O Método Cientifico
Por: Eriks Henrique • 10/5/2018 • Monografia • 782 Palavras (4 Páginas) • 149 Visualizações
MÉTODO
As definições podem até variar de um autor para outro. Entretanto, o caráter racional é predominante quando se trata de ciência. Logo, não há ciência sem o emprego de um método.
A palavra método, em relação à ciência, refere-se à maneira que o pesquisador escolhe para investigar um objeto, um fato ou um fenômeno. Em outras palavras, é uma série de procedimentos reflexivos e técnicos adotados para atingir um objetivo proposto.
Marconi e Lakatos (2010) destacam que, com o passar do tempo, muitas modificações foram feitas em relação aos métodos existentes. Ressaltam, sobretudo, o conceito moderno de método (independente do tipo), que cumpre seu objetivo quando realiza as seguintes etapas:
- Descobre um problema ou uma lacuna em um conjunto de conhecimentos;
- Define um problema com precisão;
- Busca conhecimentos e/ou instrumentos que podem ser relevantes na resolução do problema;
- Tenta solucionar o problema com o auxílio dos instrumentos identificados;
- Inventa ideias (hipóteses, teorias ou técnicas) ou dados empíricos;
- Obtém uma solução (exata ou aproximada);
- Investiga as consequências da solução obtida;
- Comprova a solução;
- Corrige as hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados, quando necessário.
Tais etapas podem ser assim esquematizadas (MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 67):
Figura 2 - Etapas para o conceito de método
[pic 1]
Na literatura, existem diferentes tipos de métodos. Neste momento, serão apresentados alguns deles.
Método Indutivo
Em linhas gerais, na indução, o pensamento percorre um caminho partindo de fatos particulares em direção aos fatos universais.
Em outras palavras, uma generalização é construída a partir da observação de dados. O objetivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais abrangente do que as premissas nas quais se baseiam.
Segundo Marconi e Lakatos (2010), o método indutivo passa por três etapas. São elas:
- a observação dos fenômenos: o investigador parte da observação de fatos e fenômenos, com a finalidade de descobrir as causas de sua manifestação;
- a descoberta da relação entre eles: a seguir, por meio da comparação, o investigador aproxima os fatos para descobrir a relação existente entre eles;
- generalização da relação: com base na relação verificada, o investigador generaliza a relação.
Exemplo: estudos feitos com uma amostra de uma população. Após análises, os resultados são generalizados para toda a população da mesma espécie.
Método Dedutivo
Na dedução, o raciocínio parte de uma premissa geral para uma particular. Vejamos os exemplos expostos por Marconi e Lakatos (2010) para ilustrar a diferença entre argumentos dedutivos e indutivos:
Dedutivo:
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.
Indutivo:
Todos os cães que foram observados tinham um coração.
Logo, todos os cães têm um coração.
Para saber sobre outros tipos de argumentos dedutivos e indutivos, cf. o Capítulo 4 de Lakatos e Marconi (2010).
Salmon (1978, p. 30-31 apud Marconi e Lakatos 2010, p. 73) aponta duas características básicas que diferenciam os argumentos dedutivos dos indutivos. São elas:
DEDUTIVOS | INDUTIVOS |
I. Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão DEVE ser verdadeira. | I. Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira. |
II. Toda informação ou conteúdo fatual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, nas premissas. | II. A conclusão encerra a informação que não estava, nem implicitamente, nas premissas. |
Método Dialético
Muito usado nas Ciências Sociais, o Método Dialético é antigo e passou por diferentes concepções ao longo da história. Platão considerava, por exemplo, a dialética como a arte do diálogo. Já na Antiguidade e na Idade Média, esse método era sinônimo de lógica. Na concepção moderna, Marx e Engels criaram a “dialética materialista”.
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