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PENSAMENTO SISTÊMICO E CIBERNÉTICA

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Por:   •  21/10/2013  •  8.100 Palavras (33 Páginas)  •  580 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"

LES 107 - Teoria Geral da Administração

A visão sistêmica

Prof. Dr. Alex Coltro

Novembro / 2007

PENSAMENTO SISTÊMICO E CIBERNÉTICA

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 COMPLEXIDADE 4

2.1 SITUAÇÕES COMPLEXAS 4

2.2 PROBLEMAS DA SOCIEDADE MODERNA 4

2.3 ORGANIZAÇÕES ENVOLVIDAS EM PROBLEMAS COMPLEXOS 5

3 SOLUÇÕES COMPLEXAS PARA PROBLEMAS COMPLEXOS 5

4 A IDÉIA DE SISTEMA 5

5 ESTRUTURA DOS SISTEMAS 6

6 BASES DO ENFOQUE SISTÊMICO 6

6.1 MAX WERTHEIMER E A TEORIA DA FORMA 7

6.2 NORBERT WIENER E A CIBERNÉTICA 8

6.3 VON BERTALANFFY E A TEORIA GERAL DOS SISTEMAS 10

7 APRENDENDO A USAR O ENFOQUE SISTÊMICO 11

7.1 APLICAÇÕES DO ENFOQUE SISTÊMICO 11

8 AS ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS 11

9 EFICÁCIA GLOBAL 12

10 ANÁLISE E PLANEJAMENTO DE SISTEMAS 12

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS 13

12 BIBLIOGRAFIA 13

1 Introdução

De acordo com Maximiano (2004), as abordagens mecanicistas, a escola do processo administrativo, o enfoque comportamental levaram apenas em consideração o mundo partículas das organizações e da administração, sem se preocuparem mundo com o que se passa fora das organizações e como os aspectos interagem entre si. Nestas abordagens, a simplificação é a base da especialização.

Contudo, há que diga que nada é tão simples, que, na verdade, tudo depende de tudo, tudo é complexo. “Entender e lidar com a complexidade são as bases do pensamento sistêmico, uma das mais importantes ferramentas intelectuais do administrador”. (MAXIMIANO, 2004 p.354)

O biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy elaborou no final da década de 1950 uma teoria interdisciplinar para transcender os problemas exclusivos de cada ciência e proporcionar princípios gerais e modelos gerais para todas as ci6encias envolvidas, de modo que as descobertas efetuadas em cada uma pudessem ser utilizadas pelas as demais. Essa teoria interdisciplinar é denomina da Teoria Geral dos Sistemas (TGS). A TGS é essencialmente totalizante: os sistemas não podem ser compreendidos apenas pela análise separada e exclusiva de cada uma de suas partes. Se baseia na compreensão da dependência recíproca de todas as disciplinas e da necessidade de sua integração. Os vários ramos do conhecimento passam a tratar os seus objetivos de estudo como sistemas, e inclusive a Administração.

A Teoria Geral da Administração passou por uma gradativa e crescente ampliação do enfoque desde a abordagem clássica (passando pela humanística, neoclássica, estruturalista e behaviorista) até a abordagem sistêmica. Na sua época, a abordagem clássica havia sido influenciada por três princípios intelectuais dominantes em quase todas as ciências no início deste século: o reducionismo, o pensamento analítico e o mecanicismo.

Com o advento da Teoria Geral dos Sistemas, os princípios do reducionismo, do pensamento analítico e do mecanicismo passam a ser substituídos pelos princípios opostos do expansionismo, pensamento sintético e da teologia (Chiavenatto, 2000).

Surgiu da percepção dos cientistas, de que certos princípios e conclusões eram válidos e aplicáveis a diferentes ramos da ciência. A partir disso, Ludwig Von Bertalanffy lançou em 1937 a Teoria Geral de Sistemas. Essa teoria foi amplamente reconhecida na administração da década de 60. Foi difundida devido a necessidade de síntese e integração das teorias anteriores. Simultaneamente com o desenvolvimento de outras áreas científicas, a Teoria Geral de Sistemas pode ser aplicada na administração. Bertanlanffy defendia que não apenas os aspectos gerais de várias ciências são iguais, os aspectos específicos também poderiam ser usados de forma sinérgica pelas outras.

Fazendo uma análise retrospectiva das abordagens anteriores, podemos perceber a referência desta teoria nas obras de outros estudiosos. Taylor preconizava a sistematização da seleção dos trabalhadores e das condições de trabalho. Fayol via a administração como a integração de várias tarefas, integradas para a realização de uma meta em comum. Mayo defendia a empresa como um sistema social, composto por seres humanos. Follet propunha a unidade integrativa e Barnard defendia o equilíbrio entre as comunicações formal e informal, na empresa e fora dela (users.hotlink.com.br, 2004).

Apesar da multidisciplinaridade inerente à ação da empresa, ela era vista até então como um sistema fechado, com as atenções da gerência voltando-se para ela mesma. Com a teoria geral dos sistemas, percebe-se que a empresa é um sistema aberto, que faz parte de um ambiente mutante, constituído de outros sistemas, e que ela, a empresa, constitui-se de subsistemas.

O matemático Norbert Wiener (1894-1963), foi quem formulou o conceito daquilo que seria a principal ferramenta da visão holística das ciências: a cibernética. Seu propósito é a busca das propriedades globais de um sistema, resultantes do fato de tratar-se de um conjunto estruturado que ultrapassa a simples soma de suas partes (sinergia).

Um sistema mantém-se em funcionamento enquanto é capaz de processar entradas, produzindo saídas. Para isso, deve ser capaz de utilizar os resultados de seu próprio desempenho como informação auto-reguladora, ajustando a si mesmo como parte do processo em andamento. Essa capacidade, ou habilidade, foi chamada por Wiener de

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