PADRÕES SOCIAIS DE BELEZA E A MULHER
Por: Paolapizzol • 26/11/2019 • Dissertação • 894 Palavras (4 Páginas) • 254 Visualizações
COLÉGIO SALVATORIANO BOM CONSELHO[pic 1]
PADRÕES SOCIAIS DE BELEZA E A MULHER
NOME: Paola Dall’ Pizzol.
TURMA: 101.
PROFESSORA: Mariana Guisso
PASSO FUNDO, OUTUBRO DE 2019.
Padrões Sociais de Beleza e a Mulher
Atualmente vem-se debatendo e pesquisando muito sobre as noções de beleza impostas pela sociedade. Esses estereótipos impostos tem diversas consequências negativas. Podemos observar a influência por meio da mídia, onde pessoas expondo seus corpos “perfeitos”, com sorrisos no rosto demonstrando felicidade, de certa forma persuadem os indivíduos a uma busca pela aparência física perfeita, submetendo-se a cirurgias estéticas graves que em muitos casos levam a complicações sérias e até a morte. “Vivemos hoje sob uma ditadura do corpo”. (MENEZES, Jorge Antônio. 2006). Segundo pesquisas realizadas pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS), o Brasil é o segundo país em que há o maior número de cirurgias plásticas no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, com esse dado podemos perceber a insatisfação que ainda se tem com a aparência.
Além disso, na época atual tem se associado a ideia de beleza com magreza, e na tentativa de perder peso, comumente são desenvolvidas transtornos alimentares graves e doenças como anorexia, bulimia, ortorexia, vigorexia, dentre outros. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, 70 milhões de pessoas no mundo todo sofrem de algum tipo de transtorno alimentar.
Para mais da obsessão com o peso, pessoas de outras etnias sofrem além da pressão estética, o racismo “A pressão estética é tão vil que pune quem foge, até mesmo, do tom de pele branco – em um país composto por mais de 50% de uma população não-branca (de acordo com o censo de 2014 feito pelo IBGE), o ideal de beleza é justamente aquele que é contradiz a grande maioria. ” (MACHADO, Andressa. 2018).
Ademais de todos esses dados negativos, entra também efeitos psicológicos, quando não alcançam esses estereótipos se sentem inferiores por não conseguirem se encaixar no que está imposto a elas, com isso, surge a baixa autoestima, desvalorização do próprio corpo, o que pode se agravar e levar a doenças graves como a depressão.
Mas, afinal, o que é beleza para você? Podemos observar o mito da beleza quando voltarmos e analisarmos o período Renascentista, onde era considerado bonito os corpos cheios, que tinham muitas curvas e isso significava força e beleza. “Hoje, quando se fala em padrões de beleza na sociedade, as referências são as blogueiras fitness e modelos super magras.
Só que cada um de nós têm um metabolismo, formato de corpo, genética, rotina e necessidades biológicas distintas. O que cada um precisa é encontrar o seu peso saudável, que não é necessariamente o peso das capas de revista”. (DERAM, Sophie. 2017).
Uma campanha da marca Dove, chamada "Real Beleza", constatou em sua última edição que apenas 4% das mulheres do mundo se consideram bonitas e 72% das garotas sentem uma imensa pressão para serem bonitas, esses dados auxiliam a alertar o tamanho da importância que a estética física tem na sociedade e na cultura.
‘Refletir sobre o impacto da pressão estética é o primeiro passo para desconstruir padrões alimentados há anos pela mídia e pela indústria da moda”. (MACHADO, Andressa. 2018). Mas vai muito além de reflexão, também podem ser tomadas medidas na família e nas instituições de ensino, que juntos, podem trabalhar com crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos para o fim dos estereótipos que não deveriam existir. A mídia, que exerce grande influência sobre a sociedade, deveria trabalhar com campanhas sobre valores sociais e não com a ideia de que é preciso seguir padrões de beleza para ser feliz, um exemplo é a artista francesa Cécile Dormeau, onde ela retrata em seus gifs e ilustrações mulheres de maneira real: com pelos, dobrinhas e dilemas, desenha todos os tipos de corpo e situações comuns do universo feminino, o objetivo é transmitir ideias de autoaceitação. “Muitas das minhas ilustrações empoderam as mulheres”, conta a artista em entrevista ao HuffingtonPost. “Eu gosto de representar as mulheres de uma forma que não estamos acostumados a vê-las. Eu quero celebrar as fraquezas e os pontos fortes de cada uma”.
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