ORIGENS DO DO
Trabalho Universitário: ORIGENS DO DO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: SILLE • 24/3/2014 • 3.959 Palavras (16 Páginas) • 1.051 Visualizações
ORIGENS DO DO
o movimento de DO surgiu a partir de 1962 como um conjunto de idéias a respeito do homem, da organização e do ambiente, no sentido de facilitar o crescimento e o desenvolvimento das organizações. No sentido restrito, o DO é um desdobramento prático e operacional da Teoria Comportamental em direção à abordagem sistêmica. Não se trata de uma teoria administrativa propriamente dita, mas de um movimento congregando vários autores no sentido de aplicar as ciências do comportamento – e principalmente a teoria comportamental- na Administração. A maioria desses autores é constituída de consultores que se especializaram em DO.
As origens do DO são atribuídas a vários fatores, a saber:
1. A dificuldade de operacionalizar os conceitos das diversas teorias administrativas, cada qual trazendo uma abordagem diferente. O DO resultou dos esforços da Teoria Comportamental para promover a mudança e a flexibilidade organizacional. Apenas o treinamento individual, grupal ou organizacional não provoca a mudança. É necessário também estabelecer um programa coerente de mudança de toda a organização.
2. Os estudos sobre a motivação humana demonstraram a necessidade de uma nova abordagem da Administração para interpretar a nova concepção do homem e da organização baseada na dinâmica motivacional. Objetivos dos indivíduos nem sempre se conjugam com os objetivos organizacionais, levando os participantes da organização a um comportamento alienado e ineficiente que retarda ou impede o alcance dos objetivos da organização.
3. A criação do National Training Laboratory (NTL) de Bethel em 1947 e as primeiras pesquisas de laboratório sobre o comportamento de grupo. O Treinamento da Sensitividade (ou educação em laboratório) através de T-Groups foi o primeiro esforço para melhorar o comportamento de grupo.
4. A publicação de um livro, em 1964, por um grupo de psicólogos do National Training Laboratory, expondo suas pesquisas com T-Groups, os resultados com o treinamento da sensitividade e as possibilidades de sua aplicação dentro das organizações. Leland Bradford, o coordenador do livro é considerado o precursor do movimento de DO.
5. A pluralidade de mudanças no mundo, a saber:
a. Transformações rápidas e inesperadas do ambiente organizacional.
b. Aumento do tamanho e da complexidade das organizações.
c. Diversificação e complexidade da tecnologia, exigindo integração entre atividades e pessoas e de competências diferentes.
d. Mudanças no comportamento administrativo devido a um:
I. Novo conceito de homem baseado no conhecimento de suas mutáveis e complexas necessidades, substituindo a idéia do homem ultra-simplificado, inocente e do tipo 'aperta-botões'. Novo conceito de poder, baseado na colaboração e na razão, em lugar do modelo de poder baseado na coação e ameaça.
II. Novo conceito de valores organizacionais, baseado em ideais humanístico democráticos em lugar do sistema despersonalizado e mecanístico da burocracia.
III. A grande invenção do final do século XX foi a inovação. Ela passou a modificar a vida da sociedade, das organizações, do homem e da sua visão do mundo. O DO é uma resposta às mudanças e à inovação.
6. A fusão de duas tendências no estudo das organizações: o estudo da estrutura e o estudo do comportamento humano nas organizações, integrados por meio da abordagem sistêmica. A teoria de sistemas aglutinou aspectos estruturais e comportamentais, possibilitando o surgimento do DO.
7. Os estudos sobre conflitos interpessoais, pequenos grupos, passando à administração pública e depois a vários tipos de organizações (indústrias, empresas de serviços, organizações militares e religiosas etc.), Recebendo modelos, procedimentos e métodos de diagnóstico de situação e de ação. O DO surgiu como uma especialidade da Psicologia e uma continuação do behaviorismo, sendo um passo intermediário entre a Teoria Comportamental e a Teoria de Sistemas e que somente se firmou quando incorporou a abordagem sistêmica no tratamento das organizações. Foi com o DO que a Teoria da Contingência estabeleceu suas bases definitivas. Os principais autores do DO são behavioristas a caminho da Teoria da Contingência."
8. Os modelos de DO se baseiam em quatro variáveis básicas: ambiente, organização, grupo e indivíduo. Os autores exploram a interdependência dessas variáveis para diagnosticar a situação e intervir em aspectos estruturais e comportamentais para provocar mudanças que permitam o alcance simultâneo dos objetivos organizacionais e individuais.
AS MUDANÇAS E A ORGANIZAÇÃO
O conceito de DO está relacionado com os conceitos de mudança e de capacidade adaptativa da organização à mudança que ocorre no ambiente. Isso levou a um novo conceito de organização e de cultura organizacional.
SISTEMAS MECÂNICOS SISTEMAS ORGÂNICOS
A ênfase é individual e nos cargos da organização
Relacionamento do tipo autoridade-obediência
Rígida adesão à delegação e à responsabilidade dividida
Divisão do trabalho e supervisão rígida
A tomada de decisão é centralizada
Controle rigidamente centralizado
Solução de conflitos por meio de repressão, arbitragem e/ou hostilidade.
Ênfase nos relacionamentos entre e dentro dos grupos
Confiança e crença recíprocas
Interdependência e responsabilidade compartilhada
Participação e responsabilidade grupal
A tomada de decisão é descentralizada
Compartilhamento de responsabilidade e de controle
Solução de conflitos através de negociação ou solução de problemas.
Quadro 1. Diferenças entre sistemas mecânicos e sistemas orgânicos
Um novo conceito de organização
Para os autores do DO, o conceito de organização é tipicamente behaviorista: "a organização é a coordenação de diferentes
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