O Plano de Pesquisa
Por: Jowjo COK • 8/4/2017 • Projeto de pesquisa • 6.622 Palavras (27 Páginas) • 435 Visualizações
PLANO DOS TRABALHOS DE PESQUISA
PARA SUBSTÂNCIA MINERAL GRANITO.
ÁREA SITUADA NO LOCAL DENOMINDADO SACO DA CRUZ,
MUNICÍPIO DE –LIVRAMENTO DO BRUMADO-BA
1. APRESENTAÇÃO
A área objeto deste plano de pesquisa de granito, para fins de revestimento, está situada em terras de terceiros, no local denominado Saco da Cruz, município de Livramento do Brumado, estado da Bahia, inserindo-se num ambiente geológico que apresenta nítida evidência de expressivo depósito deste bem mineral.
O plano de pesquisa ora proposta ao DNPM não apresenta um caráter rígido e por isso ele poderá ser posteriormente ajustado na medida da evolução do conhecimento do depósito no decorrer da pesquisa.
Nestas condições, este plano dispõe, em linha gerais, sobre os métodos de pesquisa indispensáveis ao dimensionamento e qualificação deste tipo de rocha ornamental, devendo-se destacar na conclusão dos trabalhos, a definição da exeqüibilidade extrativa e viabilidade técnica – econômica da possível jazida de granito.
2. SITUAÇÃO E VIAS DE ACESSO.
O acesso rodoviário pode ser executado, partindo-se de Salvador pela BR-324 até Feira de Santana percorrendo 120 km, para então prosseguir pela BR-116 no sentido do Rio de Janeiro percorrendo-se 404 km, até a cidade de Vitória da Conquista, para em seguida rumar pela BA-262, até a cidade de Brumado (130 km), daí segue-se 71 km pela BA-148 até a cidade de Livramento do Brumado.
A área pretendida para pesquisa está situada a cerda de 4 Km à Sudeste da cidade de São José do Sabugí, fisiograficamente pertencente as regiões do Sabugí paraibano e do Seridó Oriental do estado do Rio Grande do Norte.São José do Sabugí está a cerca de 170 km da cidade de Campina Grande, no estado da Paraíba e dista de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, aproximadamente 285 Km. O acesso a área é feito a partir de Campina Grande-PB pela BR-230 até Santa Luzia em percurso de cerca de 150 km, tomando-se em seguida a rodovia asfaltada PB-221, que liga as cidades de Santa Luzia - PB e São José do Sabugí - RN, distante de aproximadamente 20 km, e a partir daí percorrem-se 7 km em estrada carroçável na direção da Serra de Santana até a área.
3. FISIOGRAFIA.
O clima da região é do tipo semi-árido, quente e seco, com temperaturas médias anuais da ordem de 27º C, apresentando uma estação chuvosa, entre os meses de janeiro e maio e os demais meses do ano marcados pela estiagem, ultrapassando os 350 mm médios anuais.
A vegetação é do tipo caatinga hiperxerófica, apresentando árvores de pequeno porte e cactáceas, predominantemente.
O solo é irrisório e/ ou muitas vezes inexistentes, o qual pode ser considerado mais um colúvio que solo propriamente dito, mesmo assim de pequena profundidade, em função das condições climáticas reinantes no local, as quais favorecem o intemperismo físico e químico.
O relevo local é do tipo serrano, apresentando desníveis superiores a 200 m em destaque ao relevo adjacente que apresenta-se suavemente ondulado.
O sistema de drenagem é marcado por pequenos riachos intermitentes, a exemplo do Riacho das Queimadas, que seguem curso geral Norte e/ou Noroeste, indo afluírem ao Açude Santo Antônio, a Noroeste área.
4. ESBOÇO GEOLOGICO
- ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
4.1. Clima e Vegetação
As formações vegetais na região das áreas pesquisadas estão adaptadas aos fatores climáticos, morfológicos, pedológicos e geológicos.
O clima predominante na região é do tipo Aw, ou seja, clima de savana tropical semi-árido, caracterizado por apresentar 2 estações definidas: uma seca, de junho a setembro, e outra chuvosa, com chuvas concentradas nos meses de outubro a março, onde a precipitação anual varia de 500 mm a 750 mm. Em direção ao Rio São Francisco, existe uma transição para o tipo Bsh, caracterizado por um clima quente e um pouco mais úmido. As isotermas de verão são de 22ºC a 24ºC, e de inverno 18ºC a 22ºC. Em direção ao Vale do São Francisco as isotermas aumentam sensivelmente.
A cobertura vegetal das áreas caracteriza-se pela estepe nordestina (caatinga), representada por estratos arbustivos e sub-arbóreo, com raras espécies arbóreas, normalmente em contato com algumas pastagens de ação antrópica. Geralmente isto ocorre em solos rasos, às vezes lateríticos, com pouco ou nenhum conteúdo de matéria orgânica, ou muito permeáveis, com baixo poder de retenção d’água.
4.2. Recursos Hídricos Superficiais e Geomorfologia
No domínio das áreas pesquisada, correspondente ao pediplano sertanejo, a drenagem é tipicamente dendrítica, constituída por pequenos riachos de deflúvio intermitente, condicionada a distribuição irregular das chuvas. Nas áreas em questão, a rede hidrográfica é representada por pequenos rios e riachos com o Baraúnas, afluente da sub-bacia do rio Sana Rita, que por sua vez, é tributário da grande bacia hidrográfica do Médio rio São Francisco.
A região pesquisada, oeste da Serra do Espinhaço, caracteriza-se por duas unidades morfológicas marcantes: a primeira, aplainada, constituída basicamente por depósitos aluviais quaternários, desenvolvidos em cota média de 420 m, atribuído ao ciclo erosivo Paraguaçu, e a segunda, por vários morros-testemunhos isolados, geralmente de composição granítica-sienítica, que sobressaem-se notadamente na topografia arrasada como “resistatos” mais competentes, que persistiram aos ciclos mais antigos de erosão, sendo justamente estes, os alvos desta pesquisa.
- ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS DA REGIÃO
A sede municipal que compreende as áreas pesquisadas é a cidade de Riacho de Santana, com aproximadamente 20.000 habitantes, distanciando-se 850 km de Salvador.
O sistema de rede elétrica do município opera atualmente com uma linha de transmissão e distribuição de 69 KV até a sede municipal, que passa a 8,5 km da área margeando a BR-430.
Com relação ao sistema de comunicações, a sede municipal possui subestação da Telebahia em operação com DDD e DDI interligado com a sede da gerência regional de Vitória da Conquista.
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