bom livro ou assistir a um filme que lhe agrade. Relê. Revê. O prazer se renova (COELHO, 1998, p.16).
Barreto (2003) afirma, ainda, que as crianças demonstram bastante interesse por narrativas com as quais se identificam. Tal interesse costuma ser manifestado através de interrupções do tipo: “Eu também vou à praia com o papai!” ou “Meu gatinho também é branco!”. Por este motivo cabe ao professor, ao contar histórias, conversar com seus alunos antecipadamente, situando a narrativa, facilitando a compreensão do tema e promovendo as identificações com os elementos da história, do tipo: "Quem costuma ir à praia com o papai?” ou mesmo: “Alguém aqui tem um gatinho branco?”.
Enquanto professora, acredito que sempre devemos ouvir o que as crianças dizem. Esse momento, o de ouvir, é necessário porque além da criança encontrar menos dificuldades para compreender o tema abordado na história que foi selecionada e será narrada, haverá menos interrupções no momento em que estiver sendo contada. Havendo uma boa conversa inicial, raramente a narrativa será interrompida, mas se isso acontecer trata-se de um fato natural, já que estamos lidando com pequenos ouvintes. Cabe, sempre, ao professor agir com serenidade, mas não interromper a narrativa. Coelho (1988), com relação a isto, enfatiza que se a criança completou a história, pode-se balançar a cabeça como uma confirmação do que foi dito, se for algo que nada tenha a ver com a narrativa, o contador pode, por exemplo, dar um sorriso e fazer um gesto de espera com as mãos. Ao término da narrativa, o contador procura saber sobre o assunto abordado pela criança. O autor ressalta, ainda, que é importante é fazer a criança compreender que naquele momento o mais importante é voltar sua atenção para a história que a professora está contando, mas que ela tem interesse em saber sobre aquilo que ela expressa e que cada coisa tem o seu tempo certo para acontecer.
Barreto (2003) relata que algumas providências contribuem para que o professor, ao contar histórias para crianças na faixa etária de 4 a 5 anos atinja seus objetivos ao longo da narrativa, dentre elas, devem ser considerados o local em que a história vai ser contada. Enfatiza que sair do espaço da sala de aula é realmente incentivador, pois torna a atividade mais atraente, mas isso só deve ser feito se realmente houver disponível um espaço adequado à situação. Este espaço não deve permitir o trânsito de pessoas ou mesmo conter outro grupo exercendo uma atividade paralela. É necessário que a narrativa seja o centro das atenções.
A arrumação das crianças, afirma ainda Barreto (2003) também é um importante aspecto a ser analisado. Quando nem todas as crianças têm plena visão do que está sendo demonstrado o desinteresse é despertado, visto que certamente haverá disputa por um lugar melhor em meio à narrativa.
Acredito que o requisito citado pela autora é muito importante uma vez que percebo que é bastante estimulante experimentar maneiras diferentes de arrumar as crianças, atentando sempre que estas maneiras devem consistir em formas de arrumação que confiram às crianças total visão e audição do que está sendo apresentado. Círculos e semicírculos costumam ser ótimas opções, pois tornam o ambiente bastante aconchegante, garantindo boa visão e audição para os pequenos. As cadeiras ou
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