O Líder Coach
Por: jujusampaio_ • 2/11/2017 • Resenha • 890 Palavras (4 Páginas) • 390 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM LIDERANÇA E COACHING
Fichamento de Estudo de Caso
Juliana Sampaio de Souza
Trabalho da disciplina O Líder Coach,
Tutor: Prof. Norma Horst Kirsten
Niterói RJ
2017
Estudo de Caso de Harvard: Foxconn Technology Group
Referência: Eccles, Robert G.; Serafeim, George; Cheng, Beiting.
No caso descrito, os autores apresentam a definição do grupo Foxconn Technology, reconhecida como a maior empresa prestadora de serviços de fabricação de eletrônicos, sigla em inglês EMS (Eletronics Manufactoring Services). O grupo Foxconn Technology prestava serviços de projeto conjunto, desenvolvimento conjunto, fabricação, montagem e pós-vendas a parceiros como Apple, Motorola, Nintendo, HP, Nokia, PlayStation 2, Dell e Sony.
A grande vantagem competitiva do grupo era caracterizada pelos baixos preços que seus produtos eram vendidos, o que tornara a relação das fábricas com os gigantes da tecnologia cada vez mais sólida. A Foxconn seguiu como líder do mercado de Flextronics de Singapura por vários anos, até que em 2009 o resultado das vendas surpreendeu: cresceu apenas 0,5% contra 14,5% do ano anterior. Os baixos preços oferecidos pela empresa era uma marca registrada do seu negócio. Entretanto, o que seus compradores não sabiam ou preferiam não saber, é que essa manobra só era possível devido ao baixo custo da mão de obra na China.
Rotinas exaustivas, baixos salários, assédio moral, e péssimas condições de alimentação e moradia são algumas das características básicas em complexos industriais enormes que se espalham pela China. Apesar de parecer condições ultrapassadas, ainda podemos encontrá-las nos dias de hoje em algumas fábricas. O que o artigo nos mostra é a realidade que acontece nos grandes complexos industriais que produzem eletrônicos. Uma autoridade excessiva, que se assemelha ao militarismo, com um fundo de escravidão.
Além disso, o artigo nos mostra que os funcionários permaneciam no local de trabalho mesmo após o fim da sua jornada, tendo em vista que as sedes da Foxconn são verdadeiros complexos. Elas tem alojamentos, cozinhas, enfermarias e até mesmo algumas opções de entretenimento para as horas vagas. Mas as condições físicas dos locais eram insalubres. Calor excessivo dentro das fábricas, nos quartos do alojamento que abrigavam um grande número de pessoas tornavam a sobrevivência bastante difícil. Em consequência as essas condições de trabalho, foi contabilizado um total de 16 tentativas de suicídio e 14 mortes no período de um ano por funcionários da Foxconn.
Um operário que trabalhou durante anos na Foxconn de Shenzhen, sul da China, contou que os trabalhadores das linhas de montagem estavam expostos diariamente e sem nenhuma proteção às substâncias tóxicas (entre elas, níquel e gases tóxicos) e muitos deles exigidos a trabalhar na clandestinidade para, assim, não aparecer nas estatísticas oficiais da empresa.
Esta necessidade de mão de obra barata e uma mão de obra com necessidade de trabalho gerou uma situação insustentável para a empresa e a necessidade de uma mudança na rotina diária dos seus empregados e também nos salários. A instalação de redes de segurança nos edifícios das fábricas para que os suicídios fossem contidos, a obrigatoriedade por parte dos funcionários da assinatura de um termo de não-suicídio e o aumento dos salários foram algumas das medidas aplicadas pelo presidente da Foxconn, Terry Gou. A disponibilização de psiquiatras e psicólogos buscando uma melhor orientação para seus operários e gestores também foi uma das medidas tomadas pela presidência.
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