O Valor Do Brincar
Trabalho Universitário: O Valor Do Brincar. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 061085 • 29/4/2014 • 1.767 Palavras (8 Páginas) • 482 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Este presente trabalho foi baseado em pesquisas feitas em livros, internet, material Unopar e entrevista com uma criança sobre o assunto brinquedoteca.
A finalidade deste é definir e compreender a importância do brinquedo e da brincadeira na vida da criança e em como empregá-los no cotidiano escolar, considerando os aspectos de uma brinquedoteca, os espaços de ludicidade e o que a criança pensa a este respeito.
Estas informações irão contribuir para a minha formação pedagógica enri-quecendo os conhecimentos que tenho adquirido.
2 DESENVOLVIMENTO
Quando se fala de brinquedos e brincadeiras automaticamente vem em mente criança. Sabe-se que de acordo com os relatos da história a infância passou por vá-rios processos.
No século XII a infância era desconhecida até mesmo nas artes. A criança era considerada como fruto do pecado. Foi nesta época que surgiu a roda dos expostos, que era onde se colocava as crianças que eram rejeitadas, para que fossem acolhidas por uma instituição missionária financiada pelo Estado e pelo clero.
No século XVIII acontecem então mudanças na forma de pensar a criança, observam que a mesma tem maneiras de ver, pensar e sentir que lhe são própria.
Enfim em 1990 é promulgada o ECA (Estatuto dos direitos da criança e do adolescente) que é um documento com o que há de mais avançado em termos dos direitos da criança e do adolescente. A sociedade passa a ver a criança como sujeito de direitos e entre eles o direito de brincar.
Segundo o dicionário Aurélio brinquedo significa: objeto para a criança brincar.
O brinquedo se classifica em duas categorias:
Brinquedo estruturado: è aquele que já vem pronto das fábricas.
Brinquedo não estruturado: é aquele que a criança cria através de sua ima-ginação, como por exemplo, um pedaço de pau que se transforma em cavalinho ou uma pe-dra que se torna comidinha.
Kishimoto (2005, p.21) diz que:
[...] o brinquedo contém sempre uma referência ao tempo de infância do adulto com representações veiculadas pela memória e imaginação. [...] o brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausên-cia de um sistema de regras que organizam sua utilização.
De acordo com Kishimoto o brinquedo não se resume apenas em um sim-ples objeto e sim em algo bem mais rico. Ele representa a infância do adulto e a capacidade que a criança tem de transformar o objeto através de sua imaginação em qualquer brin-quedo que ela necessite no momento da brincadeira (brinquedo não estruturado). Com o brinquedo a criança brinca imitando a realidade e sua cultura de forma segura e sem qual-quer tipo de perigo, já que as brincadeiras são o faz de conta.
Diz-se que a brincadeira é a ação de brincar, entreter, distrair.
Quando a criança brinca ela imita o comportamento dos adultos, estimula habilidades e internalizam valores necessários para participar na sociedade, além de ser uma aprendizagem social. A criança transforma o mundo ao seu redor quando brinca, e esta é uma das formas que ela se utiliza para interagir e compreender o que se passa a sua volta.
A brincadeira é um recurso pedagógico rico, pois favorece o desenvolvimen-to físico, intelectual, afetivo e social.
E o que dizer dos jogos? Através deles a criança expõe suas vontades, tra-duz suas atitudes, se expressa com liberdade, aprende a construir regras e a cumpri-las, as-sim como trabalhar em equipe, respeitar o outro e entender que quando um jogo termina vo-cê pode começar tudo de novo e até mesmo com novas regras. O jogo é divertimento, brin-cadeira e aprendizagem.
A criança traz consigo um conhecimento adquirido em seu ambiente familiar e em sua comunidade, cabe ao professor procurar conhecer o seu aluno e assim elaborar seu planejamento pedagógico. Os jogos e brincadeiras são fortes aliados do educador no momento da observação.
Segundo Antunes (2005, p. 36):
O jogo ajuda-o a construir suas novas descobertas desenvolvendo e enri-
quecendo sua personalidade e simboliza um instrumento pedagógico que
leva ao professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da apren-
dizagem.
Muitos pensadores, teóricos, estudiosos da psicologia, pedagogos e outros têm contribuído para o aprendizado de nossas crianças, quando afirmam que o lúdico é ex-tremamente importante para que as mesmas se tornem adultos bem resolvidos, pois por meio da brincadeira a criança aprende comportamentos, constrói conhecimento, expressa emoções, sentimentos e promove a oralidade.
Vygostsky (1991) entende a brincadeira como um meio pelo qual a criança supre algumas necessidades, sendo também um meio de aprendizado, de desenvolvimento da imaginação, da compreensão da realidade, do domínio de regras e da construção de uma situação imaginária, base para o pensamento abstrato adulto.
O ECA 8069/90 no artigo 16 item IV defende o brincar, praticar esportes e divertir-se e as DCN (Diretrizes Curriculares Nacionais) coloca a educação infantil como parte da educação básica e ainda o RCNEI (Referencial Curricular Nacional na Educação infantil) que tem como eixos: identidade e autonomia, artes visuais e movimento, fez com que algumas escolas pensassem em um ambiente voltado para tais atividades, então construíram este espaço e o denominaram brinquedoteca, onde é valorizado o cotidiano e desenvolvimento infantil.
Infelizmente muitas crianças não têm acesso a uma brinquedoteca, não sa-bem do que se trata, nem o que tem em um espaço como este. Ao entrevista-las algumas deduziram o que poderia vir a ser uma brinquedoteca pelo nome, mas não porque já tives-sem frequentado. Uma das crianças de seis anos conhece o espaço, pois estuda em uma escola particular que tem este ambiente. Diz gostar muito, porque têm brinquedos, vídeo game e livros de histórias. Disse que seria melhor se tivesse também, piscina de bolinha , escorregador e bolinhas de gude. Relatou que as crianças brincam com o brinquedo que quiser e do jeito que preferir, outras vezes a professora faz a brincadeira e todos brincam juntos, e para ele as duas formas de brincar são boas. Perguntei então
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