O Empreendedorismo No Ensino Da Engenharia
Monografias: O Empreendedorismo No Ensino Da Engenharia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: GABRIELzinkkk • 15/7/2014 • 2.403 Palavras (10 Páginas) • 362 Visualizações
O IMPACTO DO ENSINO DE EMPREENDEDORISMO NA GRADUAÇÃO DE
ENGENHARIA : RESULTADOS E PERSPECTIVAS.
Fernando Toledo Ferraz - ferraz@cybernet.com.br
Departamento de Engenharia de Produção
Myriam Eugênia R. Prata Barbejat - tgmmyri@vm.uff.br, barbejat@nitnet.com.br
Departamento de Engenharia Mecânica
Lara Carvalhal Gonçalves de Lima
Patrícia Gaza Celestino
Alunas do Curso de Graduação em Engenharia de Produção/UFF
Universidade Federal Fluminense
R. Passo da Pátria, 156, CTC/TEP, São Domingos, tel. (0xx21) 620-7070 r. 215 ou 213
24210-240 – Niterói - RJ
Resumo. A importância do ensino de empreendedorismo nas Universidades tem sido
reconhecida nos últimos anos. Grande parte dos alunos que ingressam nos cursos de
Engenharia atualmente já chega consciente de que o mundo do emprego está acabando e
que o profissional terá que desenvolver suas habilidades empreendedoras para conquistar o
seu mercado de trabalho. Apesar de parecer um tema atual, a atitude empreendedora está
mais próxima da natureza humana, do ideal de liberdade do homem ; e, portanto, é mais
antiga do que a idéia do trabalho assalariado. Aos poucos, os alunos vão entendendo que a
responsabilidade pelo sucesso profissional depende muito mais deles próprios e de como
eles conseguem fazer uma prospecção interna das habilidades necessárias para chegarem
aos seus sonhos.
O presente trabalho descreve o impacto causado nos cursos de graduação de
engenharia da UFF pelos programas de empreendedorismo adotados no último ano e suas
repercussões na vida dos alunos. A evolução da metodologia utilizada é discutida à luz dos
resultados parciais obtidos, enquanto novas propostas são analisadas em parceria com os
próprios alunos.
Palavras-chave: Empreendedorismo, Ensino, Metodologia, Avaliação
1. INTRODUÇÃO
O ambiente econômico em que vivemos atualmente impõe uma realidade diferente
daquele vivida nos idos do milagre econômico ou em outras ocasiões onde o emprego era uma
aspiração razoavelmente fácil de ser alcançada. Hoje encontramos uma situação onde o
avanço tecnológico é cada vez mais rápido e os projetos de desenvolvimento tecnológico se
concentram cada vez mais nas matrizes das empresas multinacionais sediadas nos países de
economia central. Tal contexto reflete nos níveis de emprego como um todo na economia e,
em particular, na área tecnológica.
O estudante de engenharia hoje, já não tem mais tanta certeza de que vai poder conseguir
um emprego após sua formatura. A taxa de recém formados que obtém emprego logo após a
formatura é cada vez menor como também é menor a proporção de ex-alunos de engenharia
que consegue seu primeiro emprego para trabalhar como engenheiros.
Esta percepção e a importância da presença de empreendedores em uma região para o
desenvolvimento econômico desta tem levado ao avanço das políticas e programas de
estímulo ao empreendedorismo que envolvem o ensino na graduação, na pós-graduação, o
desenvolvimento de incubadoras de empresas, de parques tecnológicos e de empresas juniores
nas Universidades. Podemos observar algumas das políticas de apoio às incubadoras e às
empresas incubadas no trabalho de FREITAS e RAINERI (1999).
O ensino de empreendedorismo na graduação, no entanto, ainda é incipiente para a
dimensão necessária a se alcançar, mesmo se considerar os enormes e animadores avanços
obtidos com projetos como o Projeto Genesis. É necessário, portanto, desenvolvermos
competências e acumularmos conhecimento e prática no ensino do empreendedorismo para
compartilharmos tais competências e evitarmos repetições de erros que podem atrasar este
processo. Algumas experiências já começam a apresentar resultados tanto práticos como
teóricos, no sentido do avanço de uma teoria que contribua para tornar mais eficiente e eficaz
este ensino, como é o caso do CEFET do Paraná apresentado por MACHADO (1999).
À medida em que o empreendedorismo ou o espírito empreendedor tem sido tratado
como uma característica passível de ser ensinada e aprendida (DOLABELLA, 1999), as
instituições de ensino, principalmente as de ensino superior, têm uma grande tarefa a cumprir
que é contribuir com este movimento para que os benefícios surjam para toda a sociedade.
Entendendo a urgência desta contribuição, um grupo de professores do Departamento
de Engenharia de Produção e de Engenharia Mecânica da Universidade Federal Fluminense
(UFF) iniciaram a tarefa de sensibilização dos alunos e também de outros colegas
professores, oferecendo a disciplina optativa ou eletiva denominada Empreendedorismo.
O presente estudo faz uma avaliação
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