Outro Sonho de Um Visconde

Prelúdio

Essa história se passa por volta do ano de 1100 d.c acredito eu, posso estar errado sobre o ano, porque é meio complicado mesmo saber exatamente a data.

O protagonista sou eu Finn Benção Féerica Mccool que contarei sobre as minhas viagens pelas terras de Albion que se tornariam mais tarde a Grã-Bretanha, saindo de minha terra natal a Irlanda.

Não irei contar sobre os meus primeiros anos porque não teve muita coisa para contar, meu pais eram comerciantes em Dublin, tinham uma taverna pouco conhecida por muitos, mas muito adorada por poucos, cresci nesse meio e nele fui moldado.

Isso era o que eu imaginava até a minha transformação, após ela eu fiquei sabendo que a minha “marca de nascença” era na verdade uma pata de coelho tatuada, essa pata era de um espírito coelho que estava interligado a mim por meio de um ritual realizado por uma fada que tinha boas relações com a minha mãe, nesse ritual era para me dar sorte na vida, o melhor é que sempre achei que era meio louco quando eu via um coelho com três patas sempre por perto, algumas vezes tentei caçar ele para poder comer, mas ele mesmo com três patas sempre fugia, com o tempo acabei apelidando ele de whiskey, quando chamei ele desse nome ele me olhou como se tivesse entendido o que eu falava, devia estar pensando que ele era muito azarado por ser vinculado com uma pessoa tão burra, como eu havia falado, não sabia ainda do que se tratava, maldito Whiskey por pensar isso de mim. Mas hoje nos damos bem, tirando os dias que ele está com mal humor, não imaginava que um coelho poderia ter um péssimo humor.

Fui conhecer o Caern que eles pertenciam após minha primeira transformação, não irei explicar o que é um Caern e os outros termos porque você já sabe o que são e caso você não saiba esses termos, não deveria estar lendo isso.

Se não sabe o que é largue isso agora ou você irá sofrer uma agonia infernal e terá azar até a sua terceira geração.

Minha transformação foi igual a várias, suor, sangue, múltiplas sensações e todo mais...

Voltando para o que interessa, após todo esse blá blá blá comum a todo garou foi descoberto que o sangue das fadas era forte em mim, por isso o meu nome garou, mas todo benefício tem sua cobrança e essa cobrança por possuir essa benção eu não conseguia gerar delírio nos humanos, nossa você deve estar pensando, que coisa terrível, é a vida é assim mesmo, te dá com uma mão e te tira com outra, mas o conselho do caern achou melhor depois de algum tempo debatendo e quando digo tempo foram uns 5 anos se não me engano, me enviarem para a ilha de Albion em uma missão.

Como tudo estava a mudar com as invasões dos imundos fenrir daneses e a tentativa de controle das terras e carns, fora as outras tribos que estavam se esgueirando no meio dessa guerra para formar novos caerns e aumentarem a força dos que já possuíam, os vis daneses não paravam de vir, então acharam melhor me mandarem para observar a ilha e relatar ao meu ancião.

Confesso que estava ansioso para conhecer essa terra tão diferente e tão próxima da Irlanda, mas essa crescente de euforia durou pouco, logo que desembarquei vi que a cerveja e o whisky não eram os mesmos e tudo tinha gosto de mijo velho destilado duas vezes e envelhecido em barril de teixo.

Enquanto estava na taverna adentrou uma dama muito bela e grande, toda a taverna parou para olhar ela, mas como se não fosse o centro das atenções ela fingiu ou não notou todos os olhares, e veio em minha direção, com uma cara de desgosto acredito que por estar fazendo algo que não queria falou meu nome, fiquei surpreso por ela me reconhecer, ela se identificou como (nome fianna) e disse que o rei do território queria me ver, pensei comigo, que bom mesmo eu tinha que ir até ele me apresentar mesmo e não sabia ainda a direção e não tinha montaria, assim é até mais fácil já que ela teria uma montaria e sabia o caminho, só achei mesmo, porque tive que caminhar por três dias para chegar até o Caern do rei.

Cidade fétida e aglomerada Londres se tornou, dominada por humanos em sua grandiosidade e por sangue sugas em sua imortalidade.

Enforcamento em praça pública ao olhos de todos mas o grande perigo nas sombras ninguém via.

Ganância era sentida em suas ruas e olhos espreitando em suas vielas.

Na taverna histórias sendo contadas a pulmões inflados de feitos grandiosos que nunca aconteceram e músicas para todos ouvidos, mas no entorno de tudo isso a verdade não era falada, cochichada apenas para poucos entendedores.

Abordado por um anfitrião dos Filhos eu fui, sabendo facilmente quem eu era e a quem representava com sua cordialidade fez jus ao pedido emitido ao meu rei.

Adentrando ao portões do Caern me deparei com uma carruagem e dela vi saindo uma dama, ou melhor dizendo. Aparentava ser uma princesa, no mesmo momento reparei ser mesma que deparei em outra ocasião em um caern fianna anteriormente, com oseu nariz de prata estava tão as nuvens que não fui notado em tal ocasião. Encantada a princesa ficou com um lobo vermelho da linhagem dos guerreiros do passado, mas olhando bem os dois tinham essa mesma natureza.

O lobo não mostrou muita afeição pela donzela ao ficar circulando como se fosse uma caça pronta para ser abatida, mas o perigo não passou disso, trocaram palavras momentâneas que não consegui identificar ao longe.

Fui apresentado ao anfitrião Filho de Gaia (nome) que foi cordial com suas palavras e gestos.

Meu cavalo mandei descansar e então ao longe vi um imundo danes que estava a observar o lobo vermelho e a princesa de prata, em respeito ao meu rei e ao anfitrião da conclave contive minha fúria para não arrancar o coração de tal ser imundo.

Fui dirigido até o grande salão onde a conclave aconteceria, poucos haviam chegado ao recinto, a rainha de prata