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O Futuro Dos Produtos Coloniais: A Influência Da Idade Na Preferência Do Consumidor

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Por:   •  21/4/2014  •  427 Palavras (2 Páginas)  •  323 Visualizações

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Resumo

As transformações do estilo de vida podem ter reflexo no comportamento alimentar de uma determinada sociedade. Na atualidade se observam dois comportamentos macros, referentes aos hábitos alimentares: de um lado, a praticidade requerida pelo cotidiano, induzindo ao fastfood e, de outro lado, a busca por alimentos saudáveis, produzidos ecologicamente, parece se constituir em outra tendência. Estudos recorrentes indicam que é neste último contexto que os produtos coloniais (advindos das pequenas agroindústrias rurais e feitos de forma artesanal), encontram espaço de comercialização. Tendo como pano de fundo a Teoria Institucionalista, a Teoria das Convenções e a Teoria do Consumidor, o objetivo do presente estudo é identificar se os produtos coloniais tem um apelo diferenciado para o consumidor e se as percepções acerca desta diferenciação variam de acordo com a idade do entrevistado. Por meio de uma

survey, coletou-se a percepção de 400 entrevistados na Região do Meio Oeste Catarinense, que foram operacionalizados por meio de técnicas estatísticas descritivas e inferenciais. Os resultados mostram que os consumidores possuem especial interesse pelos produtos coloniais, e atribuem a esses produtos valores não encontrados nos produtos industrializados, entretanto esta percepção de diferenciação decresce quanto mais jovem é o entrevistado.

Palavras Chave: Agroindústria Rural; Instituições; Desenvolvimento; Diferenciação.

1 INTRODUÇÃO

A sobrevivência da pequena propriedade no contexto de crescente competitividade do agronegócio brasileiro é tema recorrente nos estudos sobre desenvolvimento rural. A produção de commodities tradicionais, como o advento de novas técnicas e tecnologias passou a requerer escala de produção, às vezes inviáveis para pequenas propriedades. Preocupados com a sobrevivência dos pequenos produtores, as agroindústrias rurais (AR) foram elevadas, nas ultimas décadas, ao nível estratégico das políticas públicas para promoção do desenvolvimento rural (BRDE, 2004). O entendimento genérico é que elas, ao propiciarem aumento de renda, melhoram a qualidade de vida dos pequenos e médios produtores, fixam o homem ao meio e permitem a reprodução do sistema Agricultura Familiar (BRDE, 2004; BNDES 2005; KALNIN, 2004; GUIMARÃES e SILVEIRA, 2012). Esse atributo “colonial” é defendido por inúmeros estudiosos do desenvolvimento rural como o diferencial competitivo das ARs de menor porte (RENARD, 2003; WILKINSON, 2008; DORIGON, 2008; SANTOS JUNIOR e WAQUIL, 2012). Segundo esses autores, entre outros, a preferência dos consumidores deste tipo de produto (colonial) está fortemente arraigada a relações socioculturais (a lembrança da infância, produtos saudáveis, ecologicamente corretos, entre outros apelos) e os públicos alvos dessas ARs

atribuem especial interesse aos produtos por elas fabricados, formando um mercado nos quais as relações pessoais estão presentes de forma intensa, e onde esses valores subjetivos dos clientes conferem um valor ao produto da AR não percebidos nos produtos das agroindústria convencional.

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