O Experimento de Franck-Hertz
Por: RHN2020 • 22/8/2020 • Trabalho acadêmico • 2.133 Palavras (9 Páginas) • 426 Visualizações
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Experimento de Franck-Hertz
Aluno: Raphael Haruo Nakano
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Londrina-Paraná
2015
1 - Titulo
Experimento de Franck-Hertz.
2 - Objetivos
O experimento tem como objetivo de observar a quantificação dos níveis de energia para o átomo de mercúrio.
3 - Introdução
A teoria de Bohr para o átomo de Hidrogênio conseguiu de forma convincente os espectros de raias, e mais particularmente as series espectrais do Hidrogênio. Um conceito fundamental introduzido por ele, é que as transferências de energia seja na geração de um fóton ou na absorção de radiação se dá de maneira quantizada, sendo essa energia dada por
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Por volta de 1914, James Franck e Gustav Hertz realizaram um experimento que comprovou a teoria de Bohr, mostrando que as transferências de energia por colisão se dão de forma quantizada.
A figura 1, mostra um exemplo da válvula de Franck-Hertz, dentro dessa válvula, está contido gás de Hg, a escolha de um gás monoatômico se deu devido ao fato do experimento tentar quantificar os níveis de energia do átomo. Nesse experimento, o catodo é aquecido e ao submete-lo a uma tensão forma-se uma nuvem eletrônica ao seu redor, se a grade for colocada em um potencial positivo, os elétrons serão acelerados em sua direção. Alguns desses elétrons passarão e serão recolhidos pelo anodo.
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Figura 1 – válvula de Franck-Hertz.
Se o anodo for colocado em um potencial negativo, apenas os elétrons que tiverem energia maior que a placa atingirão a mesma.
Os átomos do gás de Hg (monoatômico) se chocam com os elétrons acelerados a partir do catodo, esses choques em geral são elásticos de maneira que não ocorram transferências de energia, há no entanto para determinados valores da energia choques inelásticos, mas esse é para casos específicos, tendo assim transferência de energia. Quanticamente falando, essa transferência de energia corresponde a transição entre níveis de energia do Hg. Ao perder energia para os átomos de Hg, os elétrons não terão energia para vencer o potencial de retardo, dessa forma a corrente recolhida pelo anodo diminui. No entanto, devido ao potencial de excitação, a energia dos elétrons aumenta novamente e a partir de um determinado valor supera o potencial de retardo, e consequentemente a corrente no anodo volta a crescer
3.1 - Emissão termiônica
Ao aquecer um material metálico a uma alta temperatura, os elétrons ficam com energias suficientes para saírem de sua banda de condução e serem ejetados.ao aplicar um potencial no exterior, uma o número de elétrons ejetados aumenta até o ponto em que ocorre uma saturação.
3.2 - Livre caminho médio
O livre caminho médio, é uma grandeza que traduz a probabilidade de interação em um gás e representa a média dos percursos das partículas até interagir com um átomo do gás. O livre caminho médio é dado pela equação
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é o raio do átomo de mercúrio e o número de átomos por unidade de volume.[pic 7][pic 8]
Geralmente em um gás com o aumento da temperatura, aumenta o livre caminho médio e consequentemente, o número de colisões diminui isso faz com que a chance de um elétron chegar até o anodo aumenta, para o mercúrio ocorre o inverso, quanto maior o valor da temperatura menor é o livre caminho médio. Podemos associar a equação para o livre caminho médio com a pressão e temperatura, ou seja
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3.3 - Colisão elástica e inelástica
Suponha uma colisão simples e frontal de dois corpos de massas diferentes, e considere esse sistema fechado, ou seja, não há percas nem entradas de massa entre colisões e sendo as energias cinética final e inicial iguais, esse tipo de colisão é chamada de colisão elástica. Colisão inelástica ocorre quando a energia cinética total do sistema após a colisão não é conservada.
O momento linear do sistema é conservado tanto em colisão elástica ou inelástica.
Se dois corpos com massas e , movendo em linha reta com velocidade e , se após a colisão os dois corpos permanecerem com as mesmas características, ou seja, permanecerem com mesma direção, então as energias cinéticas e momentos inicial e final podem ser descritos por[pic 10][pic 11][pic 12][pic 13]
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pelo teorema da conservação da energia temos que
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analogamente para o momento temos
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relacionando as energias com os momentos, e resolvendo para e , obtemos as seguintes relações[pic 20][pic 21]
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para essas relações consideraremos o índice 1 para o elétron e o índice 2 para o átomos de mercúrio. Dessa forma podemos escrever
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onde é a velocidade final do elétron, é a velocidade inicial do elétron, é a massa do elétron e é a massa do átomo de mercúrio.[pic 25][pic 26][pic 27][pic 28]
Como a massa do elétron é muito menor que a massa do Hg, então após se colidirem (colisão elástica), o elétron faz um curto caminho retrogrado, depois é novamente acelerado devido o potencial criado dentro do tubo. Com a colisão, os elétrons pode perder energia cinética, podemos então verificar há alguma perca
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expandindo o termo pelo binômio de Newton temos[pic 34]
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portanto temos
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Dessa forma, como é muito menor que , podemos considerar que não há percas de energia entre as colisões.[pic 37][pic 38]
Para colisões inelásticas o momento é conservado, dessa maneira pode-se verificar que a velocidade entre os elétrons e os átomos de Hg são muito próximas, ou seja,
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onde é a velocidade inicial dos átomos de Hg.[pic 44]
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