O ESTUDANTE E A LEITURA
Artigos Científicos: O ESTUDANTE E A LEITURA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Alcione22 • 5/10/2013 • 1.768 Palavras (8 Páginas) • 1.112 Visualizações
O ESTUDANTE E A LEITURA
Compilação e adaptação: Profª Ms. Karen Tôrres C. Lafetá de Almeida
Ler significa conhecer, interpretar, decifrar. A maior parte dos conhecimentos é obtida através da leitura, que possibilita não só a ampliação, como também o aprofundamento do saber em determinado campo cultural ou científico.
Ler significa também eleger, escolher, ou seja, “distinguir os elementos mais importantes daqueles que não o são e, depois, optar pelos mais representativos e mais sugestivos” (SALVADOR, 1980,p. 100).
Sendo os textos uma fonte inesgotável de idéias e conhecimentos, deve-se ler muito e continuamente. Entretanto, não basta ler indiscriminadamente, é preciso saber ler. A leitura é válida somente quando assimilada.
IMPORTÂNCIA DA LEITURA
A leitura constitui-se em um dos fatores decisivos do estudo e imprescindível em qualquer tipo de investigação científica. Favorece a obtenção de informações já existentes, poupando o trabalho da pesquisa de campo ou experimental.
A leitura propicia a ampliação de conhecimentos,enriquece vocabulário, permitindo melhor entendimento do conteúdo das obras. Através dela podem-se obter informações básicas ou específicas.
Pode-se dizer que a leitura tem dois objetivos fundamentais: serve como meio eficaz para aprofundamento dos estudos e aquisição de conhecimentos gerais. Todavia, impõe-se uma seleção para a leitura, em razão da quantidade e qualidade dos livros e periódicos em circulação. Primeiro, não se tem condições físicas e tempo para se ler tudo; segundo, nem tudo que há merece ser lido.
Gagliano (1979, p. 85) afirma que “toda leitura cultural tem sempre um destino, não caminha a esmo. Esse destino pode ser a busca, a assimilação, a retenção, a crítica, a comparação, a verificação e a integração de conhecimentos”.
NATUREZA DA LEITURA
Há três espécies de leitura: para entretenimento ou distração; outra, para aquisição de cultura geral, erudição; e a terceira, tendo em vista a ampliação de conhecimentos em determinado campo do saber. As duas primeiras não exigem, praticamente, um grande esforço intelectual, ao passo que a última requer atenção especial e concentração.
Espécies de Leitura
• De Entretenimento ou Distração – visando apenas ao divertimento, passatempo, lazer, sem maiores preocupações com o aspecto do saber. Talvez tenha um mérito: o de despertar, no leitor, o interesse e em conseqüência a formação do hábito da leitura. Neste item estão incluídos alguns tipos de periódicos e de obras literárias.
• De Cultura Geral ou Informativa – tendo como objetivo tomar conhecimento, de modo geral, do que ocorre no mundo, mas sem grande profundidade. Engloba trabalhos de divulgação, ou seja, livros, revistas e jornais. As notícias de jornaisatualizados, nacionais ou estrangeiros, são, muitas vezes, fontes de importantes informações, pois situam uma época.
• De Aproveitamento ou Formativa – cuja finalidade é aprender algo de novo ou aprofundar conhecimentos anteriores. Exige do leitor atenção e concentração. Essa espécie de leitura deve ser efetuada em livros e revistas especializadas.
Para Vega (1969, p. 26), a leitura implica quatro operações: reconhecimento, organização, elaboração e valoração. Significam:
• Reconhecer – entender o significado dos símbolos gráficos utilizados no texto.
• Organizar – entrosar o significado das palavras na frase, nos parágrafos, nos capítulos, etc.
• Elaborar – estabelecer significados adicionais em torno do significado imediato e original dos símbolos gráficos utilizados no texto.
• Valorar – cotejar os dados da leitura com os meios ideais, conceitos e sentimentos, a fim de aceitar ou refutar as afirmações ou supostas verdades.
A seqüência dessas operações não é fixa, varia de acordo com o leitor, suas condições ou preferências.
O QUE SE DEVE LER
É muito importante a escolha da leitura e, para isso, faz-se necessário que, no início, alguém oriente, indicando as obras mais adequadas ou mais importantes.
“Quem estuda um texto tem por objetivo aprender algo, rever detalhes ou buscar respostas para certas indagações” (GAGLIANO, 1979, p. 73). Como nem todos os textos atendem a determinado objetivo, surge a necessidade da seleção. Mas também não basta selecionar só o que interessa, tem-se de levar em consideração aquilo que é confiável.
Em se tratando de estudantes, iniciantes da vida intelectual, a seleção, a princípio, deve ser feita sob a orientação do professor. Depois, à medida que houver mais familiaridade com o mundo dos livros, a habilidade de seleção será mais fácil, natural.
Deve-se escolher o livro ou artigo pelo título, autor e edição e, de preferência, a melhor edição crítica existente ou as bem-conceituadas.
A leitura, tanto quanto possível, deve ser feita em obras originais, na língua do autor; na falta destas, escolher traduções que ofereçam garantia de fidelidade.
A elaboração de uma tese de mestrado ou tese de doutoramento e outras exige muita leitura e, se possível, de toda a bibliografia referente ao assunto.
Identificação
O primeiro passo na busca de material para leitura, comum a todos os leitores, consiste na identificação do texto que se tem pela frente. Deve-se ler:
• o título – pois ele estabelece o assunto e, às vezes, a intenção do autor;
• a data da publicação – para certificar-se de sua atualização ou aceitação (pelo número de edições), a não ser que seja uma obra considerada clássica;
• a ficha catalográfica – a fim de verificar as credenciais ou qualificações do autor;
• a “orelha” – onde, geralmente, se encontra uma apreciação da obra;
• o índice ou sumário – para se ter uma idéia da divisão e tópicos abordados;
• a introdução ou prefácio – procurando encontrar indícios da metodologia e objetivos do autor;
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