Obessao Pela Beleza
Artigos Científicos: Obessao Pela Beleza. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anneventurim • 23/3/2015 • 677 Palavras (3 Páginas) • 262 Visualizações
Os padrões de belezas na sociedade
Assistimos neste início de século XXI, em quase todos os cantos do planeta, a uma crescente exaltação das aparências corporais, onde os indivíduos fazem quase tudo (ou às vezes tudo) para manter seu corpo dentro dos modelos construídos e dominantes. Não são poupados esforços para se ter um corpo magro, musculoso, jovem, lipoaspirado, siliconado, implantado, anabolizado, bronzeado, ou seja, o corpo que é propagado como perfeito e sem defeitos, isto é, um corpo que pode ser exibido sem constrangimentos, já que está dentro do padrão.
O ser humano contemporâneo busca salientar através do seu corpo valores relativos a beleza, saúde, higiene, lazer, alimentação e atividades físicas que orientam um apanhado de comportamentos que explora um estilo de vida. A obsessão com a magreza, a multiplicação dos regimes, a disseminação da lipoaspiração, dos implantes de próteses de silicone, a aplicação de botox para esconder as rugas se tornam um modelo cada vez mais acentuado na atualidade. Por exemplo, aparentar ser velha é motivo de vergonha e exclusão para muitas pessoas. Del Priore (2000) cita que, nos dias atuais, o corpo feminino cria sua identidade à partir da “tríade beleza-saúde-juventude”. Ela ainda afirma que as mulheres são levadas, cada vez mais a associar a beleza de seus corpos com a juventude, e a juventude com a saúde. Neste sentido Del Priore menciona que:
“Diferentemente de nossas avós, não nos preocupamos mais em salvar nossos corpos da desgraça da rejeição social. Nosso tormento não é o fogo do inferno, mas a balança e o espelho. Libertar-se, contrariamente ao que queriam as feministas, tornou-se sinônimo de lutar centímetro por centímetro, contra decrepitude fatal. Decrepitude, agora, culpada, pois o prestígio exagerado da juventude tornou a velhice vergonhosa.”
Tendemos a buscar aquele corpo que já está definido e divulgado através das mais variadas formas de aculturação como sendo o corpo mais apreciado e mais potente. Dificilmente observamos no meio publicitário como, capa de revistas, novelas e outdoors, algum corpo que fuja das formas de um corpo magro, branco, jovem e ocidentalizado, ao menos que este esteja associado ao ridículo ou ao excluído.
Na atualidade assistimos a uma infinidade de intervenções em modificação corporal tais como: implante de próteses de silicone em várias partes do corpo, modificação do tipo do fio do cabelo por diversos processos químicos, lipoaspirações, lipoesculturas, entre outras. Tudo isso aproxima a população feminina da apropriação deste corpo padrão que é divulgado a todo tempo pelos veículos midiáticos, seja através das telenovelas, das revistas, das propagandas nos outdoors, nos folders distribuídos em lojas de roupas, entre outros. Somos bombardeados o tempo inteiro com essas imagens que fazem com que desejemos alcançar este corpo padrão. Quanto a isto Del Priore cita que:
Mais do que nunca, a mulher sofre prescrições. Agora, não mais do marido, do padre ou do médico, mas do discurso jornalístico e publicitário que a cerca. No inicio do século XXI, somos todas obrigadas a nos colocar a serviço de nossos próprios corpos. Isso é, sem dúvida, uma outra forma de subordinação. Subordinação, diga-se, pior do que a
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