O Papel Do Professor Para Uma Educação De Qualidade

O Currículo da SEESP deixa claro qual é o papel do professor para uma educação de qualidade: "mobilizar conteúdos, metodologias, saberes próprios de sua disciplina ou área de conhecimento para desenvolver competências em adolescentes, instigar desdobramentos para a vida adulta." Coloca ainda que precisamos desenvolver nos nossos alunos "a capacidade de resolver problemas, de trabalhar em grupo, de continuar aprendendo e agir de modo cooperativo e pertinente em situações complexas." Por isso, não podemos deixar de destacar a importância da qualidade da educação oferecida nas escolas para desenvolver essas competências. Qualidade essa que depende da atuação do professor, pois é ele o profissional da educação. O trabalho pedagógico do professor é fundamental para o desenvolvimento pessoal, a autonomia do estudante para aprender a aprender, ou seja, para produzir sua própria aprendizagem. Segundo a doutora Lenise Aparecida Martins Garcia, para conseguirmos isso, precisamos de "um programa dinâmico, que não esteja preso a moldes pré -formados ou seguindo rigidamente um livro didático. Um programa que esteja de acordo com a realidade local e com as necessidades imediatas dos alunos." Entretanto, isso exige muito preparo e trabalho. É preciso que os professores, como disse a doutora Lenise, saiam da sua "cômoda passividade". Precisam estar dispostos a mudar a sua maneira de encarar o ensino-aprendizagem. Muitos ainda não estão preparados para isso. Será necessário o trabalho coletivo, cooperativo de todos; muito planejamento, estudo e "ação-reflexão-ação."

No momento atual em que vivemos, onde o avanço tecnológico impera, a escola deixou de ser o único lugar em que se busca e se obtém o conhecimento. O seu papel passou a ser o de orientar os alunos a buscar as informações significativas e a agir de forma crítica sobre elas. Para tal tarefa, "é imprescindível a mudança do papel do professor, que deixa de ser o profissional do ensino para ser o profissional da aprendizagem; o professor que ensina enquanto aprende e aprende enquanto ensina. E, como tal, precisa estar atualizado, principalmente no que se refere à cultura e à linguagem." (material de estudos). Isso faz com que a escola, mais do que nunca, tenha por missão ajudar o aluno a desenvolver habilidades e competências que lhe permitam trabalhar com tantas informações. Daí a necessidade urgente de o ensino estar centrado nas competências e não mais nos conteúdos. Não é mais fundamental na educação o acúmulo de informações, mais sim saber encontrá-las, lidar com elas, analisá-las de forma crítica. Não conseguiremos isso através de um ensino conteudista, fragmentado. Precisamos centrá-lo "no desenvolvimento de competências e habilidades por parte do aluno, em lugar de centrá-lo no conteúdo conceitual. Isso implica em uma mudança não pequena por parte da escola, que sem dúvida tem que ser preparada para ela." (PCNs). Essas habilidades e competências devem ser vistas como objetivos do ensino. É preciso que a escola "inclua entre as suas responsabilidades a de ensinar a comparar, classificar, analisar, discutir, descrever, opinar, julgar, fazer generalizações, analogias, diagnósticos... Independente do que se esteja comparando, classificando ou assim por diante. Caso contrário, o foco tenderá a permanecer no conteúdo

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