O direito a uma vida sem violência contra as mulheres
Abstract: O direito a uma vida sem violência contra as mulheres. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: j2014 • 16/3/2014 • Abstract • 369 Palavras (2 Páginas) • 590 Visualizações
companheira. Pairando expectativa da prisão preventiva, acaso descumprida a
medida cautelar de proibição de contato, prevista no artigo 22, inciso II, alínea “a” da
Lei 11.340/2006, o impetrante aduziu que o iminente receio de prisão estaria em
contradição ao seu direito de ir e vir. Suplicou no recurso a concessão de salvoconduto.
Nos autos da ação em Primeira Instância, o paciente foi proibido de se aproximar da
vítima a menos de 2.000 metros, bem como, de importuná-la por qualquer meio.
Para a desembargadora Clarice Claudino da Silva, relatora do habeas corpus, os
crimes citados caracterizam-se como violência doméstica contra a mulher e obrigam
tutelas de urgência. Estas, por sua vez, explicou a magistrada, têm caráter
auxiliatório à ofendida e vinculativo ao ofensor.
A relatora ressaltou que a medida protetiva possui o único objetivo de assegurar o
direito a uma vida sem violência à mulher. Explicou que a lei 11.340/2006 permite ao
Judiciário, bem como, à Delegacia da Mulher e ao Ministério Público, medidas mais
ríspidas. Em depoimento, constatou-se a ameaça por parte do paciente com o
propósito de evitar o seguimento à ação penal (em curso desde 21/07/2008). A
julgadora não considerou constrangimento ilegal, muito menos, infração do direito de
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ir e vir, previsto pela Constituição Federal. Ressaltou ainda que a liberdade de
locomoção encontra limite no direito do outro de preservação da vida e integridade
física. A desembargadora alertou que o próprio paciente disse em depoimento que
há cerca de seis meses não vai ao apartamento da vítima, ficando claro para a
magistrada, a falta de amparo das alegações defensivas.
O desembargador Luiz Ferreira da Silva, como primeiro vogal, e o juiz substituto de
Segundo Grau Carlos Roberto Correia Pinheiro, segundo vogal, votaram com a
relatora, tornando a decisão unânime.
(Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso. Revista Jus Vigilantibus, Quarta-feira, 15 de abril de
2009)
Passo 2: Agora leia o texto abaixo, que auxiliará na compreensão do artigo
apresentado:
Trata-se de acusado de lesão corporal grave contra sua companheira que, vendo-se
proibido
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