O TRABALHO DE LIBRAS
Por: JessiOliveira • 17/10/2021 • Trabalho acadêmico • 2.700 Palavras (11 Páginas) • 103 Visualizações
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JÉSSICA CRISTINA DE OLIVEIRA
RA: 8071309
PORTFÓLIO 1
Trabalho apresentado ao Claretiano - Centro Universitário para a disciplina de Língua Brasileira de Sinais como requisito parcial para aprovação na disciplina.
Prof. Aparecida Helena Ferreira Hachimine,
SÃO PAULO
2020
Atividade no Portfólio
Objetivos:
• Demonstrar o que é a deficiência auditiva/surdez e refletir sobre ela. Compreender e identificar as abordagens educacionais e suas repercussões na escolarização dos surdos.
• Compreender e demonstrar a importância da língua de sinais para a educação de surdos. Descrição da atividade com base nas leituras anteriores, responda às questões a seguir:
1) Sabemos que a audição é o meio pelo qual o indivíduo entra em contato com o mundo sonoro e com as estruturas da língua oral, possibilitando, dentre outras coisas, o desenvolvimento da linguagem (PEDROSO, 2013, p. 55). Sendo assim, a audição desempenha as funções de:
a)Localização e identificação: capacidade de reconhecermos de onde vem um som e qual é a fonte sonora que o está produzindo.
b)Alerta: capacidade de nos atentarmos para todos os estímulos sonoros que nos rodeiam, como, por exemplo, a buzina de um carro vindo em nossa direção.
c) Socialização: capacidade de nos relacionarmos, pois é principalmente pela audição que entramos em contato com as outras pessoas.
d)Intelectual: grande parte das informações nos é transmitida por meio do código oral.
e)Comunicação: a fala é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem, e é por meio da audição que a linguagem e a fala se desenvolvem.
Levando em consideração cada uma das funções da audição citadas anteriormente, apresente um exemplo de ações cotidianas na vida de um surdo e compare com a vida de um ouvinte.
As ações cotidianas na vida de um surdo são completamente diferentes da vida de um ouvinte, sabemos que os surdos enfrentam dificuldades, em situações que, em geral, são triviais para os ouvintes, ou seja o que para o ouvinte pode ser uma tarefa simples, para o surdo se torna mais complexa.
Por exemplo: nas ações cotidianas como atravessar uma rua, para um ouvinte ele só precisa ter atenção e olhar bem para os dois lados, se por acaso ele escutar uma buzina ele já ficará alerta, agora para o surdo além de olhar e ter atenção se um carro buzinar ele não escutará, o corpo não é capaz de deixar a par dos perigos que acontecem ao redor, ele não é capaz de ouvir os barulhos do transito.
Outro exemplo: quando colocamos coisas no fogo e esquecemos, podemos ouvir a água fervendo ou a chaleira apitando, agora as pessoas surdas se colocarem as coisas no fogo e esquecerem podem acabar incendiando a casa.
Outro exemplo também é quando um ouvinte irá atender um telefonema, é simples, é apenas ouvir o que a outra pessoa que ligou está falando, já para o surdo o método para se comunicar com outra pessoa, seria em uma vídeo chamada, que é onde ele pode ver a outra pessoa e a outra pessoa se comunica com ele de forma que ele venha entender e interpretar, e também ser entendido e interpretado, usando a libras, gestos ou até mesmo a leitura labial; o que os ouvintes escutam e veem, os surdos veem e sentem.
Temos vários exemplos, ir até o hospital para consultas médicas, ir ao banco para efetuar pagamentos, transferências ou saques, para os ouvintes são ações meramente simples, para os surdos muitas vezes se tornam grandes desafios, pois sabemos que em muitos lugares, não existem pessoas preparadas para atenderem os surdos de acordo com as suas necessidades, sabemos que a inclusão deles, nas ações cotidianas ficam a desejar na vida de um surdo.
O local de trabalho é apresentado como mais um espaço em que há o predomínio ou a exclusividade da língua oral, além do desafio do surdo para "provar que é bom", que "pode" tanto quanto os trabalhadores ouvintes. A referência ao modelo ouvinte perpassa a vida do sujeito surdo que, submetido a esse olhar comparativo, vai se constituindo como trabalhador não-ouvinte, ao invés de se formar e de se mostrar como trabalhador surdo. Suas conquistas são alcançadas somente se conseguir aproximar-se ao máximo do que os trabalhadores ouvintes realizam. Esse problema é ainda acentuado quando o sujeito é o único surdo na organização.
Os métodos que na maioria das vezes são descartados e insignificantes para os ouvintes, tornam-se essenciais, fundamentais e de suma importância para os surdos, para seu desenvolvimento e inclusão nesse meio social.
2) Leia atentamente a citação a seguir: “A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala socialmente inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo no desenvolvimento global e dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura e da escrita, apresentando-se muitas vezes, apenas parcialmente alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO & DIAS, 2000, n.p.)
Reflita sobre a relação que existe entre a situação educacional das crianças surdas reveladas por Mantelatto, Pedroso e Dias (2000), a história da educação dos surdos e as abordagens educacionais.
A seguir responda se é correto afirmar que a história da educação dos surdos foi marcada pelo autoritarismo dos ouvintes. Justifique sua resposta relacionando-a com as abordagens educacionais estudadas nesta unidade.
Depois de concluir sua atividade, poste-a no Portfólio.
A formação educacional pode interferir grandemente na inclusão social e profissional da pessoa surda, pois é através dessa formação que o surdo irá aprender a se comunicar por meio da Língua de Sinais (Libras) e não por leitura labial ou oralização do português, e muitas pessoas não estão capacitadas para a interpretação. Por falta de uma formação específica e de profundo conhecimento da língua de sinais, o intérprete pode eliminar ou modificar conteúdos que não sabe como interpretar. Esse é um problema ético bastante sério e mostra que o intérprete precisa ser bem formado, pois o aluno surdo tem o direito de receber as informações comunicadas na língua portuguesa da maneira mais fiel possível.
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