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OS TIPOS DE CONHECIMENTOS CIENTIFICOS

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Por:   •  27/8/2014  •  4.080 Palavras (17 Páginas)  •  387 Visualizações

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PRE HISTORIA CONTABIL BRASILEIRA*

Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá

Presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis

Reitor do Centro de Estudos Superiores de Contabilidade do CRC-MG

Presidente do Instituto de Pesquisas Augusto Tomelin

Presidente de Honra do Centro de Estudos de Historia da Contabilidade da APOTEC, Portugal

20/07/2005

Homenagem do autor à Universidade de Messina, Sicília, Itália, em seus 450 anos de existência (1.548 - 1998) e à Sociedade Italiana de História da Contabilidade

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HOMEM PRE HISTÓRICO E A HOMINIZAÇÃO - OBJETO DE NOSSA PESQUISA

O caráter evolutivo da raça humana, segundo Chardin, fez com que o homem passasse da condição emocional primitiva para uma outra e que foi a racional, ainda que também primitiva .

A esse processo transformador, sempre constante, o ilustre escritor denominou de «hominização».

Tudo faz crer que a existência de seres que possuíam já um sentido evolutivo maior parece superar 100.000 anos, embora a existência do mais próximo similar do homem, como animal, no planeta, segundo descobertas feitas há pouco tempo, pareça ser de muitos milhões de anos.

Quando o «homo sapiens» chegou ao estágio de construir sua história, tendo-se já formado física e mentalmente, superando o campo apenas emocional, começaram a se constituir progressos, dentre eles o da manifestação do pensamento, através de símbolos.

O símbolo antecedeu à palavra escrita e exatamente não sabemos quando ocorreu, apenas que foi um recurso da inteligência, competente para ativar memórias de um homem já com o uso de sua razão.

O intervalo de dezenas de milhares de anos entre a época que se atribui para o surgimento do «homo sapiens» e aquele do Paleolítico Superior, entretanto, é também uma outra incógnita .

Dentro de seus recursos, todavia, a arqueologia nos prova, através de suas conquistas, que tanto a arte como o aparecimento da conta, formaram preocupações básicas dos homens da idade da pedra, representando um inequívoco sinal de progresso.

Os historiadores mais famosos de nossa disciplina e eméritos arqueólogos mencionam e identificam, em suas obras, tais manifestações inteligentes como ocorridas entre 10 e 20 mil anos atrás, ou seja, dentro desses largos períodos últimos da pré-história.

Admitimos, pela matéria que tivemos concretamente em exame, que as pesquisas que realizamos situam-se nesse período.

PALEOLÍTICO SUPERIOR E CULTURA

Quando o ser humano alcançou o período lítico, no Paleolítico Superior, parecia já estar com apreciável somatória de progressos em seu cérebro, competentes para permitir uma produção de inscrições, pinturas e esculturas, tão como suprir uma indústria elementar, com maior qualidade que a dos períodos mais longínquos passados.

Embora os estudos sobre épocas mais remotas tenham denunciado a construção até de casas bem primitivas, não se conhece manifestações gravadas que autorizem a denunciar um período com a característica do paleolítico superior quando a função apenas do domínio da emoção começou a ser melhor governada no cérebro humano .

Superada, pois, a limitação do emocional, o homem volveu ao racional e quando o fez, imprimiu modificações de comportamentos.

A organização familiar, além dos moldes simplesmente afetivos, parece ter dado origem a uma célula que formaria a base das sociedades e que seria, entendo a azienda primitiva.

Masi admite, expressamente, que a organização aziendal surge em período que antecede ao paleolítico, embora reconheça que as provas dessa evidência sejam tênues e que só a suposição possa fortalecer essa hipótese.

No que tange aos registros, pinturas e incisões nas grutas, todavia, quer porque fosse uma opção de habitação do homem primitivo, quer porque representasse algo protetor e até místico, sabemos que inscrições prosseguiram sendo feitas por milênios, mesmo após ao Paleolítico Superior, passando pelo Neolítico e continuando até o ano 2.000 A . C.

São alguns exemplos as cenas de rituais, em grafito, na gruta Addaura, no Monte São Pelegrino, em Palermo, as de Cogul, na Espanha e de Tassil no Saara.

Por representar o Paleolítico um marco decisivo para o avanço que se estabeleceria com as eras seguintes, os estudos desse período são referências culturais que devem ser consideradas com grande respeito.

HISTÓRIA DA CONTA E HISTÓRIA DA ARTE

As histórias da arte e da Contabilidade, assim como a das matemáticas, iniciam-se ao mesmo tempo e de forma concreta no Paleolítico, segundo Goody.

Ceccherelli admite que a história da conta nasce com a história do homem, ou seja, foi ela uma vigorosa manifestação do racional, tão antiga quanto a de reproduzir em signos os pensamentos e informações .

O processo lógico contabilístico, atado, como sempre se encontrou, às tendências quantitativas, como afirma o emérito mestre Giuseppe Galassi, só poderia ter sido o embrião desse esforço inicial de traduzir em símbolos os fatos patrimoniais.

Nessas condições é possível admitir-se que a conta surge com as primeiras evidências inteligentes do ser, quando a este foi permitido gravar e pintar, nascendo a conta, pois, com os albores da civilização e antes que o homem tivesse a escrita e antes que pudesse calcular .

SIMBOLISMO E CONTA

O lúcido arqueólogo brasileiro A. Brandão escreveu, em tese sobre a escrita pré-histórica do Brasil, que em razão do homem primitivo não ter que guardar muita coisa em sua memória, porque as informações eram poucas, tinha ele a capacidade de com apenas um símbolo memorizar grande quantidade de fatos, daí sendo reduzida e simbólica a inscrição.

Ao registrar, pois, um simples traço, um ponto, já tinha condições de ao revê-lo, memorizar uma grande quantidade de informações e que lhe eram ditadas pelos signos.

Tal tese tem lógica em sua concepção e parece mesmo guiar a própria orientação da fase escrita pictórica, milênios depois.

Sabemos, por exemplo, que na escrita hieroglífica do Egito antigo um singelo desenho lembrava

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