O Nivel De Estresse Do Enfermeiro Que Atua No Centro De Terapia Intensiva
Artigos Científicos: O Nivel De Estresse Do Enfermeiro Que Atua No Centro De Terapia Intensiva. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 125b • 26/2/2015 • 2.726 Palavras (11 Páginas) • 718 Visualizações
O nível de estresse do enfermeiro que atua no centro de terapia intensiva
DUARTE Mércia R1, FORTES Margarete RS2
RESUMO
Introdução: A enfermagem é uma profissão considerada estressante pelo fato de se tratar da vida humana, pela proximidade com o cliente onde o sofrimento é quase inevitável. Os centros de terapia intensiva são ambientes críticos, onde o estresse tem constituído fator de risco a qualidade de vida dos profissionais. Objetivo: Identificar o nível de estresse dos enfermeiros que atuam no centro de terapia intensiva de um hospital filantrópico situado na Grande Vitória e verificar as principais atividades que geram estresse para o enfermeiro Método: Estudo transversal de prevalência, por meio da aplicação do questionário Escala Bianchi de Stress (EBS) foi avaliado o nível de estresse dos enfermeiros que atuam no Centro de terapia intensiva I e II.A amostra foi constituída de 7 enfermeiros. A pesquisa foi realizada durante visitas ao setor no período de três dias de 7:00 às19:00h. Resultados: Após análise dos dados foi observado que de um total de 7 enfermeiros , dos quais 6 mulheres 1 um homem, faixa etária entre 20 a 40 anos, sendo 85,71% eram do sexo feminino e 14,29% do sexo masculino,71,4%,dos sete participantes tinham idade entre 20 40anos e 28,4% tinha entre 31 a 40 anos,71,43 tinha de 2 a 5 anos de formado, 28,57 tinha de 6 a 10 de formado, 85,71% tem curso de pós graduação e 14,29 não, 71,43% tem de um a dois anos de trabalho, e 28,57% tem 6 a 8 anos de trabalho. A área B demonstrou maior escore de 4,2 e área C com escore 3,7, a área D com escore 3,6, e área E com escore de 3,4, F com área escore de 3,2, os enfermeiros com tempo de serviço de 6 a 8 anos apresentaram um indicativo de alto nível de estresse em todas as áreas.Conclusão: Os enfermeiros apresentaram médio nível de estresse com um indicativo para alto nível encontrando na fase de resistência o enfermeiro e a instituição devem reconhecer os estressores do dia a dia e procurar mecanismos e estratégias grupal e individual para diminuir o estresse.
palavras-chaves:Enfermeiro,estresse,centro terapia intensiva.
INTRODUÇÃO
Estresse é um estado em que ocorre um desequilíbrio interno do organismo, isso se dá quando o ser humano é submetido a situações no qual exija esforço para se adaptar levando-o a um conjunto de reações. É observado em todas as faixas etárias e geralmente está relacionada ao estilo de vida do individuo. [1]
Segundo Ferrareze[2] e Carvalho o ambiente critico, como o centro de terapia intensiva, causa ansiedade desencadeando o estresse e gerando um grande fator de risco para a profissão da enfermagem por ser um local fechado de atendimento a pacientes agudos, crônicos em estado grave onde a dor a angustia e o sofrimento vivenciado pela equipe de enfermagem é quase inevitável, exigindo dedicação e um alerta constante da equipe de enfermagem.
Hans Selye foi o primeiro autor a falar de estresse, definindo-o como desgaste anormal do organismo e dividindo- o em três fases: alerta, resistência, exaustão.[3]
Na fase de alerta onde o individuo se mobiliza por meio da produção de adrenalina, a pessoa vai apresentar sintomas como inapetência, cefaleia, acidez estomacal, taquicardia, taquipnéia, fase de resistência. A pessoa tenta se adaptar aos estressores com isso ela vai utilizar energia que é para outras funções tentando reestabelecer um equilíbrio interno; teceira fase é a exaustão quando começam ocorrer doenças graves como infarto, ulcera, psoríase.[4 ]
De acordo com Martino e Pafaro[5] o estresse positivo é caracterizado como eustress que é o estimulo para lidar com a vida. O estresse negativo denominado de distress é o que leva o ser humano a fuga a não encarar os problemas da realidade.
Preto e Pedrão[6] caracterizaram os enfermeiros que atuam em UTIS de 5 hospitais do interior de São Paulo, e verificaram a existência de estresse entre esses profissionais.Os autores observaram que a enfermagem é uma profissão predominante feminina e sugerem ainda que sejam necessários investimentos administrativos em busca de um ambiente saudável e melhores condições de trabalhos em prol do cliente e do profissional.
Carvalho[7] realizou um trabalho em duas UTI em Florianópolis Santa Catarina e, concluiu que o estresse vivenciado pela equipe de enfermagem no dia a dia gera ansiedade, irritabilidade,intriga e baixa produtividade e desmotivação e observou que a equipe tem que ter reuniões para discutir os problemas do dia a dia, e sugestões poderiam surgir, melhorando o ambiente a harmonia da equipe e com isso diminuir o estresse.
Segundo Bianchi e Batista[15] a organização da instituição hospitalar é responsável pelas pressões exercidas sobre a equipe da enfermagem.
O profissional, que atua em UTI, deve estar preparado para atender o cliente com rapidez e eficiência, pois, a falta de experiência predispõe o profissional ao desgaste físico e emocional e, leva à sobrecarga de trabalho a toda equipe. [8]
Estressor é qualquer fonte que gera o estresse ele pode ser interno ou externo como dor, fome, frio, morte de alguém querido, um assalto, uma doença. [9]
Anjos[10] cita as fontes geradoras de estresse, como os sinais e sintomas nos enfermeiros de uma UTI, em um hospital filantrópico ,de uma cidade de Campinas, e concluiu que as maiores fontes geradoras de estresse estão relacionadas á insatisfação dos enfermeiros, falta de funcionários. Dentre os sinais e sintomas relacionados está cefaléia, necessidade de dormir, dores na nuca ou região cervical.
Estudos mostram que a profissão da enfermagem em UTI, é considerada estressante por se tratar de uma unidade com situações de urgência e um ritmo intenso de trabalho, onde a dor, o sofrimento constante que o profissional vivencia pode vir sobrecarregar o emocional do profissional que atua nessa unidade.[11] [12][13] O estudo surgiu, a partir da necessidade da pesquisadora, em conhecer o nível de estresse do enfermeiro que atua em UTI.
Por tanto esse estudo visa identificar o nível de estresse dos enfermeiros que atuam no centro de terapia intensiva (CTI) de um hospital filantrópico da Grande Vitória
MÉTODOS
Trata-se de um estudo transversal de prevalência, com abordagem quali-quantitativa, desenvolvido Centro de Terapia Intensiva de um Hospital filantrópico da Grande Vitória, Espírito Santo durante o mês de agosto 2012.
A amostra,
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