Orçamento público

A má qualidade dos serviços públicos é completamente contraditória com as arrecadações fiscais do nosso país. Como pode um país com umas das maiores cargas tributárias do mundo oferecer os piores serviços públicos para sua população?

Para responder a esse questionamento é bem simples. Basta notar a situação da nossa educação básica e o grau de corrupção que existe no Brasil.

Uma simples observação nos faz remeter a seguinte situação lógica: as receitas da União são estratosféricas, diretamente proporcionais à sua corrupção e sonegação, somando-se a grande ignorância da maioria do povo brasileiro, fruto de sua péssima educação, resulta em serviços públicos ineficazes, má qualidade de vida e insatisfação por parte da população.

Mas isso possui uma explicação histórica. Observando a forma de gestão governamental dos nossos colonizadores portugueses, onde outorgavam impostos para subsidiar farras e desperdícios, é fácil notar que esse problema é hereditário.

Sobre o texto, o mesmo mostra uma realidade bastante intrigante: “pagamos impostos de país rico, recebemos em contrapartida serviços de país pobre. Os Estados Unidos, a nação mais rica do mundo, arrecadam proporcionalmente menos impostos que o Brasil — a carga tributária brasileira é de 36% do PIB e a americana, de 27%.”

Esse indicador mostra como o país possui mau gestores, pessoas más intencionadas e aproveitadoras das facilidades do dinheiro público. Sabemos o quanto nosso país possui capital para investimentos nos setores de necessidade básica – educação, saúde, transporte e segurança, mas não adianta apenas ter recursos, se os nossos representantes não alocam corretamente os investimentos para onde deveriam ser. E não só alocar, mas trabalhar para que a coisa dê certo. Não adianta “entupir” um hospital de remédios se não existe uma infra-estrutura decente para atender a demanda.

Cada vez mais se demanda dos serviços públicos, porém o que deveria ser atividade básica dos órgãos públicos, acabam que ficando em segunda instância, visto que nossos políticos primeiro alimentam o bolso para servir o bem-estar próprio e o que sobra fica para servir o bem-estar da população.

IMPOSTOS LÁ EM CIMA, SERVIÇOS PÚBLICOS LÁ EMBAIXO, Revista Exame, 2013. Disponível em <http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/104402/noticias/impostos-la-em-cima-servicos-publicos-la-embaixo?page=2> Acesso em 14 ago 2014.