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Oleo De Lorenzo

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Por:   •  28/10/2013  •  1.126 Palavras (5 Páginas)  •  426 Visualizações

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Introdução

O Óleo de Lorenzo é uma história verídica que retrata o sofrimento de um menino, Lorenzo Odone, e sua família. Aos oito anos, Lorenzo começou a demonstrar os sintomas de uma rara doença genética e incurável, a adrenoleucodistrofia, nos levando a questionar a passividade da ciência quanto a casos como esse onde o desengano e frieza demonstrados por profissionais da área contrastam com o sofrimento não só dos pacientes, como também de suas famílias.

Ao serem informados desse terrível diagnóstico de seu filho único, os pais de Lorenzo não se conformam e dão início a uma batalha não só científica como também social, a fim de entender a doença que lentamente destruía o cérebro de Lorenzo, deixando-o cego, surdo, paralítico, incapaz de engolir e de se comunicar e, por não serem acadêmicos da área, de aceitação diante da comunidade em geral. Sendo assim, eles decidiram estudar livros de Medicina e os poucos artigos científicos da época. Tudo que pudesse ajudar na compreensão do mecanismo de ação desta doença e assim poder discutir com os médicos e estudiosos a melhor forma de tratamento para amenizar os sintomas de Lorenzo.

O método científico adotado pela sociedade civil e pela comunidade científicas, ambas relutantes a aceitar quaisquer resultados de leigos, é a experiência, o conhecimento empírico, negando, então, o saber científico através da experimentação.

Discussão

Imagine-se nos corredores de um hospital, submetido à autoridade dos médicos e burocratas e sem outra opção a não ser esperar. “Logo nas primeiras cenas do filme, um fato se sobressai: o sofrimento ao qual o menino é submetido e as dificuldades da ciência em diagnosticar. A fala fria e científica do médico, ao informar o diagnóstico, contrasta com o desespero dos pais.” O médico oferece absoluta certeza que não há mínima possibilidade de cura.

Os pais de Lorenzo sem aceitar passivamente o diagnóstico, passaram a se dedicar ao estudo dos mecanismos básicos celulares. Inicialmente, buscavam aprender e entender como as células do organismo funcionam. Passavam dias e noites em bibliotecas, mergulhados em livros em uma época em que computadores pessoais e Internet eram palavras completamente desconhecidas. Por vezes, o marido trazia livros para casa, como forma de fazer com que a sua esposa o ajudasse nas pesquisas. Quando eles acreditavam que haviam encontrado alguma informação relevante, procuravam médicos e professores de cursos de Medicina e discutiam com eles suas idéias, sempre buscando encontrar uma forma de tratamento que minimizasse o sofrimento de Lorenzo.

As dificuldades encontradas foram enormes, como: preconceitos de profissionais, por serem eles leigos em Bioquímica e Medicina e não aceitarem que pessoas sem nenhuma formação acadêmica nessa área pudessem raciocinar de forma tão eficaz, e achar possíveis formas de tratamentos; as autoridades científicas relutam em aceitar os avanços obtidos nas pesquisas realizadas externamente ao seu controle¹; enquanto outro fator é a impossibilidade de realização de testes em humanos, de tratamentos ainda não autorizados pelo órgão que fiscaliza a saúde nos Estados Unidos, assunto este que foi debatido em um encontro da Associação dos Pais, na qual apenas uma mãe sabia da eficácia do Óleo de Lorenzo, cobrando então das autoridades maior eficácia e rapidez na regularização do tratamento. Além da dificuldade em encontrar químicos com competência para produzir a fórmula dos óleos que eles acreditavam poder curar Lorenzo, sendo uma das maiores dificuldades, o custo para o processo e o tempo gasto no mesmo.

Mas a resistência não é apenas dos médicos: os demais pais, cujos filhos sofrem da mesma doença de Lorenzo, não aceitam, a princípio, que alguém fora da Academia possa atingir o saber científico¹. Ou seja, negam legitimidade ao saber não-diplomado. “Querem ensinar os médicos”, acusa uma mãe.

Augusto Odone realiza uma pesquisa científica com o método: Renée Descartes explana que o método científico consiste em duvidar, dividir, ordenar e revisar, e é exatamente o que a família Odone faz. Mesmo sendo questionados por duvidarem dos médicos, eles defendem, sem saber, o que seria objeto de estudo metodológico: só existe aquilo que pode ser provado, sendo o ato de duvidar indubtável.

Em meio a tantas dificuldades

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