O Espaço Educativo Na Educação Infantil

2 O ESPAÇO EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil tem um papel fundamental na Educação básica das crianças. Nesta etapa, o lúdico e o imaginário têm um papel importante. Segundo Marilda Pereira Rezende(1999) é brincando que a criança aprende a brincar, um ato que enquanto manifestação da cultura construída socialmente pela criança resgata o brincar como conteúdo da Educação Infantil rompendo com o caráter conteudista desta área de estudo.

Ao perguntar a três professoras de Educação Infantil sobre como a criança aprende, todas salientaram a importância do brincar, onde as crianças poderão interagir entre si e com o educador, criando condições apropriadas para a construção do conhecimento. Tal afirmação está de acordo com as conclusões de Piaget. Para ele, é através das interações que se dá o desenvolvimento da inteligência.

Eis, então, o objetivo da Educação Infantil: propiciar que o aluno se desenvolva de maneira integral. A própria LDB na Seção II, do capítulo II (Da Educação Básica), ressalta a importância do desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Segundo as professoras acima citadas, a Educação Infantil cumpre este papel socializando as crianças e desenvolvendo as habilidades necessárias para a continuidade de sua aprendizagem. Isso sem nunca esquecer a importância do afeto e da ludicidade.

E é ao professor que cabe o papel de interagir com a criança, de estimular sua curiosidade, desenvolvendo atividades que possibilitem o seu crescimento e autonomia. Deve orientar e dinamizar o currículo com o objetivo que esta se desenvolva integralmente. De fato, O educador é um profissional que acredita na educação, pois seu papel é o de sujeito que organiza as propostas de ensino-aprendizagem para efetivar a mediação entre a criança e o conhecimento.

Mas, como trabalhar conhecimentos como linguagem oral e escrita, alfabetização e ludicidade na Educação Infantil?

É interessante que as três professoras entrevistadas para este trabalho citaram o valor da “rodinha” para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita das crianças. Argumentam que é neste momento que os alunos se expressam, cantam, contam novidades, recontam histórias infantis, etc. Também, foi citada a importância da expressão através de desenhos, bem como contar histórias e o uso da música. Assim, concordam com Aroeira, Soares e Mendes (1996) que escrevem que a expressão do aluno pode se dar de diferentes formas: desenho, pinturas, dança, entre outros. Também, Abramovich (2006) salienta que ler histórias para as crianças deve ser um ato permanente.

Também, as educadoras pesquisadas comentaram que apresentam o alfabeto aos alunos, trabalhando os seus nomes, as letras que os compõem e a sonorização destas. Concomitantemente, fazem uso de jogos pedagógicos.

Criar este ambiente alfabetizador é, de fato, importante. A coordenadora pedagógica da Fundação Victor Civita, Regina Scarpa, comentou em entrevista à Nova Escola que, se o acesso à cultura escrita é democratizado, contribuirá para minimizar diferenças socioculturais, já que, crianças que não convivem em um ambiente de escritores e leitores, terão acesso tardio à este tipo de linguagem.

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