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O DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL: DEFINIÇÕES, PRINCÍPIOS E POLÍTICAS

Por:   •  22/8/2021  •  Resenha  •  735 Palavras (3 Páginas)  •  98 Visualizações

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O artigo “Desenvolvimento Sustentável: Definições, Princípios, políticas” apresenta de forma holística os conceitos, os princípios e políticas que permeiam no universo econômico quando se trata de sustentabilidade, mais precisamente de desenvolvimento sustentável. Herman E. Daly apresenta seu posicionamento a vários questionamentos primitivos abordados por ele mesmo a respeito do assunto.

Daly divide o artigo em oito seções. Na primeira parte, intitulado “Definições”, o autor inicia com uma questão “o que é que se supõe sustentar no desenvolvimento sustentável? ” Imediatamente ele responde que duas respostas têm sido dadas, uma dominante, que é conhecida como a premissa da sustentabilidade, denominada pelo autor de utilidade sustentada, ou seja, o futuro para as próximas gerações deve ser pelo menos igual ao presente no que se refere a sua utilidade. E a segunda resposta, fortemente defendida por ele, é de que o transumo físico deveria ser sustentado – a capacidade do ecossistema de sustentar fluxos de recursos naturais não deve ser afetada. Ou seja, o futuro tem que ser tão bom quanto o presente no que se refere ao acesso aos recursos providos do ecossistema.

Nos parágrafos seguintes Daly discorre sobre o uso da palavra transumo e sobre a necessidade de trazer conceitos aplicados aos fundamentos da teoria econômica de modo a desenvolver uma consciência de que a sustentabilidade não é sinônimo de eternidade. Ao transcorrer sobre definições e uso dos termos “desenvolvimento” e “crescimento” pela economia, o autor questiona se crescimento é sinônimo de riqueza, uma vez que em situações que o aumento do transumo traz prejuízos de forma mais rápida do que riqueza, significando que o crescimento é antieconômico. É o caso que ocorre com o processo de crescimento de países ricos e países pobres, em que curiosamente os sentidos são invertidos: enquanto o crescimento possa ser considerado antieconômico em países ricos; em países pobres, cujo PIB baseia-se praticamente em necessidades reais como vestuário, alimentação e habitação, provavelmente é classificado como econômico. Outra situação é que a visão de mundo globalizado exige um crescimento rápido de países ricos, consequentemente os países pobres são alvos de investimentos para que os mesmos possam produzir mercadorias de qualidade para suprir a demanda de países ricos. Da necessidade em pagar esses altos investimentos, surgem as dívidas eternas. E por manter essa cultura do crescimento imediato, ignorando o transumo, é o que leva às questões da insustentabilidade econômica.

É certo que a manutenção desse modelo de “desenvolvimento” interessa em maior grau aos países ricos, que podem priorizar os processos de produção de alta tecnologia em seus territórios, estabelecendo as condições para a terceirização dos demais processos para os países pobres, mantendo a sua dependência e condições de desigualdade.

Nas próximas seções, Daly fala sobre as estruturas de exportações e importações, e como é difícil separar o crescimento dos países pobres dos países ricos, uma vez que as fronteiras estão tornando-se insignificantes. Nos itens III e IV, propõe ignorar o conceito de transumo já que muitos economistas o fazem, e mesmo assim fica evidente que existe um fator desprezado: o bem comum. Daly reivindica a igualdade no acesso ao que é legado da

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