O Espetáculo Glorioso de Tarantino
Por: luizguits • 13/7/2022 • Resenha • 790 Palavras (4 Páginas) • 104 Visualizações
O espetáculo glorioso de Tarantino
O sucesso do diretor e roteirista Quentin Tarantino, “Bastardos Inglórios” (2009)
é uma história de Ação divertida que se passa Durante a Segunda Guerra
Mundial, na França. Lá, um grupo de judeus americanos conhecidos como
Bastardos, são temidos e respeitados por exterminarem nazistas em todo o país.
Paralelamente, Shosanna, uma judia que fugiu de um massacre à sua família,
planeja vingança ao comando nazista, a ser feita no evento de seu cinema que
reunirá os líderes insanos do partido. As histórias dos protagonistas se cruzam
de formas inimagináveis ao tentarem alcançar o mesmo objetivo de atentado ao
Terceiro Reich. A obra possui 2h e meia de duração, com classificação indicativa
para maiores de 18 anos, e conta com um elenco de peso como Brad Pitt,
Christoph Waltz e a talentosíssima Mélanie Laurent. O filme ainda conta com
uma memorável, porém pequena, participação de Michael Fassbender. O filme
é dividido em cinco grandes capítulos que se desenvolvem de forma orgânica,
mas separadamente, dentro da história. O primeiro se chama “Capítulo 1: Era
uma França ocupada por nazistas” que serve para apresentar o antagonista
coronel Hans Landa (interpretado por Chistoph Waltz) que está esplêndido em
seu papel e talvez seja uma das melhores atuações na carreira do ator, segundo
o crítico Erico Bordo em sua publicação opinativa no site Omelete em 2009.
Ainda na visão de Erico, o filme é “Inteligente, e ainda que mantida
rigorosamente simples, a trama investe nos atores - e a direção de elenco é a
melhor da carreira já celebrada por essa característica de Tarantino” (6º
parágrafo da crítica). É notável que os atores possuem o foco principal para fazer
o filme desenrolar, caso contrário não prenderia tanta atenção, ou ate mesmo
não passaria suspense em cenas de tensão da obra, que é bem utilizado neste
primeiro capítulo, para dar um ar mais intrigante e prepara o espectador para o
que estar por vir adiante. Esta primeira parte do filme, quase inteira, se consiste
em um diálogo calculista e extremamente tenso entre o pavoroso coronel Hans
Landa e um camponês que está sendo suspeito de abrigar e esconder uma
família de judeus (cujo a protagonista Shozanna pertence) na região onde o
pobre homem vive. Neste tempo a direção encontra os momentos certos de usar
as técnica de filmagem, fotografia e trilha sonora, que dão um show de encher
os olhos de quem está assistindo. Do segundo capítulo em diante, a trama
percorre por diversos locais da França, agora com um foco maior na gangue
sanguinária, porém compreensível, dos Bastardos, liderada pelo tenente Aldo
(Brad Pitt), que na opinião de Erico Bordo, é o mais caricato e menos talentoso
da obra. O tempo de tela é dividido também com o desenvolvimento da história
de Shozanna (interpretação carismática de Mélanie Laurent), que fugiu para a
cidade, no momento em que o coronel Hans Landa assassinava toda sua família
judia. A atriz aqui, por sua vez, se entrega de forma brilhante ao papel, que
diverge entre sua delicadeza e coragem ao decorrer da trama. Segundo Bordo,
no último parágrafo de sua crítica, esse filme levantou discussões pertinentes
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