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O Narrador

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Por:   •  23/9/2014  •  678 Palavras (3 Páginas)  •  214 Visualizações

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O Narrador (Walter Benjamin) - Resumo

O texto Walter Benjamin, traz uma reflexão sobre o desaparecimento do narrador da historia da civilização. O autor discute a importância da narrativa e traz algumas observações relativas a sabedoria, informação e experiência.

A narrativa perde seu lugar para o jornalismo. O jornalista opera com a informação, já que no centro de seu discurso não está a sua própria experiência, mas a do outro. Benjamin mostra que informação e narração são incompatíveis: "O saber, que vinha de longe, do longe espacial das terras estranhas, ou do longe temporal contido na tradição, dispunha de uma autoridade que era válida mesmo que não fosse controlável pela experiência".

“São cada vez mais raras as pessoas que sabem narrar devidamente”. Essa afirmação remete o leitor à análise da forma como nos relacionamos com a informação nos dias de hoje, ou seja, algo que de certa forma pode ser resumido nas expressões “comunicação de massa” e “sociedade da informação”.

A arte de narrar se dá de forma compartilhada, é uma troca de experiências recíproca, quando o romance decai e entra em cena a notícia que vai alimentar os anseios de uma sociedade burguesa, a arte de narrar corre mais risco de ser aposentada. O que se observa hoje são simplesmente notícias arranjadas, cronometradas com o interesse principal de ser anunciada, a narrativa nesse contexto se resume, em alguns casos, a programas especializados que tentam buscar casos e experiências reais, como os programas brasileiros que entram na intimidade de um grupo e conta sua história de vida, casos reais.

A prática jornalística se esmera em buscar explicações prontas para os fatos que instigam a sociedade, são informações de momento, tempo real, que amanhã podem não interessar mais, isso advém de um mundo globalizado e que a cada dia recebe um turbilhão de novidades, descobertas, invenções, enfim, uma infinidade de coisas novas que precisam ser anunciadas e compartilhadas, é nesse ínterim que a narrativa vai se esvaindo de nosso dia-a-dia.

O narrador não debate sobre os acontecimentos. Seu papel é transmitir o ocorrido ou a narrativa tal qual ela se apresenta. Não é como ler um romance, onde você pode envolver-se com os personagens e reescrever de outra maneira. Na narrativa a objetividade e a imparcialidade são imprescindíveis, com um inicio, meio e fim justificáveis. Ao contrário do romance que com todo sentimentalismo envolve o leitor e o faz refletir sobre o que leu e em que isso pode mudar ou contribuir em sua vida.

Porém a arte de narrar pode ser tão sedutora quanto um romance, mesmo com

toda sua objetividade e imparcialidade. Pois a narrativa te oferece o narrador como companhia, alguém real.O romance te oferece a solidão e personagens que podem te fazer refletir,mas que não vão passar de personagens ou seja a solidão é uma característica do romance.

Benjamin diferencia a informação da arte de narrar: enquanto a informação só tem valor enquanto é nova, a verdadeira narrativa não se entrega à imediatez do tempo para explicar os fatos, pelo contrário, depois de muito tempo é capaz de suscitar espanto e reflexão. Da mesma forma, se diferencia o cronista do historiador. "O cronista

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