O contêiner (container)
Abstract: O contêiner (container). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pablito13 • 29/10/2014 • Abstract • 1.752 Palavras (8 Páginas) • 368 Visualizações
O CONTÊINER (CONTAINER)
Nos primórdios da navegação marítima, a idéia de agrupar objetos a serem transportados vem desde o começo da humanidade. O antigo testamento dá a notícia que os hebreus, para transportar armamentos e suprimentos, usavam caixas de carga montadas sobre uma espécie de carreta que nada mais séria do que um contêiner em sua forma mais primitiva.
Podemos deixar para os historiadores decidirem se aos sacos de couro de cabra ou ânforas gregas (vasos com alças) e tonéis, podem ser considerados como os primeiros containers usados no transporte multimodal. Eles também ainda irão mencionar que um navio grego, cerca de 230 a. C., foi descoberto no mar Mediterrâneo, no qual encontravam-se 8 mil ânforas, cada uma, estivadas em uma determinada prateleira.
A revista “National Geografic Magazine”, edição de abril de 1911, forneceu a primeira prova de existência de regular serviço de movimentação de contêineres, mostrando a fotografia de um contêiner com um anúncio dizendo que:
“Lift-Vans pode ser disponível para imediato carregamento em qualquer cidade nos Estados Unidos ou na Europa, que se garante um mínimo manuseio, segurança para pequenos volumes e menos risco de avarias”.
A foto de um contêiner de aço com dimensões 18 x 8 x 8 pés, era claro, bem diferente dos usados nos dias de hoje e pertencia a Companhia “Bowling Green Storage and Vam Company of New York” estabelecidos desde 1906.
Durante a primeira Guerra
Mundial, renovou-se em grande escala o sistema de agrupar em unidades maiores as peças individualmente soltas afim de poder ser manipuladas com maior rapidez, segurança e o menor risco de avarias.
O Exército dos Estados Unidos idealizou a Conex, Contêineres Expressos, pequeno recipiente de dimensões 8 x 6 x 6 pés de fácil manejo, podendo ser carregado em caminhão ou vagão (trem), o que lhe conferiu resultados altamente positivos em todas as frentes de combate.
No final da década de cinqüenta, um empresário americano, de transporte automatizado, Mr. Malcom P. Mclean, teve a idéia de que seria proveitoso e vantajoso que as caixas montadas em seus caminhões pudessem ser removidas do chassis por intermédio de guindastes e daí prosseguir viagem por via marítima.
Com o apoio das autoridades portuárias do porto de New York, foi posta em prática a idéia, carregando os contêineres no convés das velhas embarcações da época. O grande sucesso da experiência, levou Mclean a comprar velhos navios e transformá-los em navios Porta- Conteineres e, outros armadores diante do êxito alcançado não tiveram dúvidas em seguir os mesmos passos da conteinerização. Por volta de 1957, surgiu o primeiro navio especializado para transporte de contêineres, o “Gateway City”, pertencente a Pan-Atlantic Steamship Corporation, depois denominada SEALAND SERVICE, com capacidade para 226 conteineres de 35 pés de comprimento.
Hoje vemos a conteinerização a todo vapor,
marcando época na história do transporte marítimo.
Padronização
Após o grande desenvolvimento do uso do contêiner, surgiu então a necessidade da padronização de contêineres, isso porque o sistema mundial de conteinerização não podia se desenvolver economicamente e tecnicamente com a multiplicação de dimensões de contêineres.
A estrutura celular dos navios especializados em transporte de contêineres, conhecidos como “Full Containers Ship”, não podia atender ao uso de grandes quantidades de diferentes dimensões de contêineres, deixando de usufruir os benefícios da economia de escala gerada pela padronização, bem como o uso dos seguimentos rodoviários do transporte.
Para essa padronização apresentam-se: ISO - International Standard Organization
ASA- American Standard Association
O Brasil adotou o sistema ditado pelo ISO, seguindo todas as especificações e normas técnicas.
O Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial – INMETRO, de acordo com a normativa N.B.R. 5978780 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT adotou o sistema ISO.
A recomendação ISO – R – 668 de janeiro de 1968, referente a terminologia do contêiner deu as seguintes definições:
O contêiner é um artigo do equipamento de transporte, e deve preencher os seguintes requisitos:
• Ter caráter permanente e ser resistente para suportar o seu uso repetitivo;
• Ser projetado de forma a facilitar sua movimentação em uma ou mais
modalidades de transporte, sem necessidade de descarregar a mercadoria em pontos intermediários;
• Ser provido de dispositivo que assegurem facilidade na sua movimentação particularmente, durante a transferência de um veículo para outro, em uma ou mais modalidades de transporte;
• Ser projetado de modo a permitir seu fácil enchimento e esvaziamento; e
• Ter o seu interior facilmente acessível à inspeção aduaneira, sem a existência de locais onde se possam ocultar mercadorias.
O comitê nr. 104 de 1965 também faz recomendações quanto a terminologia, classificação, dimensão, especificações, métodos de testes ou marcas.
Cerca de 80% dos contêineres em operações no Atlântico Norte são de dimensões padronizadas pela ISO.
Com o objetivo de se definir a ortografia da palavra “Contêiner”, o INMETRO/CONMETRO, através do registro interno de contêineres, oficializou em janeiro de 1980 “Contêiner” no singular e “Contêineres” no plural, publicada posteriormente pela ABNT em 25/07/1980 de N.B.R. 5943 até 5979.
Material Empregado na Fabricação
Para efeito de estudo do material empregado na construção do contêiner, podemos dividi-lo em três partes: estrutura, paredes e piso.
A estrutura é a parte responsável pela resistência, é feita de aço-liga especial e as demais partes são construídas de alumínio, material sintético, aço, madeira ou a combinação destas. O madeiramento do piso recebe um tratamento especial antifungo, aplicado
por meio de
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