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Outro Olhar Sobre As "Memórias Javeicanas" .

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Por:   •  19/11/2014  •  842 Palavras (4 Páginas)  •  316 Visualizações

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Outro olhar sobre as “Memórias Javeicanas” .

NARRADORES de Javé.Direção Eliane Café.Roteiro Eliane Café e Luiz Alberto de Abreu. Produção Vânia Catani. Interpretes José Dumont, Gero Camilo, Nelson Dantas, Sílvia Leblon e outros. Fotografia Hugo Kovensky. Trilha sonora: DJ Dolores, orquestra Santa Massa.DVD 1(100MIN) Disponível em:< http://www.youtube.com/watch?v=rMLLtKrVOZg> acessado em 15 de maio 2014.

1- Breve discrição do filme:

O filme se passa em um Vilarejo Ribeirinho no sertão baiano. As casas são feitas de barro e madeira, porém bem velhas. Sua população é formada por mais adultos que crianças. O filme inicia com um homem correndo contra o tempo. Apesar de muito correr ele chega atrasado para sua partida e perde o horário do embarque. Frente ao atraso se junta a Zaquel (personagem de Nelson Xavier) e este passa a lhe falar sobre a corrida contra o tempo que os moradores de Javé tiveram para que suas memórias não fossem perdidas no tempo. Enquanto Zaquel começa a lhes contar a história uma senhora sentada no balcão de um bar, é duramente criticada pelo seu filho que a observa com desdém que depois de velha a mãe começou a ler. Seria um a alfabetização uma inutilidade para aquela gente? O filme se baseia em leituras, escritas, memórias.

2-Enredo

A história...

Com a corrida contra o tempo, moradores se unem para salvar suas memórias, diante do medo de serem expulsos pelas águas com a chegada do progresso.

Como a população era formada por a maioria de analfabetos, eles, confiam seus relatos a Piar. Piar é um carteiro que recebeu a honra de se retratar com a cidade depois de ter escritos dezenas de cartas “difamando” seus moradores apenas para que o correio não fechasse. O que garantiria seu emprego. “como ele salvou seu emprego à custa daquele povo, agora ele iria salvar o povoado à custa do seu trabalho. Os moradores acreditam que para impedir que a chegada do progresso, precisam provar que a cidade possui algum valor histórico, que a cidade possui história, patrimônio. Aterra precisa ser “apalavrada”, precisa ter um documento cientifico, então precisa “escrivinhar’’ suas memórias. Logo, precisam que cada morador fale sobre os acontecimentos, sobre o nascimento de Javé.

"Quem conta um conto aumenta um ponto", "Existem três verdades: a minha, a sua e a que de fato é", "O povo aumenta, mas não inventa". Enfim, são verdades populares que estão na boca do povo e que é o elemento chave do filme, levando a um confronto entre verdade, invenção, memória e história. Assim, Biá o fez, queria aumentar um ponto nas histórias ouvidas, queria “aflorir”, torná-la mais bela aos olhos de quem liam e aos ouvidos de quem ouvia.

Ao final do filme, o livro com a grande história de Javé foi escrito. O progresso chega a tal represa é construída, e por fim, a cidade é inundada e seus moradores convidados a se mudar. Narradores de Javé, embora tenha buscado o registro para que suas memórias não ficassem submersas, evidencia uma sociedade que se desvanece, em sua cultura, história e tradição em detrimento do progresso, do avanço tecnológico.

3- Ideia Central:

Registrar a história de um povo.

4- Qual o tema do filme? O que os realizadores do filme tentaram nos

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