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PESQUISA EM MERCADO

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Por:   •  16/5/2014  •  Tese  •  1.426 Palavras (6 Páginas)  •  244 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO

PESQUISA DE MERCADO

1. “Para avançar, Microsoft terá que superar essa cultura de manter um pé no mundo antigo e outro no novo. O mercado de exige um compromisso maior com o que é novo”, diz Staten, da Forrester. Entretanto, como mais da metade da receita da empresa vem de clientes corporativos, em maioria resistentes a mudanças radicais, a Microsoft deve enfrentar dificuldades para convencer clientes e parceiros a embarcar no processo de transição.

Após os conceitos que você aprendeu em aula e na webaula sobre Pesquisa de Mercado, o que a Microsoft poderia fazer a respeito desse trecho do texto?

O mercado, do ponto de vista da economia formal, é o lugar onde se efetua a troca, pois estes dois elementos são inseparáveis. A vida econômica se reduz a atos de troca realizados por meio do regateio no mercado. Assim, a troca é a relação econômica e o mercado é a instituição econômica. A definição do mercado deriva logicamente destas premissas. Na realidade, contudo, mercado e troca têm características empíricas independentes. A troca é, em essência, um movimento mutuo de apropriação de produtos entre sujeitos, sujeita a equivalências fixas ou negociadas. Só este último caso é resultado do regateio entre as partes e está limitada especificamente a uma determinada instituição, aos mercados criadores de preços - autorregulados (POLANYI, 1976: 311).

Os mercados são enfocados por Polanyi por meio dos “elementos de mercado” em virtude da diversidade de configurações agrupadas sob a denominação de mercados e instituições de mercado. Existem dois elementos de mercado que devem ser considerados como específicos: as multidões de ofertantes e as de demandantes. Se os dois estão presentes falaremos de mercado. Sugue-lhes em importância o elemento de equivalência, quer dizer, a taxa da troca; segundo o caráter desta, os mercados podem ser classificados em mercados a preços fixos e mercados criadores de preços. Finalmente, existem elementos que podemos chamar funcionais. Em geral estão à margem dos mercados e instituições de mercado, porém se aparecem junto com as multidões de ofertantes ou de demandantes podem modelar aquelas instituições de uma forma que pode ter grande importância prática. Entre estes elementos funcionais podemos citar a situação geográfica, os produtos trocados, os costumes e as leis.

Esta diversidade de mercados e instituições de mercado ficou obscurecida em época recente em nome do conceito formal de um mecanismo de oferta-demanda-preço (POLANYI, 1976: 312-313).

Quanto ao elemento de mercado chamado de “preço”, fica compreendido aqui na categoria das equivalências. A palavra preço sugere flutuações, coisa que não ocorre com equivalência, mas o “preço” é originariamente uma quantidade rigidamente fixada, sem a qual não pode realizar-se o comércio. Os preços mutantes ou flutuantes de caráter competitivo são de surgimento relativamente recente, e seu surgimento é um dos temas de estudo da história econômica da Antiguidade. Tem-se suposto tradicionalmente que a ordem era inversa: se considerava o preço como o resultado do comércio e da troca e não como sua condição. O “preço” é a definição de relações quantitativas entre produtos de diferentes tipos, alcançada através do escambo ou do regateio. É a forma de equivalência característica das economias integradas através da troca, porém as equivalências não estão de modo algum restringidas a relações da troca, senão que também são correntes sob uma forma de integração redistributiva. Designam relações quantitativas entre bens de diferentes tipos que são aceitáveis como pagamento de impostos, rendas, direitos ou multas ou que denotam qualificações para um status cívico dependente de um censo de propriedade. Também podem estabelecer a relação a que se pode escolher a forma de pagamento dos salários ou as rações em espécie. A equivalência denota aqui não o que tem de dar-se por outro bem, senão o que pode exigir-se em vez deste. Em formas de integração regidas pela reciprocidade as equivalências definem a quantidade “adequada” em relação ao grupo situado simetricamente. Evidentemente, este contexto de conduta é diferente do sistema de redistribuição ou de troca (POLANYI, 1976: 314).

Em 1977, Harry Pearson editou uma série de escritos dispersos de Polanyi, nos quais este aprofundava muitas das questões teóricas de Trade and market e tecia uma série de reflexões sobre a Grécia antiga. Este livro foi intitulado The livelihoodof man. Polanyi defende a sua abordagem institucional mais uma vez contrapondo-a a abordagens teleológicas que enunciam a economia de mercado, originária do comércio local de alimentos ou comércio de mercado, como objetivo natural de alguns três mil anos de desenvolvimento ocidental. No sentido institucional, o encontro de multidões de ofertantes e demandantes, conduz a troca a equivalências fixas, e não forma um mercado autorregulado - criador de preços. Mas, por outro lado, sempre que os elementos de mercado combinam-se para formar um mecanismo de oferta – demanda – preço, nós falamos de mercados criadores de preço. A instituição de mercado tem sua origem com dois desenvolvimentos diferentes: um externo a comunidade e o outro interno. O externo está intimamente ligado à aquisição de mercadorias de fora, o interno com a distribuição local de alimentos. Este último tomou duas formas diferentes: o primeiro, relacionado com os impérios irrigacionais, se centrava no estoque e distribuição de gêneros alimentícios de primeira necessidade; o segundo, encontrado desde épocas

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