OS NOVOS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
Por: emerson1974 • 11/5/2019 • Trabalho acadêmico • 5.237 Palavras (21 Páginas) • 208 Visualizações
OS NOVOS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
Emerson Roberto de Oliveira[1]
Cinara Ourique do Nascimento[2]
RESUMO
Este estudo apresenta algumas ferramentas de utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na Educação a Distância, modalidade de ensino que será cada vez mais utilizada pelos estudantes sobretudo, a partir do Ensino Médio. Assim como, a interação e a interatividade tão indispensáveis dos estudantes que utilizam tais ferramentas e por fim, quais seriam as mais indicadas para que ocorra o ensino com qualidade. Assim, foi realizada uma revisão bibliográfica com a intenção de mostrar as discussões de alguns dos teóricos sobre a temática da Educação a Distância, através da utilização de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) e suas ferramentas. Além do perfil dos estudantes frente a estas novas tecnologias, especialmente sobre sua postura autônoma na utilização das mesmas. Como resultados se percebeu que a utilização das novas tecnologias é algo irreversível mas, muito importante no processo de ensino principalmente com os aplicativos. Porém, não há fórmula pronta ou consenso sobre o processo, cabendo a todos os atores da Educação a Distância realizarem com competência os seus papeis. Governos e instituições escolares proporem currículos elaborados e disponibilizarem as condições necessária à utilização das novas tecnologias; professores capacitados e interessados na melhoria da qualidade de suas aulas; e o ator principal, o aluno, ter interesse e não ser passivo, na busca de adquirir novos conhecimentos, agindo com autonomia e interação, pois, sem isto não haverá ensino aprendizagem com qualidade.
Palavras-chave: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Educação a Distância (EaD). Interação. Autonomia.
1 Introdução
O acelerado avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação -TIC’s, continuam transformando a forma de preparar, adquirir e de ensinar. Por isso que os sistemas educativos com seus modelos e estratégias precisam se habituar a uma nova sociedade, que está cada vez mais envolvida com as TIC’s, já que estas perspectivam inúmeras possibilidades de revigorar o conteúdo dos cursos e métodos pedagógicos. A educação está cada vez mais competitiva e para alavancar um melhor nível educativo se requer o apoio de ferramentas tecnológicas que ajude no processo de ensino aprendizagem dos estudantes, como materiais didáticos, e que tendam a nortear e motivar os estudantes na construção do próprio conhecimento, em outras palavras, que sirvam de auxílio no processo de aprendizagem dos mesmos por intermédio de sistemas pedagógicos inovadores utilizando ferramentas tecnológicas.
Segundo a Lei 13.415 de 16 de fevereiro de 2017, traz mudanças expressivas, para o Ensino Médio, uma vez que 20%, das aulas do diurno poderão ser na modalidade a distância, 30% no noturno e até 80% para o EJA.
Nesta perspectiva, a educação a distância chegará a milhões de alunos país a fora e as a novas tecnologias terão um papel fundamental neste processo. Porém, para que a Educação a Distância atinja seus objetivos e faça que o aprendizado seja significativo ao aluno, uma série de fatores necessitam convergir, entre eles o papel deste aluno.
Partindo desta premissa, se faz uma profunda reflexão sobre o efeito que a modalidade de Educação a Distância poderá exercer sobre os alunos. Nos perguntamos será que o aluno do Ensino Médio, verdadeiramente irá interagir? Quais são as ferramentas que despertam o maior interesse do aluno? E, fundamentalmente, o aluno do Ensino Médio, maturidade e, autonomia para usar em um Ambiente Virtual de aprendizagem?
Este estudo tem por objetivo analisar a postura madura, autônoma e responsável dos alunos de Ensino Médio de disciplinas em EAD, que em um futuro próximo serão ofertadas na rede pública de ensino. Além de sua interação com colegas e professores em um AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), assim como, as ferramentas tecnológicas, que mais chamam a atenção dos mesmos, propiciando um ensino aprendizagem significativo.
Desta forma, este artigo expõe o contexto da abordagem dos novos desafios da educação a distância no Brasil em quatro seções. A primeira seção define o conceito de educação a distância no país de acordo com o artigo 1º do Decreto nº 2494/1998. Além das exposições de autores como Keegan, Moore, Moran e Cardoso, desde o significado da expressão educação a distância, como ela se modificou através dos tempos e o difícil papel do professor de cursos em EaD, onde o grande desafio é tornar as informações mais próximas e significativas, auxiliando os alunos na sua aprendizagem.
Na segunda seção são abordados os temas de interação e interatividade, tanto na concepção de Piaget e de Vygotsky que citado por Lacombe, comentam que para ocorrer um bom aprendizado é necessário que haja a interação do sujeito e do objeto. E Belloni vai além, quando apresenta que a interação deve ser recíproca “entre dois ou mais atores onde ocorre intersubjetividade, isto é, encontro de dois sujeitos — que pode ser direta ou indireta (mediatizada por algum veículo técnico de comunicação, por exemplo, carta ou telefone)”.
Já a terceira seção, apresenta as ferramentas tecnológicas educacionais de diferentes gerações e vai em busca das preferidas pelos alunos na atualidade. Expõe desde as definições de Geaquinto para as ferramentas tecnológicas, passa pelas considerações de autores como, Pocho, Aguiar e Sampaio que as distinguem entre independentes, as que não necessitam de aparelhos elétricos, eletrônicos ou digitais e os dependentes, que necessitam então destes aparelhos para serem utilizados. Deste modo, estas ferramentas também são chamadas de TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), pois, auxiliam no ensino-aprendizado, tornando o mesmo mais atrativo aso alunos. E as concepções de autores como Rörig e Backes para o AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), Sabbatini apresentando a plataforma Moodle e Barros e Geraldine Torrisi-Steele trazem a discussão os dispositivos móveis e com eles os seus aplicativos.
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