O novo papel das mulheres na famla
Por: julazerbel • 12/3/2018 • Trabalho acadêmico • 1.999 Palavras (8 Páginas) • 213 Visualizações
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PRODUÇÃO EM MÍDIA AUDIOVISUAL
Júlia Zerbieli Ferreira
O NOVO PAPEL SOCIAL DAS MULHERES NA FAMÍLIA
Santa Cruz do Sul
2017
INTRODUÇÃO
O século XXI se caracteriza por diversas mudanças na sociedade, a forma de agir das pessoas, os padrões comportamentais, a grande evolução dos meios de comunicação, os avanços da ciência, os tratamentos alternativos. Em geral, acontece uma desconstrução de um pensamento padronizado que permaneceu por muito tempo, e uma alteração de valores vem acontecendo.
Levando em consideração essa grande mudança na forma de agir e de pensa das pessoas, o presente trabalho viso analisar o novo papel social das mulheres na família, entendendo como esse comportamento se deu durante décadas passadas e como vem sendo atualmente, com base em dados bibliográficos e empíricos.
UM BREVE RELATO DA HISTÓRIA DA MULHER NO BRASIL
Desde os primórdios as diferenças sexuais sempre foram acentuadas por diversos povos do mundo. O sexo feminino era muito associado a fragilidade, era assim ligado a dependência masculina. A forma de educação dentro das famílias partia de que filhas mulheres precisavam ter características para que fossem desejáveis, como esposas e donas de casa. Até os anos de 1827, as mulheres não tinham o direito nem se matricular em universidades, isso vem desde a formação da sociedade brasileira, as mulheres foram excluídas de todo e qualquer direito político. Por exemplo, a Carta Outorgada do Império (1824) e a primeira Constituição da República (1891) não lhes concederam o direito de votar e nem de serem votadas[1]. O que durou até meados do século XX, e não apenas aqui no Brasil, mas isso era um situação de quase todos os países do mundo. As mulheres eram consideradas cidadãs de segunda categoria.
Durante o século XIX, Melmam (2006) ressalta que as famílias viviam em grandes fazendas rodeadas dos filhos e escravos, a maior parte da alimentação era produzida na própria fazenda e, por isso, quando a criança- menino-, alcançava algum tipo de independência, logo era misturada aos adultos para trabalhar. Essa decisão partia do senhor da casa, aquele que tinha o papel de chefe da família, pai, marido e comandante da tropa, e o restante da família o respeita e seguia suas regras e normas.
Durante esse período da história, as mulheres nunca se calaram, porém muito levou para que ela começasse a ter direitos como acesso à educação, o direito de voto. Elas também se envolverão grandes movimentos que ajudaram a construir a nação, como as lutas pela independência, a campanha abolicionista, a proclamação da República etc.[2]
Aos poucos mudanças começaram a acontecer no que diz respeito a vida da mulher em casa, ela começou a ocupar mais espaço na vida social, e segundo Castells (2002), essa mudança se intensificou nos últimos quatro séculos, quando a mulher deixou de trabalhar apenas em casa, para trabalha no comercia, passando assim os dias fora de casa.
Assim, as tarefas em casa passaram a ser divididas entre o resto da família, cuidar das crenças não era mais responsabilidade única da mulher, o pai começou a fazer parte desse meio.
O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres, por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX[3]. É um marco para ser lembrado das dificuldades que a nação feminina enfrentou para alcanças os direitos que tem hoje. Foram décadas de tentativas, luta, fracasso, e novas lutas, até chegar aos dias atuais.
ULTIMAS DECADAS DO SÉCULO XX
No século XIX, com o surgimento da revolução industrial, a mulher deixou de prestar somente afazeres domésticos para ir às industrias, trabalhar nas fábricas, como vimos anteriormente. No entanto, foi só no século XX que o papel da mulher realmente mudou. A escolaridade e a profissionalização acarretam em um grande contato de maneira constante com a sociedade. A reconstrução dos movimentos feministas conseguiram uma série de conquistas, entre eles o direito de voto, ocorrido no Brasil em 1932 na Era Vargas[4].
Assim, a inserção da mulher na política é um dos principais pontos na atual discussão do papel social feminino. Foi em 1927 que a primeira mulher brasileira tirou o título de eleitora, Celina Guimarães Viana, o nome que ficou na história. Mesmo após 85 anos do direito de voto da mulher, nas últimas eleições, os cargos políticos foram ocupados apenas por 10% de mulheres, conforme pesquisas do Tribunal Superior Eleitoral[5].
Também foi no século XX que as mulheres conquistaram seus direitos nos esportes. Em 1900 foi aprovado a participação das mulheres, mas só em 1924, nas olimpíadas de Paris, elas oficialmente puderam participar. Porém, as atletas ainda sofrem muito preconceito, principalmente em esportes considerados, pela sociedade, masculinos.
Coelho (2006) coloca ainda, que só no início dos anos 90 é que a mulher conquistou uma redefinição de papéis e identidades masculina e feminina, e essas mudanças e conquistas ocorreram devido ao trabalho e a modernização do mundo. Portanto, essas variações de estruturas familiares, para Coelho 7 (2006), vão de acordo com o ciclo de desenvolvimento de um determinado grupo familiar e são essas variações que dão lugar aos novos arranjos familiares. Há nesse período uma relativa divisão de tarefas domésticas e financeiras, sendo os homens mais envolvidos nas tarefas do dia-a-dia do lar e a mulher assumindo o sustento financeiro parcial ou total da família.
O século XX encera ainda com divisão no trabalho de homens e mulheres, mas nada compara a outros tempos, porém as mulheres não aceitam mais essa condição de subalternidade, enfrentaram e conquistaram a cada dia mais espaço nos locais públicos. A busca pela formação profissional é outro fator que contribui para a verdadeira emancipação feminina, que repercutem e interferem nos espaços públicos e privados da sociedade brasileira.
A MULHER DO SÉCULO XXI
Atualmente a Mulher trabalha, é mãe, é amante e ainda tem tempo para ser. Assumiu claramente que é diferente dos Homens, física e psicologicamente, mas que essas diferenças significam tudo menos inferioridade.
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