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O Início dos veículos autônomos não é tão recente, se deu no Japão em 1977

Por:   •  14/6/2017  •  Tese  •  3.903 Palavras (16 Páginas)  •  249 Visualizações

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Universidade Federal do ABC – Bacharelado em Ciência & Tecnologia

Veículos Autônomos: Um Passo à Vida Algorítmica

Allan de Moraes Navarro

11099815

Lucas Couto Maransaldi

11043715

Murilo Salerno Terciotte

Rodrigo Cabrera Castaldoni

21005515

Professor

Sergio Amadeu da Silveira

Santo André ,26 de Abril de 2017

Resumo

Este trabalho tem como objetivo discutir sobre as influências que tecnologias ascendentes tem na vida de indivíduos e suas implicações na sociedade, em específico trataremos sobre veículos autônomos. Para melhor entendimento do tema, serão apresentados conceitos relevantes, tais como benefícios visados pelo desenvolvimento desta tecnologia, tomada de decisões e venda de dados. Questionamentos sobre critérios para tomada de decisões relacionados a algoritmos preconceituosos são associados ao fato pungente de códigos serem fechados, impedindo o perfeito conhecimento do que faz o algoritmo, discussão de grande valor no mundo contemporâneo, onde a venda de dados ocorre sem que haja muitas vezes o conhecimento suficiente de seus riscos e implicações.

Sumário

1.Introdução                                                                                         4

2. Benefícios desta Tecnologia                                                                 5

3. Complicações                                                                                 6

        3.1 Quem dominará o algoritmo?                                                          7

                3.1.1. Critérios de tomada de decisões e influências preconceituosas         8

                3.1.2. Obtenção massiva de dados pessoais                                         10

                3.1.3. Perda de empregos                                                         11

4.Conclusão                                                                                         12

5.Referências Bibliográficas                                                                         13

1.Introdução

O início dos veículos autônomos não é tão recente, se deu no Japão em 1977, quando foi construído um carro que alcançava 30 km/h pela Tsukuba Mechanical Engineering Lab.

Um veículo autônomo possui controle sobre suas partes mecânicas, tais como frenagem, aceleração, câmbio e direção, desta forma controlando todo o próprio sistema. Este controle pode ser regulado com parâmetros retirados do próprio veículo ou então recebidos de forma externa a partir de um servidor. Para coleta de dados dos veículos cada vez mais se vê necessário o uso de sensores (radares, câmeras, infravermelho, GPS) e para que isso seja possível é indispensável um grande conhecimento de algoritmos e softwares. 

Como prova de que o processo de fabricação de veículos mais inteligentes é uma busca real, tomamos como exemplo veículos que foram apresentados na feira de tecnologia Consumer Eletronics Show (CES), em 2014, aos quais um smartphone serve de chave. Estes veículos já podem estacionar sozinhos e com um aplicativo para sistemas Android e IOS é possível "chamar" o carro estacionado.

O conceito adotado de tráfego autônomo consiste em um prolongamento da ideia do veículo autônomo, porém, ao adicionar-se uma comunicação entre outros veículos, esta rede de conexões interveiculares troca informações com os servidores responsáveis pela parte computacional bruta, que processam e repassam para a rede veicular parâmetros que homogeneízam e organizam o fluxo do tráfego de veículos.

2. Benefícios desta Tecnologia

O funcionamento desta tecnologia possibilita o gerenciamento de tráfego, tornando-o fluido e homogêneo, assim otimizando as vias. Uma vez que o algoritmo conheça as posições dos veículos e controle suas velocidades, já há controle o suficiente sobre as variáveis para calcular as possíveis rotas e rearranjar o fluxo de veículos.

O controle destas mesmas variáveis retira o fator humano no que se trata da condução do veículo, logo, evitará a falha por parte do condutor. Perigos como utilizar smartphones ao conduzir, ou ainda direção embriagada, serão fatos do passado, que não mais colocarão vidas em risco, nem a do usuário nem as de quem o cerca. Além disso, não seriam necessárias leis de trânsito como a lei seca e fiscalização por parte de governo, gerando menos gastos. Também seriam desnecessários semáforos, sinalizações de trânsito ou qualquer outra forma de orientação para o “condutor”, uma vez que este não precisa mais conduzir.

O terceiro fator principal de um veículo autônomo é o conforto causado pela disponibilidade de tempo para os usuários. Estes já não mais precisarão enfrentar o estresse gerado por uma “fechada”, a ansiedade de um semáforo vermelho ou qualquer outra atividade relacionada à condução, podendo utilizar este tempo para fazer o que desejar dentro do veículo, inclusive o repouso, possibilitando aumento em sua produtividade, aproveitando um momento, atualmente, majoritariamente contraproducente.

3. Complicações

Observando diversos surgimentos de tecnologias que hoje nos circundam e tornam a vida tão mais fácil, é interessante pensar nas influências para a criação destas. Seriam as influências oriundas das necessidades da sociedade? Ou, ainda, essa busca pela substituição de nossa realização de tarefas por mecanismos que realizem tais trabalho incessantes? Seria isso um reflexo de nossa busca constante por comodidade ou a busca por comodidade é um fruto do treinamento que meios tecnológicos inovadores em ascensão com suas influências nos propõem? As necessidades são intrínsecas à sociedade e desenvolvemos tecnologias para melhorar nossa situação, todavia ao introduzirmos uma nova tecnologia de antemão presume-se que esta criará naturalmente novas necessidades. Será realmente de forma natural que novas necessidades surgem ou de forma artificial por marketing e incentivo para criação de capital de empresas que estas novas necessidades são naturalmente e premeditadamente incluídas no surgimento da tecnologia, visando a garantia de um nicho no mercado? De uma forma ou de outra, já é razoável pensar que o veículo autônomo se encaixará neste cenário, mesmo antes de ter sido criado e implementado em nossas vidas. 

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