O INVESTIMENTO QUE DINAMIZA O CRESCIMENTO ECONÔMICO
Pesquisas Acadêmicas: O INVESTIMENTO QUE DINAMIZA O CRESCIMENTO ECONÔMICO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: fabioandrade9068 • 25/5/2014 • 2.056 Palavras (9 Páginas) • 295 Visualizações
Universidade Salvador - UNIFACS
Curso de Pós–graduação MBA em Administração
Cenários Empresariais em Ambientes Contemporâneos
O INVESTIMENTO QUE
DINAMIZA O CRESCIMENTO ECONÔMICO
Raquel Soraia Bianchini Kanbach
Fábio Augusto de Assis Andrade
Juliana Macedo de Souza
Cristiane Agra Pimentel
Soeli Mumbach
Ederval Marques Miranda
César Cintra Mesquita
Artigo científico baseado nos artigos “Macroeconomia Prá-tica” de Márcio G. P. Garcia (Gazeta Mercantil, 16/04/1997) e “Macroeconomia Dinâmica” de Fernando Nogueira da Costa (Gazeta Mercantil, 09/05/1997), apre-sentado como avaliação parcial da disciplina Cenários Em-presariais em Ambientes Contemporâneos do curso de Pós-graduação de MBA em Administração da Universidade Salvador – UNIFACS.
Salvador
Junho/2004
O INVESTIMENTO QUE DINAMIZA O CRESCIMENTO ECONÔMICO
RESUMO
A fim de garantir a retomada do processo de crescimento, precisamos ter em mente que, do ponto de vista macroeconômico, apenas o aumento do nível de poupança interna vai possibilitar que os setores produtivos da economia consigam elevar seu poder de investi-mento e aumentar sua capacidade, condição básica para que se iniciem as mudanças no campo social e de distribuição de renda, que há muito se mostram urgentes no país.
Palavras-chave: macroeconomia, poupança interna, crescimento econômico, investimento
Introdução
A redução da pobreza é o maio desafio do atual governo brasileiro. O crescimento econômico através de um amplo esforço para aumento de investimentos é conside-rado um dos principais alavancadores para alcançar essa redução, uma vez que a ausência de crescimento elevará os níveis de pobreza e desemprego.
Se por um lado a comunidade envolvida com as grandes questões econômicas nacio-nais reconhece que a retomada do crescimento econômico só acontecerá com a re-cuperação da sua taxa de investimentos, ainda não está consensada qual a melhor forma de obtenção desses investimentos. Essa divergência de opiniões está retratada nos textos Macroeconomia Prática, de Márcio Garcia, e Macroeconomia Dinâmica, de Fernando Nogueira da Costa.
Visão Geral de ‘Macroeconomia Prática’ de Márcio Garcia
Em Macroeconomia Prática, Garcia baseia-se em uma entrevista realizada pela Gaze-ta Mercantil com um banqueiro bem-sucedido para demonstrar como algumas con-clusões podem ser comprometidas ao se utilizarem palavras que têm um significado completamente diferente quando analisadas pela lógica macroeconômica ou quando analisadas dentro do contexto empresarial.
Uma das palavras críticas é poupança. Enquanto o banqueiro afirma que esse não é um problema no Brasil porque existe uma enorme massa de recursos nas mãos dos fundos de pensão e das seguradoras, Garcia explica que, segundo a definição de poupança adotada pelos economistas – parcela da renda nacional não consumida no período –, que este é sim um problema sério para o país.
Outra questão que gera confusão é o déficit fiscal, que o banqueiro afirma que será aliviado pela a receita gerada pela privatização, mas que Garcia novamente contesta ao mostrar que o déficit crítico no Brasil é o das contas externas: o excedente que o país precisa trazer do exterior quando seu consumo é maior que a produção interna.
Garcia também afirma que o conceito de investimento em macroeconomia nada tem a ver com investimento financeiro, mas é o aumento da capacidade produtiva do país, como a construção de novas fábricas, por exemplo.
Garcia explica que o dinheiro dos fundos de pensão representa riqueza financeira. Por estar aplicado em algum investimento financeiro, como títulos públicos, por exemplo, retirar seus recursos da aplicação e destiná-lo para a construção de uma fábrica, obrigará o governo a diminuir seu consumo para conseguir liberar os recur-sos que detinha. Como redução de consumo gera poupança, notamos ao final do ciclo que a nova fábrica construída foi financiada pela poupança interna.
Garcia finaliza sua análise ao reafirmar sua opinião que “a baixa taxa de poupança interna é o principal problema da economia brasileira” para alcançar o crescimento.
Estudo de ‘Macroeconomia Dinâmica’ de Fernando Nogueira da Costa
Já no texto Macroeconomia Dinâmica, Fernando Nogueira da Costa lembra que o conceito de poupança não está consensado entre os economistas, já que alguns con-sideram que a teoria dos fundos de empréstimos causa confusão e pode ser substi-tuído pelo circuito finance-investimento-renda-aplicações-funding. Antes, porém, de analisarmos a opinião de Costa, é necessário compreender como funciona esse cir-cuito.
O ponto de partida do conceito baseia-se na abordagem keynesiana sobre investi-mento: a condição que o comprador tenha consigo os meios de pagamento para aquisição de qualquer bem. A obtenção desses meios é o que Keynes chamou de financiamento (finance).
Nesse contexto podemos utilizar a afirmação de Carvalho que existe consenso entre os economistas de que o financiamento da retomada dos investimentos e o conse-qüente crescimento ocorrerão sobre bases diferentes daquelas que sustentaram o crescimento no período pós-guerra: o capital público, o capital estrangeiro e o capital privado doméstico. Carvalho afirma que do primeiro pouco se espera, que o segundo é visto com reservas, devido aos compromissos que acarreta, e que, portanto, só resta o terceiro, tradicionalmente o mais fraco.
Para utilizar o capital privado doméstico como alicerce da retomada dos investimen-tos é necessário encontrar um mecanismo que permita que o financiamento do in-vestimento seja desvinculado de uma poupança prévia e criar fontes de recursos financeiros que ofereçam aos investidores a rentabilidade esperada.
Ao planejar um investimento, um empresário necessita ter recursos tanto para reali-zar algumas ações gerenciais de pré-investimento como para iniciar o próprio
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