Os Benefícios do Orçamento na Construção

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ENCONTRO 10: Benefícios do orçamento na Construção Civil

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1 Introdução

Olá, estudante. Tudo bem?

Anteriormente, nós vimos a importância da apropriação dos custos de obra para obter um custo final de um empreedimento próximo àquele orçado na fase de planejamento. Contudo, muitas vezes, a elaboração de uma planilha orçamentária simplória ou pouco detalhada pode desconsiderar serviços que tenha significativo impacto no custo final de uma atividade. Imagine a execução da estrutura de concreto armado que falamos na Trilha de Ensino e Aprendizagem de número 8, em que abordamos apenas o serviço de concretagem. Além da concretagem, para compor o preço final desta estrutura, geralmente em volume, devemos também levar em consideração a montagem do cimbramento e das formas e a fabricação da armação.

De modo geral, obras de pequeno porte em nosso país sequer possuem algum tipo de de planilha orçamentária. Os orçamentos elaborados são muitas vezes feitos por pedreiros, vendedores de lojas de materiais de construção ou até mesmo pelo proprietário, de forma simples e intuitiva, sem considerar as especificidades de cada edificação e as taxas de consumo/produtividade de cada serviço. Mas vamos lá, quais são os principais benefícios do orçamento na Construção Civil?

Bom, infelizmente não conseguiremos descrever aqui todos eles, mas tentaremos apresentar durante essa Trilha alguns mais marcantes. Uma grande vantagem do orçamento na Construção Civil é a capacidade de detalhar os custos de cada etapa, de forma hierarquizada e segregada. Essa segregação permite uma melhor visualização das etapas mais críticas em termos de custos unitários básicos (CUBs), permitindo ao gestor da obra avaliar cautelosamente os insumos associados e evitar potenciais desperdícios durante o processo de execução, por se tratar de serviços onerosos.

O segundo benefício, estritamente associado a lógica sequencial das atividades dispostas na planilha orçamentária, é a capacidade de intervir no orçamento de serviços futuros em decorrência de sobras ou desperdícios de etapas anteriores. Imagine, que para a fase de execução de uma fundação do tipo radier de uma residência, foram utilizados entulhos de demolição da estrutura pré existente no terreno, diminuindo o consumo de cimento, areia e brita estimados para essa fase.  Dessa forma, o gestor pode reajustar a planilha considerando essa economia de materiais para atividades futuras que os consumam, tal como a execução da estrutura.  Essa capacidade de ajuste da planilha pode reduzir custos e garantir uma obra mais racionalizada.

O último benefício que apresentaremos é a taxa de BDI, mas para ela reservamos uma seção exclusiva apresentada a seguir.

Saiba Mais

Segundo Carvalho (2019) “para que o orçamento possa ser elaborado, o orçamentista precisa ter em mãos alguns documentos. O principal deles é o projeto: é necessário que se tenham as pranchas ou modelagem de todos os projetos a serem utilizados na construção: arquitetônico, estrutural, de instalações hidrossanitárias, elétricas, proteção contra descargas atmosféricas, de prevenção contra incêndios, mecânica, ar-condicionado, elevador, ventilação, lógica, paisagismo, dentre outros, além dos seus respectivos memoriais descritivos. Contudo, sabe-se que grande parte dos projetos ainda não está na sua versão final (para execução) quando se necessita ter uma noção de quanto o empreendimento vai custar; é aconselhável elaborar orçamentos para conhecer os custos, ainda que menos precisos, mesmo nas fases iniciais do empreendimento, quando ainda não se tem projetos finalizados”.