Organizações inovadoras

Mudança: palavra que caracteriza nosso período histórico. Transformações que se processam de maneira radical e profunda, afetando todas as áreas de nossa vida.

Muitos aspectos do novo cenário mundial já estão em desenvolvimento e exercem impacto tanto na vida das organizações quanto na dos indivíduos.

Os autores do livro-texto concentram-se em determinadas áreas e as denominam de o novo contexto. Além disso, três fatores são escolhidos para exemplificar as razões das mudanças: o primeiro, as novas tecnologias; o segundo, um fator-chave da variável social, chamado de a nova demografia; o terceiro, a globalização.

Para facilitar o levantamento dos acontecimentos externos à organização, emprega-se o PESTLE - modelo utilizado na análise do ambiente quando se realiza o planejamento estratégico organizacional (verifique a Figura 4.1 do livro-texto, p. 48). A sigla representa as variáveis políticas, econômicas, sociais, tecnológicas, legais e ecológicas. Os autores incorporam ao modele a ética e ele, então, é ampliado para PESTLEE, estrutura que apresenta vantagens e desvantagens.

Ao olhar para o século XX, constata-se que a cada 30 anos uma nova ciência ou um novo desenvolvimento tecnológico emerge e ocasiona modificações na sociedade. No primeiro terço do século XX, foi a revolução da química. No segundo, foi a vez da física e, no terço final, a tecnologia da informação e das comunicações. E, finalmente, a biologia.

A nova demografia é considerada a área de maior impacto, pois não é possível realizar previsões e, consequentemente, estruturar planejamentos.

Há um envelhecimento progressivo das sociedades, ou seja, nascem cada vez menos pessoas e a expectativa de vida aumenta devido aos avanços na área da saúde.

Finalmente, temos a globalização. "O mundo passou, no curso do último quarto do século XX, de um sistema econômico internacional, em que a unidade de análise eram os países individualmente considerados, para um sistema econômico global. A globalização não significa homogeneização do espaço mundial, mas, ao contrário, diferenciação e especialização" (livro-texto, p. 53).

A questão é que o avanço tecnológico, unido à radicalidade e à rapidez com que se operam as transformações, obriga as empresas a empreenderem um processo de reestruturação. Porém, a maioria das organizações continua a atuar em moldes tradicionais. E se tais organizações não passarem por transformações, em breve estarão fora do mercado.

As Figuras 5.2 (p. 58) e 5.3 (p. 59) do livro-texto apresentam muito bem o ambiente de turbulência ambiental, oposto ao de estática ambiental, onde devem atuar as organizações inovadoras.

Sistemas aperfeiçoados de planejamento tornam-se fundamentais, uma vez que não há mais condições de prever o futuro.

Importante afirmar que as organizações inovadoras assumem fortemente seu papel como sistema aberto, diferentemente das tradicionais, que conseguiam sobreviver sem grandes alterações.

As organizações inovadoras, opondo-se às tradicionais, centram-se no capital humano. Um novo sistema organizacional chamado de ad-hocracia pelo autor Alvin Toffler substitui a burocracia.

O ser humano terá de se adaptar ao novo contexto e se educar para seu novo papel organizacional. Toda a discussão sobre processos de aprendizagem desenvolvida na aula-tema 01 é colocada novamente, pois a aquisição de novos conhecimentos torna-se uma forma de sobrevivência.

Faz-se necessário, também, ter maior flexibilidade e capacidade de adaptação diante das novas situações. O maior desafio será a capacidade psicológica em lidar com todas as exigências colocadas.

É o século da sociedade do conhecimento, e a educação formal deve substituir a experiência. "O conhecimento tornou-se o meio de produção por excelência,