Experimento De Nivel De Saciaçao

1. MÉTODO

Para a realização do experimento de nível de saciação foi utilizado o delineamento experimental do sujeito único, tais delineamento possuem como característica principal o trato individual dos sujeitos, destaca-se o fato de que um comportamento é um fenômeno característico de organismos individuais, que de maneira única interagem com o mundo. Neles os sujeitos são expostos a inúmeras condições em que se mensura, repetidamente, o desempenho do organismo e verifica se há uma ordenada relação entre as condições manipuladas no experimento e as alterações de medidas. Um mesmo sujeito é submetido a todas as condições do experimento e as observações são realizadas de forma continua no decorrer de todo processo. (SAMPAIO ET.AL; 2005)

Os comportamentos devem ser observados antes e depois de determinado estímulo, os quais podem ser internos ou externos. Para um analista do comportamento, a ação de um indivíduo decorre da relação de uma série de fatores em que esta pessoa foi exposta, e as histórias passadas relacionadas com o presente. (MATOS; TOMANARI,2002)

1.1 Sujeito

O experimento de nível de saciação, foi realizado com um rato albino, da espécie Rattus Novergicus, da linhagem Wistar, macho, com aproximadamente 74 dias de vida, peso de 186 gramas, proveniente do biotério da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, no Coração Eucarístico. O sujeito experimental ocupa a gaiola número nove no laboratório de Análise Experimental do Comportamento da Pontifícia Universidade Católica, em Arcos.

No dia do experimento, o sujeito experimental nove (Ss9) estava privado de água por 24 horas, sem privação de alimento e já havia sido submetido anteriormente aos experimentos de determinação do nível operante, treino ao bebedouro, modelagem da resposta de pressão à barra e reforçamento contínuo.

1.2 Equipamento

Para o experimento de nível de saciação, foi utilizado o seguinte equipamento: uma caixa de condicionamento operante do modelo ELT – 02, composta por duas unidades operacionais separadas – gaiola e controle, de acordo com a descrição de Gomide e Weber (2003, p. 31-32):

A estrutura da gaiola é de alumínio anodizado cinza fosco, medindo 24cm de altura, 26cm de comprimento e 21cm de largura. O piso possui grades paralelas, em aço inoxidável, fixadas nas extremidades com rebites em acrílico, com uma distância de 1,5cm entre as grades. Na parede lateral direita existe um bebedouro na altura do piso, com aproximadamente 0,7cm de diâmetro; cerca de 8cm acima do bebedouro localiza-se uma barra que possui 8cm de comprimento e 0,5cm de diâmetro e que, ao ser pressionada, aciona um microinterruptor que leva o pescador (dispositivo de condução de gota de água) até a cuba de água e o traz com uma gota. Acima da barra existem orifícios para saída de estimulação sonora e, ao lado destes, existe um vidro transparente, permitindo a passagem de estimulação luminosa para dentro da gaiola. Na parte central do teto, há um orifício para fixação de hastes (argola e trapézio), e o fechamento da gaiola é feito pelo lado anterior, com vidro fumê.

A unidade de controle consta de um módulo em alumínio anodizado e laterais em cerejeira, medindo 30cm de comprimento, 14cm de altura e 21,5cm de largura na base. Existem os seguintes circuitos e controles no painel frontal: 1) chave de alimentação energética geral (liga/desliga), com indicador luminoso de cor vermelha; 2) chave comutadora para acionamento do bebedouro (automático/manual), para esquemas de resposta e reforços; 3) controle de estímulo luminoso em quatro intensidades e controle de estímulo aversivo (choques elétricos em quatro intensidades), com teclas seletivas de pressão e interruptores em separado; 4) controle de estímulo sonoro de frequência fixa de 1.000Hz; 5) cronômetro digital, fornecendo horas e minutos ou minutos e segundos; 6) controlador cumulativo de respostas (acionamentos da barra) com botão zerador; e 7) contador cumulativo de liberação de reforços (acionamentos do “pescador”) com botão zerador.

O painel traseiro da unidade de controle tem um porta-fusível (1A), uma entrada de cabo de força (110V), e uma tomada de onze pinos para conexão do cabo da gaiola

1.3 Procedimentos

No dia 10 de Abril de 2013, aproximadamente às 19 horas e 30 minutos, o grupo experimental nove se reuniu no laboratório de Análise Experimental do Comportamento para a realização do experimento de nível de saciação. O experimento de nível de saciação, segundo Gomide e Weber (2003), consiste na verificação do número médio de reforços necessários para saciar o sujeito experimental.

Antes de iniciar o experimento, a caixa de condicionamento operante foi acionada e verificou-se seu perfeito funcionamento. A cuba foi abastecida com água filtrada e colocada na caixa de condicionamento operante. Após estes procedimentos, o grupo experimental realizou a higienização das mãos com álcool etílico, hidratado a 70%, calçou luvas de látex e retirou o sujeito experimental (Ss9) da gaiola viveiro para ser pesado.

O experimento foi iniciado com a chave de controle da caixa de condicionamento operante na posição automática, de forma que o Ss9 recebesse reforços em reforçamento contínuo (CRF). O experimento terminaria após o Ss9 permanecer 10 minutos sem emitir nenhuma resposta de pressão à barra (RPB).

Durante o experimento, foram anotadas as respostas de pressão à barra e de contato com a barra. As respostas de contato com a barra são aquelas em que o Ss9 toca na barra sem força o suficiente para ocorrer o acionamento do bebedouro e o ruído característico, e também foram anotadas as respostas emocionais do sujeito