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O colapso de Lehman Brothers

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Por:   •  28/8/2014  •  Tese  •  1.021 Palavras (5 Páginas)  •  204 Visualizações

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9.7.2 Consequências

A quebra de Lehman Brothers contribuiu para que o mercado acordasse para os problemas financeiros. Em setembro de 2008, os Estados Unidos já estava em grave recessão. Os governos tiveram que reagir rápido para evitar os avanços e consequências do colapso. Os bancos centrais dos países que compõem G8 passaram a injetar bilhões de dólares. O prejuízo financeiro foi de mais três trilhões de dólares.

A primeira etapa da crise financeira é principalmente a bancária, com redução gradual dos créditos, baixo nível de crescimento dos bancos e há forte desaceleração do nível de produção;

A segunda etapa é uma crise sistêmica, atingindo as finanças e um rombo fiscal de grandes países, o congelamento de créditos interbancários, levando os Bancos Centrais e Tesouros a intervirem para evitarem falências bancárias e de seguradoras e ocorre pânico na economia mundial;

A terceira etapa atinge os países emergentes com queda da demanda e consequência das importações dos países desenvolvidos, provocando uma quedada renda mundial. A crise se fortaleceu em 2009 e deu início a políticas macroeconômicas anti-ciclícas. Desta vez chegou-se ao consenso de que o sistema bancário deveria ser socorrido. Em alguns países europeus foram fragilizados pela crise deixando dúvidas quanto ao pagamento de outros países do bloco.

9.7.3 Como o Brasil enfrentou a crise

O Brasil também sentiu os prejuízos da crise econômica com mais intensidade a partir de setembro de 2008, afetando o crescimento do PIB, queda sucessiva da Ibovespa, com saídas de capitais houve pressão e desvalorização de câmbio. Algumas empresas brasileiras que estavam aplicadas em ativos financeiros arriscados e em derivados, tiveram que liquidar suas posições por severas restrições de caixa. A estimativa é que as companhias brasileiras tenham perdido algo em torno de US$30 bilhões. O lado real da economia, a produção industrial contraiu-se drasticamente partir do terceiro trimestre de 2008. Com a restrição ao crédito, do consumo e da oferta, houve um corte de mão obra, gerando o aumento da taxa de desemprego.

O Brasil conseguiu se recuperar rápido da crise. Uns dos fatores que contribuíram para essa recuperação foi: um grande mercado interno e com ganhos reias de renda, um sólido sistema financeiro, um alto volume de reservas e a rapidez das ações do governo, redução dos juros e do compulsório, aumento do crédito. A grande mobilidade social vem ocorrendo desde o Plano Real, com inflação controlada e aos planos assistencialistas do governo como Bolsa Escola, Vale Gás e Vale Alimentação e aumentos reias do salário mínimo. Quando o mercado internacional se retraiu em virtude da crise, o Brasil tinha um mercado interno que permitiu absorver esta demanda.

Houve o direcionamento de recursos para o financiamento às exportações, a venda de dólar no mercado à vista e a utilização de swaps cambiais, houve uma diminuição do nível de compulsório exigido pelo BC aos bancos e da diminuição do redesconto. Ao ampliar as políticas de concessão de crédito e atuar diretamente no setor. O Banco do Brasil antecipou os desembolsos para a safra agrícola, pequenas e médias empresas foram agraciadas com linhas de financiamento para capital de giro. Bancos do governo compraram participações em bancos privados.

Foram utilizados estímulos fiscais para aumentar o consumo e a produção. Foram feitos cortes de impostos do IPI e do IRPF, a redução do IPI foi fundamental para a retomada das atividades em setores e o setor de construção civil foi também beneficiado através do aporte de recursos. A continuidade dos estímulos ao consumo privado e aos

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