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O PROCESSO DE LOGÍSTICA REVERSA

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Por:   •  21/5/2014  •  Tese  •  9.144 Palavras (37 Páginas)  •  482 Visualizações

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PROCESSO DA LOGÍSTICA REVERSA

Pela ótica de Fleury et all (2003), o ciclo de vida do produto deve ser avaliado de forma mais ampla.

Para o autor,"Do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e deve retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados.Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos custos de compra de matériaprima,

de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo de vida de um produto inclui também outros custos que estão relacionados a todo o gerenciamento do seu fluxo reverso. Do ponto de vista ambiental, esta é uma forma de avaliar qual o impacto que um produto sobre o meio ambiente durante toda a sua vida. Esta abordagem sistêmica é fundamental

para planejar a utilização dos recursos logísticos de forma contemplar todas as etapas do

ciclo de vida dos produtos".

Para Ballou (2001), embora seja fácil pensar em logística como o gerenciamento do

fluxo de produtos dos pontos de aquisição até os clientes, para muitas empresas há um canal

logístico reverso que deve ser gerenciado também. A vida de um produto, do ponto de vista

logístico, não termina com a sua entrega ao cliente. O canal de logística reverso pode utilizar

todo ou apenas uma parte do canal logístico, ou pode precisar de um projeto dedicado

exclusivamente a ele. A cadeia de suprimentos termina com o descarte final de um produto e

o canal reverso deve estar dentro do escopo do planejamento e do controle logístico.

Assim, Leite (2000) entende que a Logística Reversa é uma nova área da Logística

Empresarial que planeja, opera e controla o fluxo, e as informações logísticas

correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou

ao ciclo produtivo, através dos Canais de Distribuição Reversos, agregando-lhes valor de

diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, competitivo e de imagem corporativa, entre

outros.

Figura 1 - Representação Esquemática dos Processos Logísticos Direto e Reverso.

SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia

Fleury et all (2003) explica que o processo de logística reversa gera materiais

reaproveitados que retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição,

conforme indicado na figura acima.

Para o autor, este processo é geralmente composto por um conjunto de atividades que

uma empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou

obsoletos dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda ou de descarte.

De acordo com Novaes (2004), em muitas vezes o produto descartado, no todo ou em

parte, já não tem serventia alguma para o processo industrial. Nessas circunstâncias, há

necessidade de se garantir a disposição final para onde os produtos não mais utilizáveis sejam

colocados de forma segura para a população e para o meio ambiente.

Para Fleury et all (2003), o tipo de reprocessamento dos materiais pode variar

dependendo das condições em que estes entram no sistema de logística reversa. Estes podem

retornar ao fornecedor quando houver acordos neste sentido, ser revendidos se ainda

estiverem em condições adequadas de comercialização, ser recondicionados, desde que haja

justificativa econômica ou reciclados se não houver possibilidade de recuperação. Todas estas

alternativas geram materiais reaproveitados, que entram de novo no sistema logístico direto.

Em último caso, o destino pode ser a seu descarte final.

Figura 2 - Atividades Típicas do Processo Logístico Reverso

Leite (2003), nos explica que os canais de distribuição reversos de pós-consumo

constituem-se pelo fluxo reverso de produtos ou materiais constituintes que surgem no

descarte dos produtos depois de encerrada a vida útil e que retornam ao ciclo produtivo.

(LEITE, 2003). Esses canais podem ser de reuso, de reciclagem ou de desmanche.

O canal de reuso refere-se à reutilização de produtos tidos como bens duráveis. Para o

autor acima, esses os produtos que ainda apresentam condições de utilização podem destinarse

ao mercado de segunda mão, sendo comercializados diversas vezes até atingir seu fim de

vida útil".

O canal de reciclagem tem obtido cada vez maior visibilidade, não só no setor

empresarial , mas também com a população que vislumbrou um oportunidade para fazer

renda. Esse processo envolve a coleta e seleção do material, sua preparação para o

reaproveitamento e o retorno deste ao processo produtivo sob forma de matéria-prima.

SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia

Já o canal de desmanche, é definido por Leite (2003), como um sistema de

revalorização de um produto durável de pós-consumo que, após sua coleta, sofre um processo

industrial de desmontagem no qual seus componentes em condições de uso ou de

remanufatura são separados de partes ou materiais para os quais não existem condições de

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