PET

Na Segunda Guerra Mundial, com o cultivo escasso do algodão, pesquisadores buscavam alternativas para confecção de tecidos. Em 1941, dois ingleses (Whinfield e Dikson) descobriram o politereftalato de etileno, que foi um eficiente substituto do algodão, dando origem ao poliéster.

Em 1962, após o desenvolvimento de diversas pesquisas, surgiu o poliéster pneumático, que deu origem ao PET, como hoje conhecemos. As primeiras embalagens surgiram na década de 70 nos Estados Unidos e que foi sendo expandido pela Europa. O produto está presente em diversas embalagens, principalmente nas de refrigerante.

Encontraram uma solução para substituir as pesadas garrafas de vidro, por um produto que fosse leve e de baixo valor, em contrapartida, arrumaram outro grande problema: O descarte. Por falta de informação, cultura ou até mesmo falta de conscientização, a população faz o descarte indevido do material.

Resumo

Um dos maiores problemas enfrentados na atualidade, está relacionado aos aspectos ambientais, seja pela exploração excessiva de recursos renováveis ou não renováveis, ou pela produção de lixo e seu destino numa biodiversidade com relações complexas entre os seres vivos e o ambiente e serviços que sustentam as sociedades humanas e suas economias. Este crescente impacto humano torna-se um dos maiores desafios da era moderna. Assim várias entidades com o intuito de amenizar este problema encontram barreiras relacionadas com disponibilidade de recursos, gestão, cultura, hábitos da população, custo elevado, falta de informação, informação errada ou descaso com a mesma. Com o objetivo de encontrar alternativas para os plásticos descartados inadequadamente e resíduos da construção civil, foram estudados diferentes processos experimentais visando o desenvolvimento de um compósito com o polímero termoplástico o PET , poli (tereftalato de etileno), muito utilizado nas garrafas de refrigerantes, com um material inorgânico triturado, o resíduo da construção civil. O resultado obtido foi formar um material que supõem-se a não alteração em suas propriedades físicas ( modificação estrutural a nível molecular dos materiais) e sim uma alteração na sua propriedade mecânica ( influência térmica ) resultou na produção de placas bastante rígidas e compactas com diferentes tonalidades e texturas. As prováveis aplicações para o compósito produzido poderiam ser utilizados para a construção civil, produção de móveis e revestimentos cerâmicos. Para este trabalho os estudos das propriedades mecânicas dos PET e da cerâmica foram realizadas baseadas em índices bibliográficos e não realizados com o material final (compósito pronto – placa). Mas acredita-se que este material produzido em grandes quantidades apresentaria uma viabilidade econômica bastante atrativa, além de se apresentar como uma alternativa para o lixo de origem plástica e resíduos de construção e demolição.

Abstract

Actually it is very known that the problem of the municipal solid waste is of the most subjects that affect the environment. Several studies exist at the moment, but they are expensive or inefficient. In this work it is had as objective the use of polymeric (PET) and remains of the building site (dump). They were studied in different experimental conditions with the intention of preparing a composite. After the studies, they were obtained rigid and compact plates of composites with different textures and densities. The results depended on the relationship polymer/dump and of the type of used cooling.

Production of pieces of furniture, ceramic coverings and building site, they can be some of the applications in commercial level. The final cost of the product was not studied in details, but it is possible to obtain a low cost product and that it contributes to the environmental situations.

Introdução

Os polímeros surgiram no início do século XX, através da produção e repetição de pequenas unidades estruturais formando uma longa cadeia principal, classificados como termoplásticos, especiais e termorrrígidos. O poli ( tereftalato de etileno) é considerado um termoplástico pela sua capacidade reversivelmente de aquecer e resfriar, passando o estado de massas fundidas a sólidos, esta característica fez com que fosse muito utilizado na engenharia, como indústrias de bebidas, porém como conseqüência passou a gerar uma quantidade elevada de resíduo e somente parte é reciclada e outra é descartada no meio ambiente, lixões e aterros, levando um longo tempo para efetuar se processo de decomposição. Além de comprometer ambientes, existe a questão econômica (perde-se economicamente não utilizando este resíduo), pois é um produto com valor agregado, somando-se a isto temos ainda os resíduos da construção civil, material inorgânico, inerte e sólido que acaba comprometendo o ambiente através do assoreamento e enchentes. [1] A quantidade destes dois tipos de resíduos estimula estudos que busquem possíveis aplicações economicamente viáveis e que possam também contribuir com as questões ambientais. Todo o conhecimento referente aos polímeros teve sua evolução a partir da antigüidade, quando os chineses em 1000 A.C descobriram o verniz extraído de uma árvore (Rhus vernicflua) que foi aplicado na forma de revestimentos impermeáveis e duráveis, usado em móveis até 1950. Mais tarde descobriu-se o “âmbar” (resina) que permitiu a fabricação de pequenas peças. Em 1550 houve uma expedição à América Central onde Valdes deu a 1º menção à borracha natural. Leo Baekeland, dos E.U.A, em 1909 patenteia a Baquelite, a primeira resina termofixa a substituir materiais tradicionais como madeira e o marfim. Inicia-se, assim, o desenvolvimento da borracha sintética (isopreno). Nesta mesma época, Hugh Movre funda a Dixie Cup Co., fabricante de copos descartáveis, especialmente para atender a uma lei promulgada no Estado de Kansas (E.U.A), a qual proibia o uso de xícaras comunitárias em trens. Seu objetivo era restringir a disseminação de doenças como a tuberculose.[2] No Brasil o PET chegou somente em 1988 e seguiu uma trajetória semelhante ao resto do mundo, sendo utilizado primeiramente na indústria têxtil. Apenas a partir de 1993 passou a ter forte expressão no mercado de embalagens, notadamente para os refrigerantes. Atualmente o PET está presente nos mais diversos produtos.[3].A reciclagem de polímeros termoplásticos, apresentam bom potencial econômico. [4]

Dados