O Globo Terrestre

Introdução

No Globo terrestre, praticamente não existe um ecossistema que não tenha sofrido influência direta e/ou indireta do homem, como por exemplo, contaminação de lençol freático, contaminação dos ambientes aquáticos, desmatamentos, diminuição da biodiversidade de habitats, e introdução de espécies exóticas (GOULART; CALLISTO, 2003). Os processos de degradação ambiental recorrentes do crescimento das cidades, de certa maneira, mostram a apropriação da natureza pela sociedade.

Observa-se no igarapé Urumari um total descaso com a preservação ambiental. A chegada da população nesta região provocou impactos ambientais como: erosão, aumento do escoamento superficial, poluição e contaminação parcial ou completa da água. Neste processo, houve aterramento com desvio do curso das águas e lançamento de diversos tipos de sedimentos, provocando o assoreamento e aumento do risco de cheias.

Cursos d´água nas grandes cidades brasileiras são transformados em esgotos a céu aberto, pois, além de transportar as águas pluviais, transportam esgoto sem tratamento, com alta quantidade de contaminantes (PORTO, 1995). No Urumari não se mostra diferente, este que tem sua nascente na Serra do Saubal, por toda a sua extensão nota-se a presença de lixo em suas margens, e recorrentemente em seu bojo, causando a contaminação e bloqueando o fluir das águas. Galvão (2018) impõe que isso ocorre pelos crimes ecológicos cometidos por empresários, madeireiros, proprietários de serrarias, criadores de gado, além da presença crescente de famílias que constroem palafitas ás margens do igarapé.

Com o objetivo de mudar esta situação e sensibilizar a população de forma a compreender que o Urumari deve ser mantido sob preservação, a Associação de Moradores dos bairros adjacentes ao igarapé, em parceria com a Federação das Associações de Moradores e Organizações Comunitárias de Santarém (FAMCOS) e a Paróquia Cristo Libertadora, da localidade, fundaram o Comitê em defesa do Urumari.

Este relatório apresenta uma análise dos impactos ambientais ocasionados pela urbanização nas margens do igarapé Urumari, com base nos elementos perceptíveis ao longo dos sete bairros periféricos banhados por este curso de água.

Objetivos

• Visualizar os impactos ambientais que causam o processo de desgaste do igarapé Urumari.

• Entender os fatores que contribuem para esses impactos em igarapés urbanos.

• Chegar a um entendimento sobre a importância de preservar estes ambientes aquáticos.

Metodologia

A aula de campo foi realizada no dia 10 de agosto de 2018, na cidade de Santarém, que localiza-se na Mesorregião do Baixo Amazonas, nas coordenadas 02° 26’ 34” S 54° 42’ 28” O, na margem direita do Rio Tapajós. É a terceira maior cidade do estado do Pará e o principal centro socioeconômico do oeste do estado. O percurso foi ao longo do igarapé do bairro Urumari, buscando mostrar poluição, retirada de mata ciliar e construções muito próximas que acabaram por ocasionar a diminuição do nível do igarapé e consequentemente a morte dos animais que ali habitavam. A aula foi conduzida pelo professor Diego Ramos Pimentel, da disciplina Estudos Integrativos da Amazônia.

Resultados e discussão

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