Os Responsáveis Pela área De Relações Com Investidores
Trabalho Universitário: Os Responsáveis Pela área De Relações Com Investidores. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Marianalima • 15/5/2014 • 1.860 Palavras (8 Páginas) • 247 Visualizações
O papel dos RI´s
Os responsáveis pela área de Relações com Investidores tem um árduo caminho pela frente.
A tarefa principal apresentada pela área de Relações com Investidores está relacionada à disseminação da cultura da Companhia em que trabalha, estendendo-se entre os diversos níveis de público interno e externos. Ela direciona o comportamento de todos no que diz respeito ao ambiente corporativo, ajudando a fixar os conceitos de empresa ética, responsável e transparente. Consequentemente contribui para aprimorar o relacionamento da empresa com a comunidade de investidores, analistas de investimentos e com a sociedade como um todo, fortalecendo uma reputação saudável entre os públicos estratégicos.
O objetivo do RI pode ser colocado de maneira clara: fornecer boa informação para analistas e investidores, ampliar e cativar a base acionária, identificando os investidores mais adequados ao perfil da companhia, moldar a mensagem da empresa de uma forma que transpareça seu valor ao mercado, além de enviar informações qualificadas sobre as respostas obtidas para a alta administração. Para isso a atuação do RI como porta-voz da companhia torna-se a peça-chave para criar e consolidar a reputação corporativa em vários níveis de comunicação. Ele é a figura intermediária entre a empresa e a comunidade financeira – acionistas, analistas, investidores, Bolsa, órgãos reguladores e imprensa –, e deve estar preparado para atuar tanto em tempos de calmaria como em crises ou adversidades. Precisa compreender o que a comunidade espera, identificar demandas presentes e potenciais.
Dentre suas atribuições, encontra-se a necessidade de circular pelas demais áreas da Companhia e absorver o máximo de informações possíveis e atualizadas, buscando acompanhar, se possível, diariamente, a área financeira, mercadológica, jurídica e de comunicação da Companhia que atua. Essa interação com as demais áreas da empresa pode fazer toda a diferença para garantir o sucesso da política de relacionamento com os agentes do mercado.
O RI cumpre o papel de principal provedor de informações ao mercado de capitais, mas a tomada de decisão é sempre do investidor. Dentre as atribuições básicas dos agentes, as principais estão relacionadas:
Atuação como porta-voz da companhia na comunicação com o mercado e com a imprensa econômica;
Relacionamento com os órgãos reguladores, entidades e instituições do mercado, bolsas de valores e mercados de balcão;
Ampliação da base acionária;
Avaliação contínua das respostas do mercado à atuação da companhia e promoção de reflexão interna com outras áreas da empresa;
Contribuição para definir a estratégia corporativa e ideias que agreguem valor;
Desenvolvimento da cultura de companhia aberta junto ao público interno;
Integração do programa de comunicações entre as diversas áreas da empresa;
Planejamento e execução da divulgação de informações obrigatórias e voluntárias;
Acompanhamento das avaliações/análises feitas sobre a companhia, bem como das condições de negociação dos valores mobiliários da empresa;
Coordenação e acompanhamento dos serviços aos acionistas e respectivas assembleias;
Reuniões públicas e individuais com analistas de investimento, acionistas e investidores potenciais.
Todos devem ter a convicção e a orientação necessária para a elaboração de um discurso único, sintonizada e comprometido com o que foi permitido dizer. É a opinião da companhia, corajosa o bastante para se expor no jornal e com conteúdo de relevância suficiente para ser requisitado pela mídia. Para isso, se faz necessária a utilização de diversas ferramentas de comunicação, algumas tornaram-se eficazes ao longo do tempo e foram aprimoradas pela comunidade de agentes de Relações com Investidores, capazes de conduzir a informação até o público investidor de maneira rápida, precisa e tempestiva. Na prática, os RI´s se apoiam nas ferramentas voltadas a reuniões exclusivas (individuais) com investidores; apresentações itinerantes (road shows ou non-deal road shows) com analistas que não possuem conhecimento da empresa; teleconferências (conference calls); contatos telefônicos e avisos por e-mail a todos que mantém interesse em receber noticias da Companhia. Outro ponto principal são os websites e blogs, estes criados para manter o mercado informado constantemente, sem necessitar um contato direto com a empresa.
O caminho para sua excelência
Mas não é somente se limitando as melhores ferramentas que o RI se destacará. Um ponto fundamental para sua segurança e assertividade é diversidade de conhecimento, tendo em vista a qualidade da informação referente à Companhia que atua como um ponto crítico para o exercício da função desse profissional. Para garantir esse quesito, o RI tem necessariamente de conhecer em profundidade o mercado de capitais e ter conhecimento multidisciplinar envolvendo as áreas de finanças, marketing, comunicação e legislação nacional e internacional. Para o mercado de capitais, a Informação é a matéria-prima básica de trabalho para poder fazer sua avaliação e defender uma tese de investimento a respeito da empresa.
Outro ponto principal ao RI é a necessidade de aperfeiçoar sua maneira de se comunicar, o que envolve técnicas de como se portar, agir, falar, lidar, além de corrigir seus erros mais frequentes nos vícios de linguagem, melhorando assim sua postura e a uma oralidade adequada para cada ocasião se fazem necessário. Como exemplo disso, podemos destacar as transmissões ao vivo e televisão e rádio, a agilidade pela qual a informação é tratada, não havendo tempo para manobras confusas de fala ou inseguranças na exposição. O que deve ser muito bem observado pelo palestrante é a forma de que, com a adoção dessas técnicas, formam o startup de credibilidade e confiança perante aos agentes de mercado, consolidando seu relacionamento com os meios e os públicos que futuramente se relacionará.
A atenção dada ao público pode ser estimulada pelo charme e magnetismo natural de uma fala, mas ela não se sustentará por muitos minutos se alguma substância que se justifique ouvir o que se diz com tanta elegância. Muitos diretores de empresa tornam-se figuras cativas dentro
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