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O Monge E O Executivo

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Por:   •  19/11/2013  •  4.807 Palavras (20 Páginas)  •  339 Visualizações

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"As ideias que defendo não são minhas. Eu as tomei emprestadas de Sócrates, roubei-as de Chesterfield, furtei-as de Jesus. E se você não gostar das ideias deles, quais seriam as ideias que você usaria?" – DaleCarnegie

John tinha sonhos recorrentes que sempre lhe diziam para encontrar um tal de "Simeão".Além disso o relacionamento dele com a mulher e filhos não estava indo muito bem. Igualmente na sua empresa, que estava passando por uma revolta sindical, muito provavelmente afetada pelo modo que ele liderava seus subordinados. Após uma conversa com a mulher, ele vai de encontro ao padre da igreja local, que o indica para participar de um retiro num pequeno mosteiro cristão chamado João da Cruz, perto do lago Michigan.Neste retiro situavam cerca de 40 frades, dentre eles o "lendário" Leonard Hoffman, de quem John tinha conhecimento. Chegando ao mosteiro, John é recebido e conduzido para o seu quarto. Durante uma conversa com o porteiro, ele fica sabendo que há dez anos o reitor do mosteiro, James, tinha dado ao famoso Len Hoffman o nome de irmão Simeão. John fica um pouco atordoado com a notícia, pois Simeão era o nome do homem que perturbava o seus sonhos havia anos.

Capítulo 1 – As definições

“Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar às pessoas que você é você não é." - Margaret Thatcher

John já tinha se instalado no mosteiro e acordou para a cerimônia das cinco e meia. Ficou o tempo inteiro tentando adivinhar quem entre os frades era Len Hoffman.

Após o intervalo, com o auxílio de um frade teve acesso à internet e começou a pesquisar sobre Hoffman para saber mais. Artigos de revistas citavam que ele era um homem muito alegre, que "não era desse mundo" e que "parecia ter descoberto o segredo da vida bem sucedida". Após isso, John decide ir ao seu quarto buscar um agasalho antes do café da manhã. Quando chega no quarto, escuta o barulho de alguém no banheiro. Ele, achando que era seu colega de quarto Lee, pergunta se está tudo bem. A voz responde: "Não é Lee. Estou apenas tentando consertar o vazamento do vaso sanitário. John entra no banheiro e se depara com um senhor velho, que se levanta, e o cumprimenta: "Olá, sou o irmão Simeão". John se sentiu embaraçado, olhando pro chão. Era Len Hoffman, uma lenda do mundo dos negócios e estava ali consertando seu vaso do banheiro. Após esse primeiro encontro, John pergunta a Simeão se teria como eles se encontrarem fora dos horários da cerimônia. Ele decide então chegar sempre um pouco adiantado a cada cerimônia nas manhãs para ter uma breve conversa com Simeão. Simeão humildemente se apresenta na primeira reunião, dizendo que só por ser um frade experiente ele não teria todas as respostas. Muito pode ser aprendido em grupo. E juntando todos os convidados da sala, teríamos "um ou dois séculos" de experiência. Muitas mentes unidas pensam melhor, e era essa a primeira mensagem que ele quis passar. Os convidados foram se apresentando um por um diante dos frades. O companheiro de quarto de John - Lee, o pregador. Seguido por Greg, um jovem sargento do Exército Teresa, diretora de uma escola pública. Chris, treinadora de uma equipe de basquete e uma mulher chamada Kim, além de John. Simeão começa a reunião dizendo que quer somente uma regra durante os encontros: “Prometam que me falarão sempre que tiverem vontade. Quando sentirem aquela vontade, alguma ideia pra expor, uma sensação de querer contribuir, que o façam. “Uma ideia sem ação é igual a nada”. Durante a aula, muito foi questionado sobre as palavras "Líder e Liderança" e "Gerente e Gerência". Simeão responde: Você gerencia coisas e lidera pessoas. Não se gerencia alguém. Liderar é diferente disso. Ele então escreveu no quadro: Liderança - é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasmadamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum. Diante da palavra liderança, eles se deparam com outras duas: Poder e Autoridade. Simeão voltou ao quadro. Poder - é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer.

Todos sabem o que é o poder e que o mundo está cheio disso. "Faça isso ou despedirei você", "Faça isso ou bombardearemos você", "Faça isso ou...". Mais uma vez Simeão escreveu no quadro: Autoridade - a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. Notem que poder é definido como uma faculdade e autoridade é definida como habilidade. Mais tarde, Simeão volta com o assunto sobre liderança, e define: liderança é executar as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos, e para ter um bom relacionamento, é preciso ter confiança.

Capítulo 2 - O Velho Paradigma

"Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu." - Antigo Provérbio Chinês

Na primeira reunião do dia, bem cedo, Simeão fala sobre o problema de John não prestar muita atenção quando alguém está falando. Ele responde que apesar de não ter prestado muita atenção, não é assim que se sente. Tenho muito respeito por você, Simeão. Seus sentimentos de respeito devem se expressar através de suas ações de respeito, John.Acho que tenho que trabalhar isso - responde John. Simeão continua: John, levei muito tempo pra aprender que não são as coisas materiais que nos trazem alegria na vida. Olhe em torno de nós. Os maiores prazeres da vida são totalmente grátis. Pense no amor, no casamento, na família, nos amigos, filhos, netos, no nascer e pôr do sol, nas noites de lua, nas estrelas brilhando, nas criancinhas, nos dons do tato, gosto, olfato, audição, visão, boa saúde, nas flores, lagos, nuvens, sexo, na capacidade de fazer escolhas e na própria vida. Todos são grátis, John. No início da aula, o sargento Greg e o pregador Lee discutem sobre o que é paradigma. Simeão assume a direção e diz: Paradigmas são simplesmente padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos para navegar na vida. Podem ser valiosos e até salvar vidas quando usados adequadamente. Mas podem se tornar perigosos se os tomarmos como verdades absolutas, sem aceitarmos qualquer possibilidade de mudança, e deixarmos que eles filtrem as novas informações e as mudanças que acontecem no correr da vida. Agarrar-se a paradigmas

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