UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A QUESTÃO DA POBREZA NO BRASIL
Artigo: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A QUESTÃO DA POBREZA NO BRASIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dsantos73 • 6/5/2013 • 1.627 Palavras (7 Páginas) • 879 Visualizações
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
ÍTALA DIANA ALMEIDA SILVA OLIVEIRA
UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A QUESTÃO DA POBREZA NO BRASIL
Itaberaba - Ba
2010
ÍTALA DIANA ALMEIDA SILVA OLIVEIRA
UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A QUESTÃO DA POBREZA NO BRASIL
Trabalho de Antropologia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Serviço Social.
Orientador: Prof. Giane Albiazzetti
Itaberaba - Ba
2010
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO________________________________________________3
2. DESENVOLVIMENTO__________________________________________4
3. CONCLUSÃO_________________________________________________7
4. REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Por tratar-se de um fenômeno complexo, apresentando uma dimensão tanto econômica quanto sociológica e moral, a pobreza tem sido conceituada de maneiras distintas pela literatura. Não obstante, existe uma tendência em se enfatizar o seu caráter econômico, de modo que se tem definido pobreza predominantemente como uma condição de insuficiência de renda. (Atkinson, 1989).
Em suma, um primeiro problema a ser considerado é o de que a pobreza é objeto de múltiplas representações sociais. Sendo a pobreza e a exclusão social situações multidimensionais e passíveis de mudança em função de diversidades regionais, de fatores culturais, das condições da economia e do momento histórico, fica difícil defini -las coerentemente para todos os casos, pois todos têm sua própria teoria sobre pobreza.
Muita são as abordagens que norteiam a questão da pobreza, cabe a CAD um de nós discernir qual é mais pertinente. Vejamos:
A abordagem com foco no indivíduo, de cunho liberal, parte da premissa de que a superação da pobreza está sujeita, em maior medida, do próprio indivíduo. Deste modo, as tentativas de abreviar a pobreza a partir da aplicação de recursos públicos são como “carregar água num cesto”.
Já uma abordagem interativa é pertinente, pois desenvolve programas que não deixam de dar atenção ao indivíduo mas consideram o peso específico de cada ação, atentando para as possibilidades específicas de enfrentamento da pobreza, porém com enfoque em outras práticas.
DESENVOLVIMENTO
Para uma melhor compreensão vamos fazer uma breve viagem através da linha do tempo.
Considerando os distintos conceitos presentes na sociedade quanto à pobreza, três concepções já foram desenvolvidas neste século: sobrevivência, necessidades básicas e privação relativa.
Do ponto de vista de sobrevivência, o mais restritivo, prevaleceu no século passado e até a década de 50. Originou-se do trabalho de nutricionistas inglesas, onde, a renda não era suficiente para a manutenção do rendimento físico do indivíduo. Esta concepção foi adotada na Inglaterra e desempenhou grande influência em toda a Europa, sendo utilizada mais tarde pelo BIRD -Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento . Usando medidas estatísticas formulou-se o primeiro modelo de proteção social para o Estado de bem-estar, firmando políticas nacionais de amparo e alguns planos cujos objetivos eram limitar as exigências de reformas sociais e a ênfase no individualismo compatível com o ideário liberal. A maior crítica que sofreu foi que, com ela, justificavam-se baixos índices de assistência: bastava manter os indivíduos no nível da sobrevivência.
A partir de 1970 a pobreza configura-se sob o enfoque das necessidades básicas, apontando certas exigências de consumo básico de uma família, surgem novas reivindicações, como serviços de água potável, saneamento básico, saúde, educação e cultura. Essa concepção passou a ser adotada pelos órgãos internacionais, sobretudo por aqueles que integram a ONU -Organização das Nações Unidas, representando uma ampliação da concepção de sobrevivência física pura e simples. Uma crítica que se faz a esta concepção é a dificuldade de critérios para a escolha daqueles que devem receber assistência.
Em 1980, a pobreza passou a ser percebida como privação relativa, dando a esse conceito um enfoque mais abrangente e rígido, buscando uma formulação científica e comparações entre estudos internacionais, ressaltando o aspecto social. Assim, sair da linha de pobreza significava obter: um regime alimentar adequado, certo grau de conforto, o desenvolvimento de papéis e de comportamentos socialmente apropriados. O enfoque da privação relativa teve como um de seus principais formuladores Amartya Sem, um indiano, recentemente coroado pela Academia Sueca. Esse conceito é bem mais amplo e insere variáveis mais vastas, de modo que as pessoas podem sofrer privações em diversas esferas
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